I'll Stand By You

Capítulo 42 - Zac

Estávamos correndo contra o tempo.

O som frenético do teclado de Conrad preenchia a sala abafada, cada clique ecoando como uma contagem regressiva para o que poderia ser nossa vitória — ou nosso fim. A luz azulada da tela tremeluzia em seu rosto, enquanto ele digitava com uma precisão quase mecânica. A tensão era densa, como um peso esmagando meu peito.

Minha mente estava dividida entre a urgência daquele momento e o fantasma de tudo o que deixei para trás. Madison. Ela confiava em mim, mesmo depois de tudo. Mas e se falhássemos? E se Stabler escapasse e eu nunca conseguisse revelar a verdade sobre os pais dela como havia prometido que faria?

— Ainda devo demorar um pouco — disse Conrad, interrompendo meus pensamentos. Ele afastou-se do computador e se levantou, o rosto reluzindo de suor. — Mas vou acionar as fontes agora. Tudo o que precisamos é de um pouco de sorte. Vocês têm um plano de contingência, caso as coisas saiam do controle, certo?

Patrícia assentiu, mas o brilho tenso em seus olhos dizia que ela estava calculando cada possível reação de Stabler. Ele não era um homem fácil de derrubar. Para cada movimento que fizéssemos, ele teria uma resposta. Uma ameaça. Um contra-ataque.

— E se ele tentar apagar os arquivos? — perguntei, minha voz grave, cortando o silêncio.

Conrad sorriu de um jeito desconcertante, como se já tivesse antecipado a pergunta.

— Não se preocupe. Já estou criando cópias distribuídas por diversos servidores seguros. Mesmo que ele descubra o que estamos fazendo, não vai ser tão fácil apagar tudo. Vamos garantir que essa história não caia no esquecimento. E com as fontes certas, vai ser impossível apagar o rastro.

O celular de Patrícia começou a tocar incessantemente, como se também sentisse a urgência do momento.

— Preciso atender — disse ela, afastando-se com o aparelho no ouvido.

Conrad virou-se para mim, sua expressão mais séria agora.

— Você já pensou no próximo passo? — perguntou. Soava mais como um lembrete do que uma pergunta. Mesmo com a informação nas mãos, eu deveria estar pronto para as consequências.

Olhei para ele, absorvendo a gravidade da situação.

— Se Stabler desconfiar, ele vai fazer mais do que tentar apagar arquivos — falei, minha voz firme. — Ele vai atrás de você, Conrad. De mim. De todos nós.

— É um risco que vale a pena correr, não acha? — ele provocou, com um sorriso tenso.

Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. Precisava acreditar que isso daria certo. Precisava acreditar que Madison ainda estaria lá quando tudo acabasse — que eu poderia consertar tudo.

Ela só precisava sobreviver. E eu também.

— Primeiro, vou garantir que as provas sejam divulgadas o mais rápido possível. E depois... depois tenho que proteger uma pessoa. Stabler vai querer acabar com ela também, como fez com os pais dela. Não posso deixar que ele a alcance.

Conrad voltou a se aproximar do computador, colocando as mãos na mesa com uma expressão sombria.

— Sou bom no que faço, mas vai depender muito da ação de vocês também — disse, olhando de mim para onde Patrícia ainda falava ao telefone. — Vocês têm que ser rápidos.

Patrícia desligou a chamada e voltou para perto de nós com o rosto grave.

— Precisamos sair daqui — disse ela, afastando a cortina para espiar a rua. — Stabler já sabe de tudo e está vindo atrás de nós.