- Se está com ciúmes, porque não me chamou para dançar? – questiono.
- Primeiro: não estou com ciúmes – responde ele – Segundo: a maluca da sua prima te arrastou para longe.
- Essa é sua desculpa? – questiono fingindo estar mal-humorada.
- Não estou me desculpando – diz ele – Vim aqui chamar você para dançar.
- É assim que você chama uma mulher para dançar? – questiono pousando as mãos na cintura.
Miles respira fundo e faz uma reverencia.
- Vossa chatice real gostaria de dançar comigo? – ele estende a mão.
Eu rio e aceito sua mão. Miles coloca a mão em minha cintura e eu coloco a minha em seu ombro.
- O que estava fazendo até agora?
- Estava tentando me livra das damas da corte – responde aliviado.
- Conheço alguns truques para me livrar delas – comento – eu te ensino mais tarde.
- Acho que vou aceitar.
Olho ao redor e vejo os casais mais próximos do que o normal, claro que está tocando uma música lenta, mas as lentas costumam ser propositalmente tocadas para os casais em bailes. Alguns esperam esse momento com a intenção de ter seu par mais perto, não pode ser o caso de Miles. Embora meu rosto já esteja no ombro dele.
- Você ainda não me deu meu presente – digo com a intenção de fugir dos meus pensamentos.
- Deixei-o no seu quarto – revela ele.
- Então eu tenho que velo agora – me solto de seus braços e sai em direção as escadas, mesmo com os olhares confusos de todos os convidados caminho rápido pelos corredores longos do palácio escutando sons de passos cada vez mais altos e sentindo o peso da tiara na cabeça.
Estou quase no corredor de meu quarto quando sinto algo tocar meu ombro. Me viro bruscamente e percebo que é Miles.
- Calma sou só eu – ele diz.
Aceno com a cabeça e continuo andando até chegar no quarto. Abro a porta e encontro um embrulho quadrado em cima da cama. Vou até ele animada, mas êxito por um segundo.
- Pode abrir – insiste Miles.
Coloco as mãos na tampa da caixa e a retiro rapidamente com os olhos fechados. Levanto as pálpebras lentamente enquanto a imagem peluda e fofinha se formando diante de mim. Solto a tampa da caixa e pego aquele pequeno filhotinho com orelhinhas laranjas em meus braços.
- Own – pronuncio – ele é lindo.
- Ela – corrige Miles - É um Cavalier King Charles Spaniel espero que goste.
Puxo Miles para um abraço muito feliz.
- Obrigada.
- Foi um prazer – ele responde – mas tem que escolher um nome.
- Ela é tão fofa – digo – que tal cetim?
- Você é péssima em dar nome para cachorro – rebata ele.
- O que você sugere? – Miles encara a cachorrinha por um instante e responde:
- Fuinha.
- Nem pensar – digo.
- Mas ela tem cara de fuinha.
- O nome dela é Molly – confirmo – sem acordo.
- Ainda bem que eu não sou o seu cachorro – responde ele indo até a varanda.
![](https://img.wattpad.com/cover/385083648-288-k855343.jpg)
YOU ARE READING
O conto de Dimirard.
FantasyAime é a primogênita de Dimirard , apesar de ter tudo sua vida se resume a se preparar para o grande dia da sua coroação quando será formalmente conhecida. Mas antes que isso aconteça Aime decide aproveitar seus últimos meses como uma garota normal...