Capítulo 46

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Meg- Se ele vim atrás de você, eu e a Becca damos uma surra nele.

Becca- Isso mesmo. A gente acaba com ele.

Carol- Obrigada meninas.

Meg- Mudando de assunto...com que roupa você vai amanhã, Carol?

Carol- Com essa aqui.

Tiro da sacola o vestido cor creme com vários pontinhos pretos, um sapato de salto preto aberto e uma pulseira de strass também preta (foto da mídia).

Meg- Nossa, amei.

Becca- Vai ficar muito linda.

Carol- E a sua roupa, Becca?

Becca- Segredo. Vocês só vão ver amanhã.

Meg- Mas...você não comprou nada.

Becca- Eu já tenho a roupa. Ganhei de uma tia minha que mora fora do país. Nunca usei essa roupa, eu estava guardando pra alguma ocasião especial, e acho que o momento chegou.

Meg- O Rafa com toda certeza vai babar em você.

Carol- Vai mesmo. Ele vai ter que se segurar pra não ir pra cima.

Becca- Parem com isso! Eu não gosto dele e nem ele de mim.

A Becca se levanta e fica nos olhando com uma cara séria. Meg pega na mão dela e a faz sentar na cama de novo.

Meg- Becca, nós duas já nos conhecemos faz tempo, e agora, conhecemos a Carol, que é uma pessoa incrível e nossa nova melhor amiga. E eu te conheço...você tá negando pra você mesma que você sente algo por esse rapaz.

Carol- Olha, mesmo eu não te conhecendo a muito tempo, eu sei que você sente algo por ele. E pelo jeito que ele te olha...

A Becca levanta um dedo, fazendo sinal pra eu parar se falar.

Becca- "O jeito que ele te olha"? Que olhar é esse heim? De nojo? De raiva? Eu sinceramente não entendo vocês. E olha...tenho que ir, minha mãe deve estar preocupada.

Eu e Meg permanecemos em choque e caladas, enquanto Becca nos dá um beijo na bochecha e sai do meu quarto. Depois de alguns segundos, escuto a porta da frente sendo fechada com força.

Carol- Ela é sempre assim?

Meg- É. Geralmente, ela não aceita que gosta de alguém, e demora muito pra que ela reconheça o que sente. Só que eu sei Carol...eu sei que ela sente algo pelo Rafa.

Carol- Também penso a mesma coisa. Ela parece durona por fora...mas por dentro, ela é uma pessoa frágil e sensível.

Meg- Exatamente. Não sei se ela sente raiva do mundo, só pelo fato que ocorreu na vida dela...

Carol- E que fato é esse?

Meg se levanta da cama calmamente e me olha com um sorriso.

Meg- Acho melhor ela te contar. Não acha?

Carol- Claro. Quando ela estiver pronta ela vai me falar, tenho certeza.

Retribuo o sorriso e ela me dá um beijo na bochecha e um abraço.

Meg- Já são 18:30 e vou indo também. Está tarde e minha mãe nem sabe que eu vim pra sua casa. Ela pensa que só fui te buscar no aeroporto e nada mais. Ela deve estar achando que eu fui capturada e estuprada.

Nós duas caímos na gargalhada e eu me levanto da cama também.

Carol- Tudo bem. Nos vemos amanhã na faculdade.

Uma estrada para a felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora