Capítulo 29

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Acordo em um pulo quando escuto o despertador berrando.
Hora da faculdade! Que legal! Mentiraaaaa!
Estou com uma dor de cabeça do caramba. Eita ressaca! Por que eu fui beber ontem?
Levanto na maior preguiça, e vou direto para o banheiro. Tomo um banho rápido, e volto para o quarto enrolada na toalha.
Pego uma calça jeans azul justinha, uma regatinha preta, um tenis vans preto e um casaquinho vermelho.
Deixo meu cabelo solto, e faço uma maquiagem leve.
Pego minha bolsa, celular, fone e saio para a cozinha.
Não encontro ninguém, então vou direto para a faculdade.
Saio do prédio, e para minha infelicidade, Gustavo não está me esperando.
Decido ir andando mesmo. Coloco meus fones, e vou escutando a música Flawless da Beyoncé.
Sinto alguém cutucar meu ombro, e olho rapidamente para o lado.

Gustavo- Você nem me esperou hoje né?

Ele estava com aquele sorriso. Aquele sorriso.

Carol- Esperar pra quê? Tenho pernas não tá vendo?

Eu estava com uma imensa dor de cabeça e com um mal-humor maior ainda. Isso que dá beber no meio da semana.

Gustavo- Parece que alguém tá de mal-humor.

Reviro os olhos, fecho a cara e continuo andando.

Carol- Com licença.

Ando depressa, mas ele me puxa. Vou parar em seus braços, com suas mãos em minha cintura.

Gustavo- Onde você pensa que vai?

Carol- Pra faculdade, agora me solta.

Me depato, mas ele continua me segurando, com força.

Gustavo- Você não vai.

Carol- Claro que vou.

Gustavo- Eu que mando.

Olho para a cara dele, e começo a gargalhar.
Manda em quê, meu Deus? Esse cara é maluco.

Carol- Manda em quê, Gustavo?

Gustavo- Na nossa relação.

Relação? Que relação?

Carol- Mas a gente não tem nada. Eu não quero me envolver com homem pegador.

Consigo me soltar dele, mas ele continua andando do meu lado.

Gustavo- Pegador?

Carol- É pegador. Não quero um cara que me faça de tonta, só por que quer um corpo pra passar a mão. Quero um homem de verdade. Que me respeite, me entenda e me faça feliz.

Paro de andar, e fico olhando pra cara dele. É uma expressão triste. Admito que fiquei com dó.

Gustavo- E você acha que não sou capaz de te fazer feliz?

Essa pergunta me pegou em cheio. E o pior de tudo, é que mesmo nós não sendo namorados, ele já me faz feliz.
Droga!

Carol - Não sei...

Falo baixinho, e ele chega mais perto de mim. Pega em meu queixo, e o ergue, para que eu possa olhar em seus olhos.

Gustavo- Ei, eu quero te fazer feliz. Sei que não sou perfeito, mas...eu me sinto o homem mais feliz do mundo quando eu to perto de você. Me sinto completo. Mas...não quero te forçar a nada.

Ele abaixa a cabeça, e vai em direção a seu carro que está encostado um pouco atrás de nós.

Carol- Gusta, espera.

Ele para, se vira, e olha pra mim. Vou chegando mais perto dele, e percebo que seus olhos estão cheios de lagrimas.

Carol- Gusta, não chora, por favor.

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