Introdução

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Na Terra

E esta é uma história com início, porém, sem fim. Porque termina dentro de cada um de nós, no íntimo das revelações mais profundas do espírito e da existência, que podem acontecer a qualquer momento, por exemplo, em dez minutos de sono profundo. Onde um pode ser dois e lá pode ser aqui mesmo, e agora. Uma pitada de cada porção dos maiores mistérios, quando misturadas, pode nos resgatar um minuto de lucidez, que é precioso como uma gota de água agarrada na pele verde de uma folha de alface, por sua vez condenada num copo com terra na janela de um edifício.

O que significa "grande", se um botão perto dos olhos é maior que a lua? Como seria se houvesse vinte algarismos ao invés de apenas dez e cinquenta letras para formarmos palavras? Enquanto pensamos... Acompanha-me por este longo túnel escuro de pensamentos. Então apalpamos algo que parece uma porta e é uma porta. Então coragem! Vamos abrir esta porta. Agora estamos num corredor iluminado, que belo lugar, está escrito vida na porta! Vejam ali outra porta, então vamos passar por ela também! Que lugar é esse, tudo escuro outra vez? Parece a continuação do mesmo túnel!

Eu avisei que estava escrito "morte" na porta... Mas parece que ainda estamos no mesmo túnel! Sim, eis a melhor e maior de todas as revelações: que a morte é um acontecimento tão belo quanto a vida. Mais ainda belo, porque é o depois, é onde e quando todas as vidas se reencontram... Olá, meu nome é Argemiro Marques e acredito que esta história poderá mudar os conceitos de muitos sobre a vida. E somente foi possível graças a colaboração de centenas de depoentes, colaboradores e testemunhas em todos os níveis, inclusive extraterrestres, aos quais agradeço profundamente, como os anjos e guardiões celestiais e aos missionários universais.

Leitores e leitoras, já que estamos aqui, permitam-me apresentar alguns dos personagens dessa longa, longínqua história. Uma história de mais de mil anos, portanto, paciência. Alguns personagens não têm túmulo, mas tenho certeza que todos os conhecem. Este é o túmulo florido de Valentina, mãe de Thalia, que jaz sob aquela lápide, ali mais adiante, com aquelas rosas brancas. O pai de Thalia foi enterrado como indigente no Cemitério da Cachoeirinha, portanto, não tenho como mostrar. A minha sepultura está no cemitério da Consolação, pois eu era um rapaz relativamente abastado. Apenas corpos, apenas lembranças deixadas pela alma, como roupas usadas durante nossa existência. 

AS SETE PRAGASOnde histórias criam vida. Descubra agora