Capítulo 10

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Gustavo na foto galera.
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Carol on.

Fico deitada na minha cama imaginando como está sendo o encontro da Luh. Realmente fico muito feliz por ela. Muitos caras já a magoaram, e mais um seria um azar enorme.
Alguém bate na porta e eu grito para entrar. Meu pai aparece sorrindo, mas aparenta estar cansado.

Kevin- Oi minha gatinha.

Carol- Oi pai.

Ele vem até mim e me abraça com força, depois senta na ponta da minha cama.

Kevin- E essa caixa de chocolates?

Carol- A Luh me mandou.

Dou um grande sorriso e meu pai dá um sorriso suave.

Kevin- É assim que valorizamos os verdadeiros amigos. Eles sempre lembram de nós, até em pequenos momentos.

Carol- Verdade. A Luh sempre lembrou de mim, e eu também nunca me esqueço dela.

Kevin- Você retribuiu o presente filha?
Carol- An...ainda não.

Olho pra baixo e meu pai chega mais perto de mim. Ele passa a mão em minhas costas e eu coloco a cabeça em seu ombro.

Kevin- Que tal você dar uma passadinha no shopping amanhã cedo?

Carol- Cedo? Ah pai, tenho faculdade amanhã cedo.

Kevin- É mesmo filha. Você vai à tarde então.

Carol- An...pai? Posso te perguntar uma coisa?

Kevin- Claro filha. Qualquer coisa.

Carol- Você ama muito a Penélope?

Kevin- Amo sim filha. Ela me faz muito bem, me entende, me julga quando é preciso...

Carol- Entendi.

Kevin- Por que filha?

Não vou contar pra ele o que aconteceu hoje. Ele não merece isso. Se ele ama ela, não quero interferir em nada. Só quero ele feliz.

Carol- Por nada não. Apenas curiosidade.

Na verdade, eu não esperava escutar que ele amava MUITO ela. Mas, fazer o que né?!

Kevin- Você gosta dela?

Lógico que não.

Carol- Sim, ela é legal.

Mentira.

Kevin- Você gostaria de levar as alianças no casamento?

NÃO!

Carol- É...é...claro!

Claro...que não!

Meu pai dá um grande sorriso e eu retribuo.

Kevin- Ouvi falar que tem uma pracinha aqui perto. Por que não vai lá enquanto eu e Penélope preparamos o jantar?

Carol- Claro, vou me arrumar.

Meu pai me dá um beijo na testa e sai do quarto. Vou tomar um banho rápido e saio enrolada na toalha. Vou escolher uma roupa. Está muito quente hoje, então coloco uma saia curta preta, uma camiseta do Superman e uma sapatilha vermelha. Faço uma maquiagem básica e passo meu batom vermelho. Deixo o cabelo solto, pego meu celular e saio do quarto.

Carol- Pai tô indo!

Grito pra ele da porta do apartamento.

Kevin- Okay filha.

Ele grita de volta e eu saio.

A pracinha que meu pai falou não foi tão dificil de achar. Na verdade, fica do lado do prédio.
Sento em um banquinho e a noite está muito linda. Depois de um tempo olhando as estrelas, alguém me cutuca. Olho para trás e vejo o cara que me entregou a caixa de chocolates.

Garoto- Oi, você é aquela moça né?

Carol- Você poderia ser um pouco mais específico?

Ele sorri, um sorriso desajeitado, mas muito lindo. Quer dizer...um sorriso normal.

Garoto- A moça dos belos olhos pra quem eu entreguei a caixa de chocolates.

Nossa, ele disse que eu tenho belos olhos. Ferrou!

Garoto- Caroline Ferreira né?

Carol- Exatamente. E seu nome é...?

Garoto- Gustavo Souza. Muito prazer.

Ele estende a mão pra mim e eu a aperto.

Gustavo- Então...te vi aqui sozinha e pensei em te fazer companhia.

Carol- Acho que não tem problema, Gusta.

O que deu em mim pra chamar o cara de Gusta? Nem conheço o figura direito, ele pode me estuprar aqui.

Gustavo- Quer andar um pouco?

Carol- Acho que prefiro ficar aqui e olhar essa coisa linda.

Olho para as estrelas e percebo que ele continua olhando pra mim.

Gustavo- Obrigado!

Sério que ele achou que eu tava falando dele? Que idiota esse garoto.

Carol- Eu tava falando do céu.

Viro as costas e ele puxa meu braço.

Gustavo- O que eu fiz?

Ele me olha com um olhar de preocupação e eu olho em seus olhos.

Carol- Sabe, já fiz muita besteira na minha vida. Não quero mais sofrer tá? Não sou igual as outras meninas com quem você costuma ficar. Não dou em cima, não corro atrás e não ligo se falem mal de mim.

Os olhos dele estão arregalados e percebo que estou na ponta dos pés.

Gustavo- Nenhuma garota nunca me disse isso.

Carol- Querido, tô cansada de ouvir essa frase.

Gustavo- Nada convencida né?

Carol- Não sou convencida moleque.

Gustavo- Sei. Aliás, esse hábito de ficar na ponta dos pés...é de tanto tentar ser mais alta?

Carol- HA HA HA. Muito engraçado. E só pra você saber, é um velho hábito.

Ele vai chegando mais perto, e eu fico paralisada.

Gustavo- E qual seria?

Carol- Ballet.

Gustavo- Olha só, temos uma bailarina.

Isso me arranca um sorriso e ele tabém sorri. Olho no meu celular e já são 21:00.

Carol- Tenho que ir tá.

Gustavo- Tudo bem pequena moranguinho.

Carol- Pequena moranguinho?

Gustavo- Não sei se você reparou que fica vermelhinha quando está com vergonha.

Isso é verdade!

Carol- Você tá pirando. Tenho que ir mesmo.

Gustavo- Okay.

Ele coloca uma mão na minha cintura e outra em meu rosto, e me dá um beijo na bochecha.

Gustavo- Até qualquer dia, bailarina!

Sorrio e ele retribui.

Carol- Até chocolateiro!

Vou para casa, pensando nele. É claro que estou pensando em como ele é um bobo. Não achei ele nem um pouco bonito (mentira).

Uma estrada para a felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora