Capítulo 41

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Gusta on.

Enquanto o Logan e a Luh foram lá fora se "despedir", eu fiquei aqui com a Carol, abraçadinho com ela.
Como essa garota mexeu comigo. Meu Deus, eu nunca poderia imaginar que eu me apaixonaria desse modo. Ás vezes eu até me estranho.

Carol- Amor, que horas é o vôo amanhã?

Gusta- Ás nove, amor.

Carol- Okay.

Vamos embora só amanhã, ou seja, na segunda. É reunião de professores e de alunos indiciplinados lá na faculdade. Então, não temos aula.
Continuamos a assistir o filme, e o meu celular toca. Vejo no visor o nome Christian, e atendo rapidamente.

Ligação on.

Gusta- Alô.

Christian- Fala aê, parceiro. Quanto tempo mano.

Gusta- Nossa cara, andou sumido heim? Onde você tá, cara?

Christian- Eu tava pra fora do Brasil. No Canadá. Só que agora eu tô voltando pro Rio.

Gusta- Nossa, cara. Que ótimo. Quando você chega?

Christian- Amanhã a tarde. Vamos combinar alguma coisa com os garotos.

Gusta- Claro que vamos. Ann...só garotos?

Christian- É cara, quem sabe a gente encontra umas gatinhas por aí, né?!

Gusta- Isso não é uma boa idéia, mano.

Christian- Meu amigo virou boiola?

Gusta- Cala a boca desgraça. To namorando agora. E ela é perfeita.

Christian- Uooww! Que demais, cara. Fico feliz por você. Leva ela no rolê também.

Gusta- Levo sim. Ei, agora vou desligar porque ela já tá meio que ficando no vacuo aqui.

Christian- Ah tudo bem. Fala pra ela arranjar alguma amiga dela pro seu querido amigo aqui.

Gusta- Kkkkk, claro. Até amanhã então cara.

Christian- Falou parceiro.

Ligação off.

Carol- Quem é ele, amor?

Ela pergunta de um jeito fofo, e eu beijo o topo de sua cabeça.

Gusta- Christian, um amigo meu que tinha saído do país e agora está voltando.

Carol- Nossa, isso é bem legal.

Gusta- É sim.

Carol- Ele é bonito?

Percebi que ela segura o riso, e olha pra mim tentando ficar séria.

Gusta- Por que você quer saber se ele é bonito?

Carol- Vai ver alguma amiga minha se interessa.

Gusta- Okay. Ele é um gato.

Digo com sarcasmo e em tom de brincadeira, e começo a rir, acompanhado de Carol.

Carol- Como você é gay.

Fico sério rapidamente e ela começa a gargalhar.

Gusta- Vou te mostrar o gay.

Carol- Mostra.

Ela dá um sorriso malicioso, que me faz tremer.
Beijo ela com desejo, ancioso por sentir seu sabor quente e doce. Ela passa os braços por meu pescoço, e acaricia meus cabelos, puxando-os levemente. Isso me deixa louco!
Meus braços encolvem sua cintura, e a puxam mais pra perto de mim. Em um movemento rápido, ela vai para cima de mim, sem parar o beijo. Minhas mãos descem para sua bunda e dou um aperto de leve, o que a faz gemer baixinho.
Minha intenção era fazer amor com ela ali mesmo, mas a qualquer hora a Luh voltaria lá de fora, e nem preciso explicar a reação se nos visse fazendo isso, né?
Ouço o barulho da porta e Carol sai de cima de mim em um piscar de olhos.

Luh- Que silêncio aqui dentro.

Ela fala nos olhando desconfiada.

Gusta- É o que geralmente acontece quando as pessoas assistem filme, sabia?

Ela fica séria e revira os olhos.

Luh- Engraçadinho.

Gusta- Obrigado.

Carol- Parem de implicar um com o outro. Que coisa!

Minha pequena fala um pouco mais alto do que o normal, e olha para Luh.

Luh- Não é implicância. Só é seu namorado que fica se agarrando com você e pensa que eu não sei.

Carol cora na hora. (Até rimou kkk)

Carol- Eu não fico me agarrando com ele.

Luh- Ahaaaaaam, sei.

A cara de desconfiança domina a expressão da Luh.

Luh- Tô com ciúmes.

Ela se senta no sofá, emburrada, e cruza os braços.

Carol- Ahh não fica assim amiga. Eu te amo.

Gusta- Eii, e como eu fico nessa história?

Carol ri um pouco e me dá um selinho, o que faz Luh revirar os olhos outra vez.

Carol- Eu te amo, marrento.

Gusta- Não sou marrento.

Carol- Então essa é a sua resposta para o meu "Eu te amo"?

Luh- Nem pra demonstrar que te ama com simples palavras. Em que mundo estamos, meu Deus.

Ela ri, e Carol dá um leve sorriso.

Carol- Estamos no nosso mundo, onde simples gestos dizem muito mais que um "Eu te amo".

Ela diz olhando em meus olhos, e sorri. Não consigo explicar o que essa garota faz comigo, caramba! Ela desperta algo profundo e inovador, que eu nunca senti por ninguém.

Luh- Uau, isso foi bem profundo.

Carol- Igual nosso amor.

Ela se referia ao nosso amor. Se eu fosse gay eu já estaria pulando e batendo palmas. Mas eu estou simplesmente esboçando um sorriso meigo e apaixonado.
Pego sua nuca e beijo sua testa, e logo em seguida, sua boca.

Gusta- Eu te amo. Mais que tudo.

Digo em alto e bom tom para Luiza ouvir também.

Carol- Eu também te amo.

Logo em seguida ela deposita um beijo rápido em minha boca.

Luh- Bom, não tô afim de ficar de vela, então já vou dormir. Boa noite!

Carol/Gustavo- Boa noite.

Ela sai calmamente, deixando eu e Carol sozinhos na sala.
Fico olhando seu rosto por um bom tempo, o que a faz ficar vermelha.

Gusta- Eu adoro quando você faz isso, sabia?

Carol- Ficar vermelha?

Gusta- É. Acho que significa que você me ama de verdade e fica até sem graça quando eu te encaro por muito tempo.

Carol- Exatamente.

Gusta- E eu te encaro por muito tempo, porque te amo por completo, e eu não me importo se você acorda com o cabelo todo bagunçado. Eu aprendi a te amar, Carol. E nunca mais vou te esquecer, mesmo que eu me esforçe.

Ela está sorrindo de um jeito fofo e tímido. Só o que faço é beija-la apaixonadamente, para que ela saiba que o que acabei de dizer não foram apenas palavras da boca pra fora. Mas foram as mais verdadeiras que eu já disse até hoje.

Uma estrada para a felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora