Capítulo 35 - Madison

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A água quente e os sais de banho de lavanda que joguei na banheira, combinados com o fato de eu estar com as costas coladas ao peito de Zac enquanto ele ensaboava delicadamente meus ombros, braços, barriga e seios, me fizeram relaxar e me excitaram novamente.

Senti sua ereção me cutucar e me virei um pouco para tocá-lo. Senti sua mão afastar os cabelos da minha nuca, deixando o caminho livre para sua boca traçar uma linha de beijos pelo meu pescoço.

— Não faça assim. Precisamos conversar. — Zac sussurrou, aproximando os lábios do meu ouvido. — É importante!

— Isso também. — falei, sentindo seu pau ficar ainda mais duro em minhas mão.

Zac a segurou e a afastou.

— Por mais que queira muito continuar, eu realmente preciso te contar uma coisa.

Fiquei de frente para ele, meu coração parecendo que ia pular pela boca a qualquer momento.

— Ok. — Concordei, a excitação se esvaindo de meu corpo e dando lugar a ansiedade. — Pode falar!

Zac pareceu notar minha exasperação e segurou um dos meus pés, apoiando-o em seu peito, iniciando uma massagem para me distrair.

— Em primeiro lugar, preciso que saiba que tenho sentimentos por você. — Zac soltou as palavras como se estivesse falando sobre o tempo ou alguma outra amenidade.

Fiquei paralisada tentando entender se ele havia mesmo se declarado ou se eu entendera errado.

— O-o que você falou? — Foi tudo que consegui balbuciar no momento.

— Estou apaixonado por você, cachinhos! — Ele olhou em meus olhos e continuou massageando meus pés enquanto eu apenas ficava ali parada, feito uma tonta. — Entenda, não espero que sinta o mesmo que eu. Sei quem sou e sei que jamais estarei à sua altura. Mas precisava que soubesse que, pela primeira vez na vida, sinto algo diferente em mim. Sei que foram minhas péssimas escolhas que me trouxeram até aqui, me trouxeram até você, porém, me arrependo, pois essas mesmas escolhas me impedem de tê-la.

Céus, eu ouvi mesmo o que acho que ouvi?
Ele estava se declarando mesmo?

Levei as mãos até minha boca para impedir que meu coração pulasse na água, encarando-o atônita pelas revelações que acabara de fazer.

— Zac... — Queria pular em seu colo e gritar que sentia o mesmo por ele, mas ele continuou a falar.

— Sei que você deixou bem claro que para você o que temos é apenas sexo. Mas para mim não é. Desculpe, cachinhos, mas não consegui deixar o meu coração de lado. — Ele mencionou aquele combinado ridículo que fiz há poucos dias, porque achei que não sentia o mesmo que eu e não queria que ele fizesse piada sobre mim. — Te acho incrível, inteligente, com um coração enorme e capaz de ajudar até mesmo aqueles que lhe traíram ou a um criminoso como eu, além de ser linda e gostosa para caralho! — Ele deu um sorriso tímido e prosseguiu — Por isso acho que fugir não é a solução. — Ele subiu as mãos pelas minhas pernas, fazendo um carinho suave. — Se um dia eu quiser ter a chance de conquistá-la, preciso fazer da maneira correta, mesmo que isso signifique que tenho que passar um tempo na prisão.

— D-do que v-você está falando, Miller? — Não conseguia formular uma simples frase sem gaguejar, tamanha era minha emoção.

— Vou me entregar para a polícia.

Senti meu coração afundar no peito. Por mais que eu soubesse que essa era a coisa certa a se fazer, uma onda de pânico me atingiu.

No início, quando descobri que Zac estava escondido aqui, tive medo de que ele pudesse fazer algo comigo. Meu primeiro pensamento obviamente foi entregá-lo, mas, no fundo, algo me dizia que ele não era ruim, apesar de ter feito coisas ruins.

I'll Stand By YouOnde histórias criam vida. Descubra agora