Capítulo 11

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Gustavo on.

Depois que eu vi a Carol pela primeira vez, meu coração bateu mais forte. Me apaixonei varias vezes e sempre fui traído. É uma vida dificil. Mas, não sei exatamente o que sinto pela Carol. Ela é diferente de todas as garotas que já namorei. Ela é independente, mandona e tem um sorriso que me tira do sério.
Quando vi ela na praça sozinha, eu queria, a todo custo, fazer companhia para ela. Sinto algo diferente quando estou perto dela.
Conversamos por alguns maravilhosos minutos, e ela foi embora. Não parei de observa-la nem um segundo quando ela estava indo. Ela é...é...perfeita. Ela pode ter muitos defeitos visiveis e aqueles que ainda vou conhecer, mas não consigo me imaginar discutindo com ela.
Nossa, eu tô parecendo um bobo apaixonado!
Vejo que está muito cedo pra ir pra casa, e decido chamar um amigo meu pra ir em alguma lanchonete.

Mensagem on.

Gustavo- Eai cara, tá afim de ir em algum lugar?

Marcelo- Eai mané, onde você tá querendo ir?

Gustavo- Pensei naquela lanchonete que tem na beira da praia, lembra?

Marcelo- Claro mano, to colando lá.

Gustavo- Beleza.

Mensagem off.

Peguei o carro e fui até a tal lanchonete. Marcelo ainda não tinha chegado, então escolho uma mesinha no canto da lanchonete.
Marcelo chega e me cumprimenta com um toque de mão. Ele se senta em uma cadeira à minha frente e fica me olhando.

Gustavo- Que foi?

Marcelo- Você tá estranho cara.

Gustavo- Você tá imaginando coisas muleque.

Ele dá uma gargalhada e apenas fico olhando para sua cara.

Marcelo- Pode falar cara. Você tá muito estranho.

Gustavo- Estranho como?

Marcelo- Você tá com um olhar profundo, seus olhos estão brilhando. Enfim, você parece apaixonado.

Gustavo- Pareço?

Marcelo- Cara, você ta muito mal. Qual o nome da mina?

Gustavo- Okay, okay. Me rendo. O nome dela ê Caroline.

Marcelo- Ela é gata?

Gustavo- Ela é linda, tem um corpo perfeito, e um sorriso...contagiante.

Fico lembrando dela e percebo que Marcelo está me olhando.

Marcelo- Então o que você vai fazer cara?

Gustavo- Não sei. Quero conhecer ela primeiro.

Marcelo- Tá certo, tá certo.

Chamo o garçom, levantando a mão.

Gustavo- Eu quero um suco de laranja por favor.

Garçom- Sim senhor. E você?

Ele se refere a Marcelo, e ele ainda está escolhendo.

Marcelo- Vodka.

Gustavo- Tem certeza que vai beber?

Marcelo- Lógico. Você não quer?

Gustavo- Tô dirigindo cara.

Marcelo- Só uma dose, vai.

Gustavo- Okay.

O garçom nos olha, e parece impaciente.

Marcelo- Esqueçe o suco, e trás duas vodkas.

Garçom- Certo. Com licença.

Marcelo- Vai lá cara

Marcelo bate no ombro do garçom e eu olho meu amigo com cara fechada.

Gustavo- Você é maluco.

Nós dois rimos.

Gustavo- E a vida cara? Como anda?

Marcelo- Você sabe que minha vida desfila né?

Caímos na gargalhada e o garçom traz nossos pedidos.

Gustavo- Você é um gay, Marcelo.

Ele faz uma careta e eu rio. Bebemos a vodka de uma só vez e sinto meu corpo ferver. A muito tempo eu não bebia isso. Me lembro da sensação relaxante da bebida, e com certeza, quero mais.
Chamo o garçom novamente e faço o pedido. Mas dessa vez decido misturar tudo.

Gustavo- Me traz duas doses de whisky, duas doses de vodka e duas doses de tequila.
O garçom anota os pedidos e sai.

Marcelo- Tá querendo chapar heim mano.

Gustavo- Pois é.

Marcelo- Gostei da ideia!

Rimos e olho fixamente pra ele.

Gustavo- Você ainda nao respondeu minha pergunta.

Marcelo- De como anda minha vida?

Afirmo com a cabeça.

Marcelo- Tá otima. Tô pegando todas.

Gustavo- Tá podendo heim.

Marcelo- Claro.

O garçom traz as bebidas e tomo tudo de uma vez, Marcelo faz igual.
Conversamos mais um pouco e eu bebi mais umas 12 doses de cada coisa.
Fiquei tão chapado que acho que deixei cinquenta reais de gorjeta para o maldito garçom.
Lembro de me despedir de Marcelo e ir para a praça onde encontrei Carol.
Deito em um banquinho e fico cantando a música Hoje eu tô terrível do Cristiano Araújo.

Gustavo- Pra romance é off
             Pra balada é disponível
             Hoje eu tô terrível
             Hoje eu tô terrível.

Eu cantava várias vezes o refrão, porque eu não me lembrava do resto. Minha voz estava saindo toda desafinada e enrolada.
A ultima coisa de que me lembro é de ver a hora no celular, que marcava 00:45, e adormecer logo em seguida, ali mesmo, no banco.

Uma estrada para a felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora