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Emma Schumacher

Eu juro de pés juntos que não tinha percebido os arranhões em meu braço. Cara, o meu blazer de couro rasgou! RAS-GOU!

Vocês têm noção do que é um blazer de couro lindo e mega caro, rasgado?!

Entro no quarto e vou largando minhas coisas pelo caminho. Observo a cama bagunçada.

ONDE É QUE ESTÁ O MEU SUTIÃ PREFERIDO?!

Eu estou louca hoje, não é possível! Como eu saio e deixo um sutiã em cima da cama e quando volto não tem nada?!

Tiro a roupa no meio do quarto mesmo e fico só de calcinha e sutiã. Meu celular toca.

NEM PAZ EU TENHO MAIS?!

É só o meu pai.

--Oi pai.- digo com voz de tédio.

--Estarei voltando para o Brasil depois de amanhã. Como foi hoje?

--A mesma coisa de sempre.- a porta se abre e ele me encara. --Boa viagem, tenho que ir.

--Te amo filha.

--Também te amo pai.

Pego minhas peças de roupa e jogo na cama.

--Perdeu alguma coisa Ravi?!- cruzo meus braços e o encaro.

--Você não deveria ficar andando por aí assim.- ele aponta para mim.

Me aproximo e mordo o lóbulo da sua orelha e noto arrepio em seu corpo. A minha vontade é de dar uns tabefes nessa cara sedutora, mas em vez disso meus olhos encontram com os seus.

Não foi a mesma coisa de antes. Agora eu posso encarar um mar que existe em seus olhos. Posso enxergar além disso. Seu olhar vai até meus lábios e eu dou o comando para o meu cérebro sair dali, mas parece que o meu coração é quem está no controle.

Ele se aproxima devagar até ouvir a sua respiração em minha pele. Fecho os meus olhos e sinto lábios tocarem os meus.

Um beijo.

Minhas mãos vão de encontro com seu pescoço enquanto suas mãos seguram minha cintura. Até que ele para e encosta sua testa na minha.

--Não vai me bater?- ele pergunta com um sorriso cafajeste.

--Não me obrigue a fazer isso.

--Posso continuar te beijando?- fico na dúvida.

--Me surpreenda.

Na mesma hora ele me ergue e me leva até a cama aos beijos.
Estava indo tudo ótimo até alguém bater na porta. No mesmo instante, levanto e procuro pelo meu roupão.

--Ravi? Emma?- minha cunhada linda espanca a porta. --Gente! Isso não é hora para vocês ficarem transando! Emma, preciso de você!

Eu sorrio e o Ravi muda de cor. Vou até a porta e abro.

--Algum problema, Rô?

--Atrapalho algo?- ela pergunta com um sorriso ousado nos lábios.

--Não, não atrapalha. Em que posso ajudar?

--Estou em dúvida. Esse ou esse?- ela ergue dois cabides. Na mão direita, um short preto com uma blusa soltinha com um coração decorado. No outro cabide, um vestido curto tomara que caia.

--Para o jantar?

--Ainda prefiro a roupa de freira!- Ravi grita.

--Sim, é para o jantar. Não, não irei usar roupa de freira.

Casados Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora