A Viagem da Minha Vida

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Capítulo 12

Assim que eu desliguei, disquei imediatamente o número do Hospital e avisei que amanhã eu não vou e voltarei só na segunda feira para trabalhar.
Comecei a arrumar as roupas e todos os outros pertences necessários para a viagem da minha vida.
Uma coisa muito importante não posso esquecer, é a máquina de tirar fotos, máquina essa que vai registrar a mulher da minha vida e ficará para sempre revelada.
Nunca estive tão animado, como estou agora e olha que não é a minha primeira namorada, mas, eu sinto que tenho um forte amor por ela.
Ao mesmo tempo gostaria muito que a Lucélia fosse nesta excursão, nos divertirmos juntos, mas, é melhor não, talvez eu não ficaria à vontade com a presença dela na viagem.
Como eu já conheço a Lucélia, estou com muita vontade de conhecer a Fátima, sem dúvidas vai ser uma experiência e tanto!
Deitei para ver se eu conseguiria dormir um pouco, apesar da ansiedade, logo peguei no sono.
Tinha colocado o despertador para disparar às três e trinta. Logo que despertou, levantei num instante só, fui para o chuveiro tomar um banho quente para despertar.
Logo tomei um café bem reforçado e me dirigi para a Praça Afonso Pena, fui de táxi, deixando o meu carro na garagem.
Assim que eu cheguei no ponto de encontro, ainda estava escuro, me direcionei a um dos ônibus, dei uma olhada na lista do primeiro ônibus e não vi o meu nome, é óbvio que ela teria colocado Raimundo e não Edmundo, mas, mesmo assim o meu nome fictício não estava na lista, mas, o dela, Fátima estava.
Fui ao segundo ônibus e verifiquei que o Raimundo constava e ali entrei, sentei na poltrona indicada pelo motorista.
Como eu não vi ninguém conhecido, permaneci em silêncio.
Logo o motorista ligou o ônibus e saímos, rumo à Paraty.
Não quis ir ao outro ônibus para não estragar a surpresa, mas confesso que fiquei me mordendo de vontade de saber quem era de fato a Fátima, que nestas últimas semanas fez eu me apaixonar totalmente por ela.
Fiquei a pensar se ela realmente estava falando a verdade, do jeito que ela é, a sua aparência...Será que ela veio mesmo? Ou fui enganado?
Dos duzentos quilômetros de distância, estava faltando apenas uns setenta quilômetros, foi quando os dois ônibus pararam para nós esticar as pernas e tirarmos fotos, ao descer pude notar a presença de duas amigas lá do Hospital, a dona Dircinha e a linda maravilhosa deusa em pessoa, a Lucélia.
Ao chegar perto, disse eu:
- Oi bom dia minhas queridas, não sabia que vocês viriam?
Rimos juntos e a dona Dircinha disse alegremente:
- Nós também não sabíamos que você viria, logo você que não dá um tempo para você mesmo!
Eu fiquei meio sem graça e repondi:
- É verdade mesmo, mas, de vez em quando, precisamos dar este luxo para nós mesmos e não ficarmos só trabalhando. Mas, não viemos aqui para falar de trabalho, né?
Rimos...
Daí tiramos muitas fotos, na estrada com uma visão paradisíaca do mar ao fundo, simplesmente maravilhosa!
Eu estava a olhar para todos os lados para ver se eu via alguém nas características dadas pela Fátima, mas não conseguia ver, não sei se foi a presença da Lucélia que me deixou atordoado, me fazendo perder o foco da Fátima.
A essa altura do campeonato, pensei:
- Se a Fátima não vier, pelo menos eu terei a chance de conversar com a Lucélia e quem sabe algo pode acontecer? Sei que a vida nos reserva muitas surpresas e essa pode ser uma delas.
Depois das fotos, voltamos cada um para a sua poltrona, os ônibus estavam lotados, todos os acentos estavam ocupados.
Pensei:
- Tudo bem, estamos chegando e logo esta situação de suspense vai acabar...
Ao chagar no Hotel fiquei encantado, com piscina de todos os tamanhos, os quartos maravilhosos, grandes e bem confortáveis.
Já na recepção fomos bem recebidos, foi nos informado que o café da manhã e o café da tarde é por conta do Hotel, que qualquer coisa que precisarmos é para pedir que eles estão lá para nós atender da melhor forma possível.
Entrei no quarto e acomodei os meus pertences, fui tomar um banho bem relaxante e dei um volta pelo Hotel.
Estava a procura da Fátima, mas, nada da presença dela.
Como pode procurar por alguém que não conheço?
No entanto, foi combinado que na praia vermelha ela se revelaria, vou ter que esperar o momento...
Estando eu aqui fora do hotel olhando para ver se eu a via, dei de cara com a minha deusa, a Lucélia, que me pareceu preocupada com alguma coisa e eu disse:
- É aí, o que você está achando da viagem e do local?
Com a cabeça nas nuvens, respondeu desconversando:
- Bem...
Ela olhou para o lado esquerdo, parecia que estava à procura de alguém e continuou:
- Eu...Estou gostando sim, na verdade eu estava precisando de um momento assim mesmo, um momento especial como esse...
Lucélia é uma mulher maravilhosa, sabe que é linda, mas, não dá chances para ninguém, é muito séria, impõe respeito.
Na verdade, é de uma mulher assim que eu preciso para me casar, se a Fátima for uma pessoa especial também, assim como é a Lucélia, e se for a vontade de Deus, com certeza eu me casarei com ela sim, esquecendo assim de vez a Lucélia.
Logo depois que saí de perto da Lucélia e estávamos nos preparando para irmos ao primeiro passeio, me sentei na poltrona da recepção do hotel e me deparei com um folheto, que dentre outras coisas e fotos, havia um texto escrito e eu comecei a ler, que dizia o seguinte:
"Graças ao tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, quase nada mudou por aqui.
Erguido entre os séculos 18 e 19 em uma área compreendida entre o rio Perequê-Açu e a Baía de Parati, mantém a paisagem emoldurada por casarões coloniais e igrejas.
A proibição ao tráfego de automóveis preservou o irregular calçamento em pedras, tornando a caminhada a única maneira de circular pela área e conhecer cartões-postais como a igreja de Santa Rita, erguida em 1722. Nos coloridos sobrados funcionam bares, restaurantes e lojinhas de artesanato.
A histórica e bela Paraty, no litoral do Estado do Rio de Janeiro quase na divisa com São Paulo, lembra a também colonial cidade uruguaia Colônia Del Sacramento.
Importante cidade durante os ciclos do café (quando a cidade era o porto utilizado para escoar o café do Vale do Paraíba) e do ouro (quando Paraty possuía o único caminho que ligava o Rio de Janeiro às minas), Paraty reúne atrativos que encantam turistas de vários perfis e interesses.
Capela Nossa Senhora das Dores, cercada por montanhas do Parque Nacional da Bocaina e praias lindas, tem ainda cachoeiras, alambiques com cachaças deliciosas e oferece a opção de esportes de aventura e aquáticos.
Isto tudo além do tradicional e famoso centro histórico, tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1937."
Após ler este folheto, fiquei muito animado para conhecer a tão famosa cidade histórica Paraty, o nosso líder da excursão chegou à recepção e disse:
- A nossa condução sairá daqui a cinco minutos, querem por favor formar uma fila aqui em frente ao hotel.
Me levantei e fui ao pátio, fiquei procurando alguém mais que eu não conhecesse, mas, foi em vão. A maioria era casais ou país com suas crianças.
Os nossos dias foram divididos em vários passeios, infelizmente o passeio de escuna não é o primeiro, para eu poder conhecer logo a Fátima e sair desta agonia de esperar.
Em três dias na cidade, é possível aproveitar um pouco de tudo.
No nosso caso, basicamente fomos às praias durante o dia e ao centrinho no fim de tarde e à noite, com visita ao alambique Coqueiro e à cachoeira Tobogã - só não fiz esportes radicais.
Dividimos assim:
Primeiro dia:
Fomos a Trindade, que fica a cerca de 23 km de Paraty (pega-se a Rio-Santos e sai na indicação para Trindade, um trevo meio perigoso para fazer a volta cruzando a estrada.
Dali tem uma estradinha que leva, pela direita às praias de Trindade e pela esquerda a Laranjeiras).
Praia do Meio em Trindade: escolhemos a barraca Canto da Lua para passar o dia.
É uma covardia dizer que aqui às praias são paradisíacas, mas, de fato são mesmo, não dá para negar está beleza encantadora.
Praia do Meio:
Essa linda praia é a mais procurada de Trindade, de águas calmas, cristalinas e uma larga faixa de areias brancas, é muito boa para o banho.
A praia está localizada dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Famosa pelas praias, Trindade tem novo ponto de encontro nas areias Bar Canto da Lua à beira-mar promete música ao vivo ao cair da tarde.
Piscina natural é destino preferido dos turistas.
A 23 km de Paraty fica o vilarejo de Trindade, situado dentro da Área de Proteção Ambiental Cairuçu.
O que atrai os turistas a esse destino são as belas praias.
Até a década de 1980, apenas aventureiros frequentavam o local.
Para se chegar a Trindade era preciso enfrentar uma íngreme estrada de terra.
As casas dos pescadores viraram pousadas ou local de acampamentos e a pista foi asfaltada.
Atualmente, a comunidade vive do turismo e tem como principal desafio se estruturar sem deixar de preservar a natureza privilegiada.
A dica é evitar feriados e finais de semana na alta temporada, quando as praias e os bares ficam lotados.
Mas o perfil do visitante continua sendo de mochileiros, já que as hospedagens são simples, a maioria acampamentos.
Quem prefere conforto, é possível conhecer a região em um dia e dormir em Paraty.
O novo local da noite em Trindade fica na Praia dos Ranchos.
As opções de restaurantes cresceram e hoje tem de pizzaria a comida a quilo, tudo em uma única rua.
A novidade deste verão é o ponto marcante da noite, que antes era na Praia do Meio e agora passou a ser na Praia do Rancho, onde um bar promete música ao vivo ao cair da tarde e DJ ao luar.
O responsável pela nova empreitada é o restaurante Canto da Lua, que acabou de ser reformado pela nova direção.
O bar já começou a funcionar à noite, com música na varanda, que fica em cima da areia.
Sextas e sábados é possível ouvir de tudo um pouco, MPB, rock, samba, reggae e forró.
A Praia do Rancho também é conhecida como Praia de Fora. O acesso é de carro.
Praias:
A primeira praia que se vê ao chegar em Trindade é a Praia do Cepilho, boa para os surfistas. Quem segue de carro atravessa um pequeno riacho, pela estrada, e chega à vila.
A Praia do Meio é bastante procurada. Possui estacionamento e bares com guarda-sol.
A Praia do Meio possui infraestrutura, mas costuma fica lotada em feriados.
Cachadaço:
O destino mais famoso de Trindade é a piscina natural do Cachadaço, cercada de grandes pedras.
Para chegar à piscina natural, o visitante pode caminhar cerca de 15 minutos desde a Praia do Meio, passando por uma pequena trilha na mata e pela Praia do Cachadaço, que não possui bares e tem um mar às vezes bastante agitado.
A outra opção é pegar um bote. Quem quiser também pode ir a pé e voltar de barco, ou vice-versa.
Leve equipamentos de mergulho, pois é possível ver peixes nas águas cristalinas.
Na volta de Trindade, fizemos uma parada no alambique Coqueiro.
Eles explicam como a cachaça é fabricada e tem várias para degustação, eu não sou muito fã da bebida e mesmo assim adorei a Gabriela.
Chegando de volta a Paraty, passamos pelo Centro Histórico para conhecer ainda claro.
A ideia também era checar no cais com os barqueiros quanto custava os passeios de escuna.
Após ter descoberto os horários, valores e locais, voltamos ao hotel para descansar um pouco.
Voltamos ao centro histórico para jantar no restaurante Margarida (uma boa pedida, mas com preços de São Paulo).
O nosso primeiro dia foi muito bom, fiz muitas amizades, me divertir bastante, mas, só fiquei triste por ainda não ter visto a Fátima, será que ela realmente veio? Fiquei com esta dúvida o dia todo, pois, eu não a vi em nenhum dos nossos passeios do dia.
Mas, para a minha alegria, estive em contato o tempo todo com a Lucélia e sua mãe, a dona Dircinha, que é uma pessoa maravilhosa e não era para menos ter uma filha tão especial como a Lucélia, a mulher que está conseguindo dividir o meu coração, partir em dois o meu amor.
Em todos os passeios até agora, a dona Dircinha e Lucélia, estiveram ao meu lado o tempo todo, a mulher que está mexendo comigo, é uma pessoa muito alegre e a sua alegria é contagiante.
Passou pela minha cabeça também que, se elas estão do meu lado o tempo todo, será que a Fátima não quis se aproximar de mim por causa disso?
A probabilidade disso está acontecendo é muito grande...Se pensando bem, ela havia me dito que, iria se encontrar comigo na praia vermelha, que se dará em uma das paradas do passeio de escuna.
Depois do jantar, fomos à uma destas lojas que vendem lembranças de Paraty e comprei uma camiseta com um desenho do centro histórico de Paraty, mostrando as ruas estreitas feita de pedras irregulares.
Que aliás, no momento em que vi, achei o maior absurdo aquelas pedras daquele jeito, até comentei o porque não fizeram direito, reto pelo menos, mas, depois descobri com um guia turístico, que aquelas pedras foram trazidas pelos portugueses que trouxeram no fundo de seus navios e trocavam por pedras preciosas e ouro e foram colocadas pelos escravos que aqui viveram.
Daí depois desta explicação, fiquei encantado e não mais reclamei.
É interessante também, que um determinado horário do dia, quando a maré sobe, a água toma conta do centro histórico da cidade.
Muitas belezas para se desfrutar por aqui, estou adorando de paixão estar nesta cidade, mas, acho que eu ficaria mais feliz se eu visse a minha amada secreta logo.
O amor é algo muito estranho, diferente e misterioso.
Estranho porque, mesmo não conhecendo a pessoa pessoalmente, é possível sentir cidade um certo amor por alguém, esse alguém torna tão especial para nós, que parece que não vamos mais conseguir viver sem esta pessoa, que se quer conhecemos e então, por isso é estranho.
Diferente porque, o normal da vida é ser capaz de viver e conviver consigo mesmo, sem ao menos querer estar com alguém, mas, o amor se torna diferente, pois, quebra- se todas as regras existentes.
O amor é misterioso sim, porque do nada e de lugares onde menos se espera, conhecemos alguém que vai nos completar, sem mesmo termos convidado para entrar em nossa vida, em nosso coração, em nossa mente, aí estão os mistérios do amor.
Fomos todos para o hotel cansados, porém, satisfeito e encantados com todos os passeios...
Segundo dia:
Depois de uma bela noite de sono, após o banho matinal e com tudo já preparado para mais um dia de aventura aqui em Paraty, estado do Rio de Janeiro- Brasil, fomos todos para o refeitório tomarmos o nosso merecido café da manhã, que podíamos desfrutar além de todas as frutas possíveis da época, tinha bolos de todos os tipos, sucos variados de vários sabores e todos naturais, pães, geléias, biscoitos, como falam aqui no Rio, além de leite, café, chás e achocolatado.
Todos à bordo no ônibus, saímos em direção ao Rio de Janeiro, com o objetivo de se chegar à Praia São Gonçalinho, que fica à vinte e seis quilômetros de distância sentido norte.
Após vinte minutos de viagem, chegamos. Bem na entrada tem a placa do Bar Relíquias Duzé, entramos e logo vislumbramos aquela beleza natural, algo que os olhos chegam agradecer por poderem ver tamanha beleza.
Uma praia calma, sem ondas fortes, rasa, com águas cristalinas e com uma calmaria que não existe nada igual.
Ambiente familiar, o Bar Relíquias Duzé tem de tudo e todos os gostos de comes e bebes. Com lugar de estacionar e uma coisa muito importante, uma ducha com água doce, direto da cachoeira. Ideal para quem quer sossego e para quem tem filhos pequenos.
Passeamos e conversamos muito nesta praia, meu coração estava cada vez mais aflito, pois o tempo não passa de jeito nenhum, mas, amanhã será o grande dia, pois haverá o passeio de escuna e vamos ter uma parada na praia vermelha.
Passei a maior parte do tempo nesta praia, imaginando o seguinte:
Que bela cidade colonial, considerada Patrimônio Histórico Nacional, preserva até hoje os seus inúmeros encantos naturais e arquitetônicos.
Passear pelo Centro Histórico de Paraty é entrar em outra época, onde o caminhar é vagaroso devido as pedras "pés-de-moleque" de suas ruas.
As construções de seus casarões e igrejas traduzem um estilo de época e os misteriosos símbolos maçônicos que enfeitam as suas paredes nos levam a imaginar como seria a vida no Brasil de antigamente.
A proibição do tráfego de automóveis no Centro contribui para esta viagem pelo "Túnel do tempo".
A cidade foi fundada em 1667 em torno à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, sua padroeira.
Teve grande importância econômica devido aos engenhos de cana-de-açúcar (chegou a ter mais de 250), sendo considerada sinônimo de boa aguardente.
No século XVIII, destacou-se como importante porto por onde se escoava das Minas Gerais, o ouro e as pedras preciosas que embarcavam para Portugal.
Porém, com a construção de um novo caminho da Estrada Real, desembocando diretamente no Rio de Janeiro, levou a cidade a um grande isolamento econômico.
Após a abertura da Estrada Paraty-Cunha,e principalmente, após a construção da Rodovia Rio-Santos na década de '70, Paraty torna-se pólo de turismo nacional e internacional, devido ao seu bom estado de conservação e graças as suas belezas naturais.
Em sua área encontram-se o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, onde está a Vila da Trindade, a Reserva da Joatinga, e ainda, faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar. Ou seja, é Mata Atlântica por todo lado.
A vida aqui de pequenas ferias está sendo uma maravilha que só. A vida corrida lá do Hospital não é nada fácil, ainda bem que a Fátima me proporcionou está oportunidade ímpar, me dando a chance de fazer algo diferente e me tirar um pouco do estresse.
No meio da tarde, fomos até a cachoeira do Tobogã.
Na estranha Paraty-Cunha, há várias cachoeiras.
A sinalização para achá-las é bem ruim.
No caso da cachoeira do Tobogã, deve-se estacionar o carro em um bolsão da frente da Igreja da Penha.
O acesso é fácil até a cachoeira. O nome deve-se ao formato da queda d'água que lembra um escorregador - e, de fato, as pessoas descem sentadas ou em pé.
A natureza por si só é perfeita, mas, muitas vezes o homem com sua ganância acaba por matar o que temos de mais belo, o que nos dá vida e ânimo para continuarmos o labor diário.
Portanto, o homem em geral, tem se conscientizado cada vez mais, da sua responsabilidade com o meio ambiente, procurando tardio, porém, a tempo ainda, reparar com o mal que praticou durante décadas. Minha esperança é que um dia a humanidade como um todo, possa entender plenamente a importância da natureza em nossas vidas, em nosso dia a dia.
Temos muito que melhorar, porém, a passos lentos, estamos caminhando para uma melhoria, esperando sinceramente, que um dia sejamos mais amigos da natureza do que inimigos, pois, temos mais a ganhar sendo amigos da natureza, do que inimigos dela.
Aqui nos dá a impressão que tudo é lindo e maravilhoso e é isso que eu tenho constatado nesses dias.
Após ficarmos um pouco na cachoeira do Tobogã, nos preparamos para o retorno ao hotel.
Para falar a verdade, eu principalmente estou morto de cansaço, mas, não estou aqui para descansar e sim para me divertir e finalmente encontrar a mulher dos meus sonhos, pois é isso que eu estou almejando.
Ao chegarmos, depois de tomar um banho bem relaxante, fiquei de olho no pátio do hotel para ver o meu amor passar.
Mas, parece que ela está no anonimato ou camuflada entre nós, pois eu não a vi até agora.
Fui procurar a dona Dircinha e ao andar um pouco na entrada do hotel, eu a avistei, dei uns passos mais rápidos e disse:
- Oi dona Dircinha, está muito cansada?
Ela se assustou com a minha aproximação, mas, logo viu que era eu e começou a falar:
- Oi Dr. Braga, olha...
Ela suspirou um pouco e disse:
- Para falar a verdade estou sim, bem cansada, mas, não estamos aqui para descansar, eu ainda quero ver muitas coisas por aqui.
Nós Sorrimos simultaneamente e eu a convidei, dizendo:
- Legal! A senhora e a Lucélia, gostariam de jantar comigo hoje às vinte horas?
Ela deu um sorriso de imediato e disse alegremente:
- Sim, claro que aceitamos, você sabe que eu tenho um maior respeito e admiração por você, né dr. Braga? Vou comunicar a Lucélia, mas, já está aceito sim. Muito obrigada pelo convite.
Ela saiu à procura de Lucélia, e eu fiquei pensando em sua alegria pelo meu convite.
Fiquei imaginando, que pena que as coisas não são como queremos, pois o meu maior gosto era me casar com a Lucélia, eu já amo a sua mãe, para falar a verdade sempre gostei de dona Dircinha, gosto muito da Lucélia, tenho plena certeza que nós nos daríamos muito bem como família, mas, isso tudo se a Lucélia me quisesse, só que ela já me deu a entender que ela não quer nada comigo, talvez por trabalharmos juntos e tem pessoas que não gostam de se relacionar com colegas de trabalho e pode ser este o caso dela.
Tudo bem, respeito a posição dela, o amor deve vir espontâneo, sincero, não pode ser forçado e nem manipulado.
Às dezenove e trinta, estavam as duas prontas, assim como eu.
Que espetáculo de mulher está vestida nesta roupa que só fez ela ficar mais linda ainda.
A Lucélia estava vestida com um longo vestido florido, com estampa verde e amarelo, destacando o seus lindos olhos e cabelos, com uma rasterinha nos pés, ampliando mais a sua beleza impossível de não notar.
Dona Dircinha também não ficava para trás, estava com um vestido discreto na cor dourada e rasterinhas, cabelos cacheados e uma bela maquiagem.
Eu me encontrei com elas no pátio, o táxi estava chegando, eu fui até elas e disse:
- Boa noite meninas!
Disse isso pegando em suas respectivas mãos e beijando - as, como um verdadeiro cavalheiro, diante de duas damas distintas.
Elas me disseram em uníssono:
- Boa noite Braga.
Ao terminarem... O táxi parou em frenteem ao hotel e o taxista disse em um tom alto e claro:
- Edmundo Braga?
Eu levantei a mão direita e disse:
- Sim!
O motorista abriu as portas e as damas entraram e eu fechei a porta do lado da linda Lucélia e entrei.
Depois de conversarmos um pouco com o motorista, disse:
- Nos leva, por favor ao centro histórico.
Ele sinalizou com a cabeça que sim e nos levou rapidamente até o local combinado.
Nesta noite, a opção foi pelo bar-restaurante Sarau que fica na lateral da praça da matriz. São diversos estabelecimentos, com mesinhas na calçada e música ao vivo.
Como o nosso objetivo era jantarmos, ficamos no Sarau mesmo.
Assim que escolhemos uma mesa para nós, eu fiz a vez do cavalheiro novamente, puxando as cadeiras para as damas.
De entrada, escolhemos um chope para cada um, sendo para as meninas, chope de vinho, uma ótima pedida, enquanto o jantar era preparado no maior capricho.
Elas ficaram muito felizes com convite para o jantar, eu ainda mais feliz por elas terem aceitado, para mim foi o maior prazer estar com duas damas distintas e educadas.
No meio do jantar, a dona Dircinha não se conteve e disse, empolgadamente:
- Braga, você sabe que por mim, eu faria de tudo para que você é a Lucélia se entendesse e um dia se casassem...
Ela mal terminou de falar estas palavras, a Lucélia a cotucou e disse:
- Mãe, pára com isso, o Braga é um grande amigo e as coisas não são assim!
A Lucélia sorriu para mim e disse:
- Não leva em consideração não, a minha mãe está viajando nas ideias.
E olhou para a mãe dela e disse:
- Depois noó conversamos...
A dona Dircinha ficou um pouco sem graça e se desculpou, dizendo:
- Braga, me desculpe, eu só disse o que eu penso e sinto em meu coração.
Agora foi a minha vez de ficar sem graça, mas, disse sem perder a compostura:
- Olha meninas, não se preocupem, o amor deve ser uma coisa que acontece e se não aconteceu, é por que não era para ser.
Percebi que a Lucélia corou e continuamos a comer.
Saímos e fomos caminhando para o hotel, para fazer digestão e apreciar o local.
O jantar e as conversas foram momento marcantes, o lugar favorece e as minhas colegas também, então, resumindo: o jantar foi maravilhoso.



















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