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Emma Schumacher

--Eu estou aqui para cumprir minha palavra. Mas se ela me pertubar eu não respondo por mim.- Ravi sorriu.

Noite passada Erick fez minha cabeça pra eu conversar com o Ravi.

--Ela não vai, Emma.

Já estava de tarde. Fiquei brincando com a Ammy na piscina a tarde toda. A Letícia não pertubava. Alisava a barriga, lia alguma coisa e sorria para a Ammy. Se eu conhecesse bem esse golpe, diria que ela está fingindo. Mas ela tem uma prova concreta: o teste de DNA. Ou seja: teria sim chances do Ravi ser pai dessa criança! Poderia negar o quanto fosse, dizendo que não era ciúmes mas eu admito: é ciúmes sim!

Meses com o Ravi e eu aprendi a amar dele. Com as ameaças do -S, eu tinha mais um motivo para ficar com o Ravi. Pela sua segurança! Meus pais sempre me ensinaram que eu deveria cumprir minha palavra, seja qual ela for.

Sem enrolação: eu sou uma agente secreta. É, podem rir mas eu sou. Eu, Sarah Sol, meu pai e por incrível que pareça: Miguel.

Eu era noiva do Miguel anos luz atrás quando eu morria de amores por ele. Mas o encanto acabou e o "príncipe" na verdade era um belo sapo.

Conheci Sarah e Solange nos meus primeiros dias de treinamento e desde então, somos grandes e melhores amigas.

Meu pai é o comandante da Agência. Minha mãe era uma agente também mas foi ai que a história mudou: ela conheceu meu pai.

Para os presidentes da Agência de Espionagem, não pode haver relacionamentos amorosos com os integrantes de mesmo núcleo. Ai ficou a dúvida: quem abdicaria o nome de Agente por amor? Foi então que minha mãe largou seu nome e ficou com meu pai. Grande burrada né? Deixar de ser espiã por amor! Mas cada um se mata do jeito que quer.

Sobre a Jessie: ela tentou virar espiã umas mil vezes e em todas ela fracassou. As pessoas olhavam pra ela e dizia: "você não é irmã da Emma? Ela é uma boa agente!" e então, Jessie acha que eu tento roubar a cena de todas as formas. Me culpa pelo seu fracasso sendo que ela mesma estava e destruindo aos poucos.

Eu nunca imaginaria ser espiã. Foi meu pai que me treinou para ser a melhor. Como era sua filha, ele acabou não participando de uma das cadeiras dos jurados. Mas eu acabei passando, não pelo fato dele ser um dos comandantes e sim pelo fato de eu saber usar uma arma e saber lutar.

É, eu fiz Teatro por um tempinho mas esse não era meu dom.

Anos antes do pai do Ravi falecer, ele pediu para meu pai cuidar da sua família. Ficávamos observando-os de longe. Joana ficou doente mas teve um dia que invadiram o quarto onde ela estava. Meu pai ficou preocupado em quebrar sua promessa e enviou Joana para longe, dizendo para todos que ela havia morrido.

Agora só estava faltando a cereja do bolo: -S. Seja ele quem for eu juro que eu o mato.

Ah!, sobre o Leroy: eu o conheci mas ele era de uma outra Agência de Espionagem, mas ele não fazia parte do mesmo núcleo que eu ou seja: poderíamos ficar juntos.

Estava tão distraída, que não me dei conta que meu celular tocava desesperadamente.

--Não vai atender?- Letícia pergunta me fazendo sorrir sem um pingo de vontade.

Coloco a Ammy sentada na beira da piscina. Pego meu celular e vejo que é uma mensagem:

"RAVI SENDO PAI? ACHO QUE TEM UM DEDO MEU NESSA HISTÓRIA.
-S"

Olho para a Letícia que sorria.

Ela tinha alguma relação com esse tal -S que eu fiquei com raiva na espinha!

Casados Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora