Chapter 26

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Danielle's Pov...

Acordo sobressaltada, por causa de um trovão. Olho para o meu lado, e vejo o Luke a dormir como um anjo, respiro fundo e tiro os lençóis de cima de mim. Sai-o da cama e saio do quarto, desço as escadas e vou até à cozinha.

De um dos armários da cozinha tiro um copo, e encho-o com água. Bebo a água e depois ponho o copo no lava-loiça. No momento em que estava a ir para o quarto, Hanna aparece-me à minha frente com uma faca na mão.

Desde que sai do hospital tenho vindo a ter pesadelos, sobre o acidente que tive no dia do casamento do meu pai. O vidro a abrir a minha pele, os meus olhos a fecharem-se devido à perda de sangue... Um arrepio atravessa-me a coluna.

- Tem piada – diz Hanna olhando para o seu reflexo na faca – Pensei que se estraga-se esse teu lindo corpo, o Luke deixava-te – ela encara-me – Mas parece, que te vou ter que fazer muito mais.

Ela dá um passo em frente e eu recuo um passo.

- Então foste tu que me atacas-te no dia do casamento do meu pai – digo assustada

- Nosso pai – ela diz aproximando-se de mim

- Não és do mesmo sangue que ele - digo irritada

- Como queiras – ela aproxima-se de mim e eu bato com as costas na parede. Ela agarra-me os pulsos e aproxima a faca do meu rosto – Não grites se não espeto-te esta faca

Engulo o seco e fico a encara-la.

- Danielle! – ouço o Luke a chamar-me

- Parece que o Luke acordou, que tal ir-mos dizer-lhe um olá?

- Dan – ouço o Luke dizer assim que entra na cozinha – Dan!

Olho para o ser de olhos azuis que se encontra parado na porta da cozinha. Luke olha para a Hanna de olhos arregalados.

- Luke diz-me uma coisa – diz Hanna – O que é que ela tem e eu não tenho?

Luke não responde e Hanna aproxima mais a faca da minha bochecha. Fecho os olhos com força à espera que a lamina rasgue a minha pele mas esse momento nem chega. Abro os olhos e desse preciso momento vejo Luke a vir na nossa direção. Hanna faz um corte por baixo de meu olho antes que Luke lhe possa dar com a frigideira na cabeça. Assim que o ser de cabelos loiros dá-lhe com a frigideira ela cai no chão. Luke agarra na faca e atira-a para cima da mesa.

Ponho a mão no corte que Hanna me vez e depois olho para a minha mão que se encontra cheia de sangue. Olho para o Luke aterrorizada. Ele rapidamente vem até mim e abraça-me. Fecho os olhos com força e as lágrimas começam a formar-se nos cantos dos meus olhos. Assim que a primeira lágrima toca na minha ferida, gemo de dor, e Luke afasta-se de mim.

- Vamos levar-te ao hospital, agora – ele diz puxando-me

- Luke, não quero ir ao hospital – digo soltando-me da sua mão

- Não queres ir ao hospital?! – Luke passa as mãos pelo cabelos já despenteados, despenteando-os ainda mais – Danielle, estás a sangrar de um corte, bastante profundo, isso precisa de levar pontos – ele encara-me

Olho para o chão onde se encontra Hanna inconsciente.

- Ok – bufo – Mas o que é que fazemos com ela?

- Eu ligo aos rapazes, a pedir para tratarem dela e levarem-na a casa – ele volta a agarra-me novamente no pulso – Agora vamos

***

Assim que entro no hospital sou logo atendida. O médico manda-me deitar em cima de uma maca e começa a desinfetar a ferida, fazendo-me gemer de dor, quando passa com o algodão no corte.

- Quer que a ponha a dormir? – pergunta-me o médico

- Se não se importar – digo a medo

O médico não diz nada limita-se a sorrir, aproxima um frasco do meu nariz, e eu adormeço. Acho...

***

Quando acordo encontro-me deitada numa cama de hospital. Olho à minha volta e encontro os rapazes a falarem com o Luke que se encontra sentado numa poltrona.

- Hey – digo – Eu também estou aqui

Luke rapidamente se levanta e vem sentar-se ao meu lado na cama. Olho para ele e sorri-o. Luke aproxima o seu rosto do meu e deixa um leve beijo nos meus lábios. No fundo da cama encontram-se os rapazes a olharem para mim preocupados.

- Como é que estas? – pergunta-me Mike

- Bem – digo baixo – Acho...

- Já trata-mos da Hanna – afirma Ash – Ela já está em casa

Um arrepio atravessa-me a coluna. Eu não sei se sou capaz de voltar à aquela casa, onde também vive a pessoa que me atacou duas vezes

- Os médicos disseram, que já podias sair – diz Cal – Assim que acordasses e te sentisses melhor

Assinto e fecho os olhoscom força respirando fundo.

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