Capítulo 1

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Caroline na foto galera
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Estou dormindo tranquilamente até que sinto alguém bater de leve na minha cabeça. Abro um pouco os olhos e minha mãe está me olhando com um sorriso. Faz tempo que não a vejo sorrir, na verdade, desde que papai nos deixou.

Kelly- Acorda logo menina.

Carol- Pra que?

Kelly- Porque eu estou mandando, caramba.

Ela fecha a cara e eu faço uma careta pra ela. Parece que ela não gosta.

Carol- Ei mãe...

Kelly- Que foi?

Carol- Por que estava sorrindo?

Kelly- Porque foi divertido bater na sua cabeça.

Nossa. Que bela mãe eu tenho! Adoro tanto minha vida. Mentira.
Levanto, com a maior preguiça do mundo, e vou tomar um banho. Volto para meu quarto, que eu acho a coisa mais linda do mundo, porque ele é todo vermelho, tem uma cama box de casal e tem um guarda roupa preto. E tem MUITAS fotos. Amo fotos.
Coloco uma calça jeans preta, uma regatinha branca e um casaquinho vermelho. Coloco minhas sapatilhas vermelhas e vou tomar café.
Quando chego na cozinha minha mãe está sentada na mesa lendo uma revista de fofocas. Típico dela!

Carol- Bom dia pra você também mãe.

Digo a encarando, mas ela não responde. Apenas me olha.

Kelly- Caroline, não sei da onde você tira tanto bom humor.

Carol- Obrigada pelo elogio.

Sorrio com ironia pra ela e ela me olha séria.

Kelly- Não se finja de inocente mocinha.

Carol- Você pode parar de me culpar pelo papai ter ido embora Kelly?

Kelly- Olha o respeito com sua mãe Caroline.

Ela se levanta e vejo que ela fica vermelha de raiva.

Carol- Se você não me respeita como quer que eu te respeite?

Chego mais perto dela e ela se afasta um pouco.

Kelly- Caroline eu não te devo nenhuma satisfação.

Carol- Claro que não, você nunca ligou pra mim mesmo. Tenho certeza que você me odeia. Mais quer saber, eu nem ligo mais. Não me importo mais com você. EU TE ODEIO!

Grito e saio correndo para o meu quarto e percebo que ela fica gritando para que eu volte lá.
Não vou voltar. Ela não liga pra mim, porque tenho que voltar lá e ficar escutando o que ela tem a dizer?
Entro no meu quarto, deito na minha caba e desabo em choros.
Ela bate na porta.

Carol- VAI EMBORA!

Não quero falar com ela, nem um pouco. Ela me odeia e eu odeio ela.
Só espero que alguma das faculdades fora daqui me dêem alguma bolsa. Quanto mais longe, melhor.

Uma estrada para a felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora