Uma Vida de Devoção e Fé

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Aluísio***

Assim que o meu irmão me deixou no portão, apesar da minha insistência, ele não quis entrar; entrei e e estava um silêncio total, só a luz da sala estava acesa, quando eu abri a porta, vi a Lindalva sentada com cara de brava e os braços cruzados.
Percebi que nada estava bem, me sentei do lado dela, abracei- a carinhosamente e disse olhando no fundo de seus olhos:
- Amor da minha vida, tenho uma surpresa para você!
Ela ainda continuava com cara de brava e os braços cruzados.
Eu continuei a falar e olhando em seus olhos:
- Amor, eu estava todos esses dias fazendo horas extras, para poder juntar uma grana para te dar um presente e por isso que eu não podia te contar nada, era uma surpresa, mas, agora eu já consegui completar o valor necessário para eu poder comprar o seu ou nosso presente. Na verdade é um presente de casamento.
Seu rosto deu uma boa melhorada e ela me falou:
- Então, era isso o que o senhor estava fazendo? Horas extras para fazer isso? Porque não me falou? Eu fiquei...
Eu interrompi, dizendo:
- O quê você pensou que eu estava fazendo?
Agora foi a vez dela me abraçar e me dizer assim:
- Eu...na verdade eu pensei que você estava indo para algum bar beber...você sabe que eu te amo e não quero isso para você, nem para o nosso filho e nem para mim...
Seus olhos corriam lágrimas, os meus consequentemente também corriam lágrimas.
Nos abraçamos fortemente e Lindalva continuou a falar:
- Então, qual é o presente mesmo?
Eu já podia ver felicidade em seus olhos.
A sua felicidade é a minha também. O amor é uma coisa super interessante, pois, só somos felizes no amor, se fizermos a pessoa que amamos feliz, é um complemento do outro. E tudo o que a sua esposa sente você sente e tudo o que você sente ela sente também. Eu na verdade estava sentindo que ela não estava bem, mas, também não podia falar para ela, por que se não, não seria mais surpresa. E ao mesmo tempo, não estava gostando do que estava fazendo.
- Bem...
Continuei...
- Em nosso aniversário de casamento, vamos para um lugar em que você sempre quis ir. Já está tudo certo.
Ela se levantou do sofá, colocou as mãos no rosto e disse com empolgação:
- Não!... Não é possível! Você está falando sério?
Ainda com as mãos no rosto e com uma face de super feliz, olhinhos brilhando e tudo mais, Lindalva começa a dar pulos de alegria e diz:
- Gramados! Nossa meu amor! Estou super feliz, você não pode imaginar o quanto.
Enquanto ela expressava a sua felicidade, eu estava concordando com ela com a cabeça.
Ela deu um pulo no meu colo, ficou a me beijar por bastante tempo e ficamos a imaginar a nossa viagem dos sonhos.
Lindalva quis saber:
- Quando que vamos à nossa viagem?
Em meios aos beijos, eu respondi:
- Vou pegar as minhas merecidas férias no mês que vem e aí podemos ir.
Ela foi dizendo, quase que atropelando as palavras:
- Deixa comigo que eu preparo tudo para nós. Só precisamos ir à agência e comprarmos as passagens. Pode ficar tranquilo que o Pedrinho a minha mãe fica com ele.
Eu comentei:
- Eu gostaria de ir hoje mesmo à agência para comprarmos as passagens. O que acha?
Ela falou de imediato:
- Vamos nos arrumar agora mesmo.
Assim, nos arrumamos e fomos ao Centre Vale Shopping comprar. Aproveitamos para comprar algumas roupas mais quentes, pois, as nossas roupas não são para um inverno tão rigoroso como deve ser por lá.
Após as compras, voltamos para casa felizes da vida.
Vamos chegar lá no dia três do seis e vai ser muito bom, pois, estará muito frio.










Ano de 2015
Dr. Braga***

Trim trim trim!
Assim acordei...Com o meu celular tocando...
Corri para atender. Era do Hospital, havia um paciente precisando da minha ajuda, eu me arrumei e corri para lá, mesmo antes do meu horário, fazer o quê, nossa vida de médico é assim mesmo.
Cheguei e consegui deixar o quadro clínico do pacoente estável.
Isso me fez lembrar, não sei por que, um caso de um colega de profissão do Estado do Paraná, onde certo dia o médico foi solicitado, na rua, a atender a um caso de atropelamento. Apesar da urgência, o médico negou-se a atender.
Alegou que o mesmo não estava com seus documentos e bem provável que não tinha plano de saúde.
Alguns minutos depois de estar em seu posto, no hospital, chega o acidentado que ele deixara de socorrer: era o seu próprio filho, estava à morte e veio veio à óbito.
O filho do médico, havia tirado uns dias de folga e foi ver o pai que tinha algum tempo que não o via, pois, o pai estava trabalhando demais.
Pobre do meu colega, não entendeu nada o propósito de estarmos aqui na terra colega e não entendeu nada da nossa profissão.
Estamos aqui para ajudar todas as pessoas, independente de suas características físicas, financeiras e posição social.
O meu lema como pessoa e médico é:
“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tem­po ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gálatas 6.9).
Assim começou o meu dia, mas, quer saber, quando o meu dia começa assim, parece que as coisas funcionam e o dia rende muito.
Fui tomar um café no refeitório e logo fui à minha sala, para minha maior surpresa, a dona Dircinha, havia chamado uma fonoaudióloga para cuidar do caso dos Vieira.
Eu entrei em disse:
- Bom dia pessoal.
Recebi um bom dia uníssono das duas.
Me sentei e falei:
- Podem se sentar, fiquem à vontade para conversarmos.
Dona Dircinha logo que se sentou disse, olhando para a pessoa que estava ao seu lado:
- Dr. Braga, esta é a fono que acredito que os Vieira vão precisar de agora em diante. Dra. Vânia Albuquerque.
Ela se levantou de novo, me estendeu a mão direita e disse:
- Prazer em conhecê - lo, dr. Braga.  Dra. Vânia Albuquerque.
Eu me levantei, estendi a minha mão e disse:
- Prazer dra. Vânia Albuquerque. Dr. Braga.
- Bem, estamos com um caso já alguns semanas e até que estamos progredindo, mas, precisamos de uma pessoa para ajudar os nossos jovens. Como você é uma indicação da dona Dircinha da qual amo muito, eu tenho lá os meus muitos motivos para amá- la, pode começar os trabalhos hoje mesmo.
Dra. Vânia se levantou e disse:
- Muito obrigada dr. Braga, os jovens já estão aí e vou começar agora mesmo. Tenha um bom dia e até mais.
Elas saíram e e eu fui para a minha agenda lotada como sempre.










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