Gustavo na foto galera.
-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_Carol on.
Fico deitada na minha cama imaginando como está sendo o encontro da Luh. Realmente fico muito feliz por ela. Muitos caras já a magoaram, e mais um seria um azar enorme.
Alguém bate na porta e eu grito para entrar. Meu pai aparece sorrindo, mas aparenta estar cansado.Kevin- Oi minha gatinha.
Carol- Oi pai.
Ele vem até mim e me abraça com força, depois senta na ponta da minha cama.
Kevin- E essa caixa de chocolates?
Carol- A Luh me mandou.
Dou um grande sorriso e meu pai dá um sorriso suave.
Kevin- É assim que valorizamos os verdadeiros amigos. Eles sempre lembram de nós, até em pequenos momentos.
Carol- Verdade. A Luh sempre lembrou de mim, e eu também nunca me esqueço dela.
Kevin- Você retribuiu o presente filha?
Carol- An...ainda não.Olho pra baixo e meu pai chega mais perto de mim. Ele passa a mão em minhas costas e eu coloco a cabeça em seu ombro.
Kevin- Que tal você dar uma passadinha no shopping amanhã cedo?
Carol- Cedo? Ah pai, tenho faculdade amanhã cedo.
Kevin- É mesmo filha. Você vai à tarde então.
Carol- An...pai? Posso te perguntar uma coisa?
Kevin- Claro filha. Qualquer coisa.
Carol- Você ama muito a Penélope?
Kevin- Amo sim filha. Ela me faz muito bem, me entende, me julga quando é preciso...
Carol- Entendi.
Kevin- Por que filha?
Não vou contar pra ele o que aconteceu hoje. Ele não merece isso. Se ele ama ela, não quero interferir em nada. Só quero ele feliz.
Carol- Por nada não. Apenas curiosidade.
Na verdade, eu não esperava escutar que ele amava MUITO ela. Mas, fazer o que né?!
Kevin- Você gosta dela?
Lógico que não.
Carol- Sim, ela é legal.
Mentira.
Kevin- Você gostaria de levar as alianças no casamento?
NÃO!
Carol- É...é...claro!
Claro...que não!
Meu pai dá um grande sorriso e eu retribuo.
Kevin- Ouvi falar que tem uma pracinha aqui perto. Por que não vai lá enquanto eu e Penélope preparamos o jantar?
Carol- Claro, vou me arrumar.
Meu pai me dá um beijo na testa e sai do quarto. Vou tomar um banho rápido e saio enrolada na toalha. Vou escolher uma roupa. Está muito quente hoje, então coloco uma saia curta preta, uma camiseta do Superman e uma sapatilha vermelha. Faço uma maquiagem básica e passo meu batom vermelho. Deixo o cabelo solto, pego meu celular e saio do quarto.
Carol- Pai tô indo!
Grito pra ele da porta do apartamento.
Kevin- Okay filha.
Ele grita de volta e eu saio.
A pracinha que meu pai falou não foi tão dificil de achar. Na verdade, fica do lado do prédio.
Sento em um banquinho e a noite está muito linda. Depois de um tempo olhando as estrelas, alguém me cutuca. Olho para trás e vejo o cara que me entregou a caixa de chocolates.Garoto- Oi, você é aquela moça né?
Carol- Você poderia ser um pouco mais específico?
Ele sorri, um sorriso desajeitado, mas muito lindo. Quer dizer...um sorriso normal.
Garoto- A moça dos belos olhos pra quem eu entreguei a caixa de chocolates.
Nossa, ele disse que eu tenho belos olhos. Ferrou!
Garoto- Caroline Ferreira né?
Carol- Exatamente. E seu nome é...?
Garoto- Gustavo Souza. Muito prazer.
Ele estende a mão pra mim e eu a aperto.
Gustavo- Então...te vi aqui sozinha e pensei em te fazer companhia.
Carol- Acho que não tem problema, Gusta.
O que deu em mim pra chamar o cara de Gusta? Nem conheço o figura direito, ele pode me estuprar aqui.
Gustavo- Quer andar um pouco?
Carol- Acho que prefiro ficar aqui e olhar essa coisa linda.
Olho para as estrelas e percebo que ele continua olhando pra mim.
Gustavo- Obrigado!
Sério que ele achou que eu tava falando dele? Que idiota esse garoto.
Carol- Eu tava falando do céu.
Viro as costas e ele puxa meu braço.
Gustavo- O que eu fiz?
Ele me olha com um olhar de preocupação e eu olho em seus olhos.
Carol- Sabe, já fiz muita besteira na minha vida. Não quero mais sofrer tá? Não sou igual as outras meninas com quem você costuma ficar. Não dou em cima, não corro atrás e não ligo se falem mal de mim.
Os olhos dele estão arregalados e percebo que estou na ponta dos pés.
Gustavo- Nenhuma garota nunca me disse isso.
Carol- Querido, tô cansada de ouvir essa frase.
Gustavo- Nada convencida né?
Carol- Não sou convencida moleque.
Gustavo- Sei. Aliás, esse hábito de ficar na ponta dos pés...é de tanto tentar ser mais alta?
Carol- HA HA HA. Muito engraçado. E só pra você saber, é um velho hábito.
Ele vai chegando mais perto, e eu fico paralisada.
Gustavo- E qual seria?
Carol- Ballet.
Gustavo- Olha só, temos uma bailarina.
Isso me arranca um sorriso e ele tabém sorri. Olho no meu celular e já são 21:00.
Carol- Tenho que ir tá.
Gustavo- Tudo bem pequena moranguinho.
Carol- Pequena moranguinho?
Gustavo- Não sei se você reparou que fica vermelhinha quando está com vergonha.
Isso é verdade!
Carol- Você tá pirando. Tenho que ir mesmo.
Gustavo- Okay.
Ele coloca uma mão na minha cintura e outra em meu rosto, e me dá um beijo na bochecha.
Gustavo- Até qualquer dia, bailarina!
Sorrio e ele retribui.
Carol- Até chocolateiro!
Vou para casa, pensando nele. É claro que estou pensando em como ele é um bobo. Não achei ele nem um pouco bonito (mentira).
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Uma estrada para a felicidade
Teen FictionCarol, uma garota com apenas uma amiga, recebe uma bolsa para uma faculdade do Rio. Sem hesitar, ela vai. Ela não quer mais ser motivo de piada, e ser maltratada por sua mãe. Gustavo, um garoto que trabalha em uma loja de chocolates e que vive rode...