Chego no apartamento sem tirar aquele idiota da cabeça. Ei, por que ele ganhou lugar nos meus pensamentos?
Percebi que não tenho uma chave reserva, então bato na porta. Drpois de 60 mil batidas, Penelope abra a porta. Ela me olha séria, mas logo abre um sorriso. Parte do disfarçe dela.Penélope- Amor, a Carolzinha chegou.
Carolzinha? Que bosta de apelido é esse?
Carol- É, cheguei.
Sorrio em falso e passo por ela, esbarrando em seu ombro.
Carol- Víbora.
Sussurro ao passar por ela. A intenção é de que ela escute, mas parece que ela é uma cobra velha.
Vou até a cozinha e meu pai está mexendo em algumas panelas, com um avental e um pano de prato no ombro.Carol- Nossa pai, o cheiro está delicioso.
Kevin- Obrigado filha! Penny me ensinou a cozinhar.
Chama logo ela de Pena de galinha. Penny! Ai que nojo.
Carol- Legal.
Penélope- Pode sentar Carol. Seu pai já está terminando de fazer o jantar.
Carol- Vou me sentar junto com todos.
Digo em um tom furioso. Ela deixa um sorriso escapar, mas quando meu pai olha, ela faz uma carinha triste.
Kevin- Que modos são esses Caroline?
Carol- Me desculpe pai, mas eu só ia oferecer ajuda.
Me aproximo dele e o abraço pela cintura e ele dá um beijo na minha testa.
Kevin- Que isso não se repita meu amor.
Carol- Tudo bem.
Dou um sorriso leve e ele retribui. Vejo Penélope com um pouco de ciúmes. OBA!
Meu pai põe a mesa e está tudo muito lindo. Como um pouco e está bom demais.Carol- Nossa pai, que deliiiiicia!
Ele sorri vendo minha cara.
Kevin- Que bom que gostou filha.
Penélope- Está ótimo amor.
Kevin- Obrigado.
Ele dá um selinho nela. ECA pai!
Me levanto e vou lavar meu prato. Volto para onde eles estão e me despeço.Carol- Vou dormir pai. Amanhã tenho aula às 7:00. Boa noite.
Abraço ele.
Kevin- Boa noite princesa.
Carol- Boa noite Penelope.
Penelope- Boa noite fofa.
Toda vez que me refiro a ela, ela me responde com um apelido diferente pra mim. Isso já tá me deixando muito irritada com essa cobra.
Vou para meu quarto e coloco um pijama qualquer. Vou ao banheiro e faço minhas higienes.
Deito na minha cama e adormeço rapidamente, sem pensar que tenho que acordar mais cedo que o normal.-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_
Alguma coisa muito alta e vibrante toca no meu ouvido. Que raiva desse despertador, 6:00 e já gritando desse jeito!
Levanto lentamente e vou até o banheiro tomar um banho rápido. Saio enrolada na toalha e vou escolher minha roupa.
Opto por uma calça jeans rasgadinha, uma camiseta escrita "keep calm and kiss me", uma jaqueta preta e uma botinha de cano curto.
Deixo meu longo cabelo negro e encaracolado, solto. Faço uma maquiagem básica com delineador e um pouco de rímel e um batom nude.
Pego minha bolsa, meu celular, meus fones, um pouco de dinheiro e saio do quarto.
Apenas meu pai está acordado, pois acho que ele vai trabalhar esse horário.
Me aproximo da cozinha e ele está tomando café. Ele sorri quando me ve e eu retribuo.Kevin- Vai tomar café filha?
Carol- Não pai. Não como nada pela manha.
Kevin- É mesmo.
Carol- Vou indo tá pai.
Kevin- Até depois filha.
Dou um beijo em sua bochecha e saio do apartamento. Vou em direção a faculdade, quando recebo uma mensagem da Luh.
Mensagem on.
Luh- Oi linda! Ansiosa para o primeiro dia?
Carol- Concerteza, mais eu tô com muito sono.
Luh- Amiga, o encontro foi divo.
Carol- Ai meu Deus. Vai me contar TUDO né?
Luh- Claro. Mais primeiro voce vai estudar.
Carol- Okay, beijos.
Luh- Beijos.
Mensagem off.
Passo pema pracinha que fui ontem a noite e vejo alguem deitado em um banco. Como eu sou super curiosa, passo perto pra vers e conheço. Que tolice. Cheguei aqui ontem e já quero ter conhecidos aqui? Que piada.
Me aproximo e vejo que é Gustavo. O que ele tá fazendo deitado no banco?
Cutuco ele pra ver se ele vai acordar.Carol- Gustavo? Gustavo? ACORDA!
Ele dá um pulo e arregala os olhos.
Gustavo- Oi, oi. Eu não fiz nada. Eu sou inocente.
Carol- O que voce ta fazendo deitado aí?
Gustavo- Culpa da bebida.
Apenas solto um sorriso.
Gustavo- Acha graça?
Carol- Acho, acho sim.
Ele se levanta e se aproxima lentamente de mim.
Gustavo- Do que?
Carol- As pessoas sempre culpam as coisas materiais, porque simplismente não tem a capacidade de culparem a si mesmas.
Gustavo- Vai ser filósofa?
Carol- Credo.
Gustavo- Devia.
Apenas ignoro e retomo mey caminho. Ainda são 6:30, tenho tempo até chegar lá.
Gustavo- Ei, pra onde você tá indo?
Carol- Faculdade.
Falei o nome da faculdade pra ele e ele sorri.
Gustavo- Tambem estudo lá.
Carol- Qual area você faz?
Gustavo- Medicina. Pra ser mais específico, pediatria.
Carol- UAU, que meigo.
Nós dois rimos e ele me encara.
Gustavo- E voce?
Carol- Nutrição.
Gustavo- Hmm, legal.
Carol- É. Tenho que ir tá.
Gustavo- Vou pegar mejs livros na minha casa, e depois posso te levar.
Carol- Vai demorar?
Gustavo- Uns 15 minutos.
Carol- Okay. Te espero aqui.
Gustavo- Tá.
Ele vai até o carro dele e desaparece na estrada.
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Uma estrada para a felicidade
Teen FictionCarol, uma garota com apenas uma amiga, recebe uma bolsa para uma faculdade do Rio. Sem hesitar, ela vai. Ela não quer mais ser motivo de piada, e ser maltratada por sua mãe. Gustavo, um garoto que trabalha em uma loja de chocolates e que vive rode...