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Ravi Schumacher

Deixo as garotas em casa e vou até a loja de presentes. Aquela foto precisava ver esclarecida.

Entro na loja e vou em todo o canto. A vejo sair e corro ao seu encontro.

--Ei, oi.- pego seu braço e ela me olha confusa.

--Pois não?- tira o fone de ouvido.

--Tem um tempo livre? Preciso falar com você.

--Claro, eu ia dar uma volta. Vamos.

Ela me conduz até um cafezinho que tem na praça e nos sentamos do lado de fora.

--Do que quer falar comigo? Quer ter uma rapidinha no depósito outra vez?- tento conter um sorriso, pois a coisa é séria, mas não consigo.

--Não, não é isso. É sobre isso que quero falar com você.

Pego meu celular e mostro o vídeo. No início ela fica sorrindo, mas no final, seu sorriso se desfaz. Ela fica séria.

--Olha, eu não tenho dinheiro e nenhuma propriedade. Sou dura feito osso que todo cachorro pega. Por favor não me suborne, não tenho nada para oferecer.

--Oi? Não foi você que fez esse vídeo?

--Claro que não!

--Então quem foi? Tem certeza que aquela sala estava vazia? Que não tem câmeras por lá?

--Absoluta certeza, aquele depósito estava vazio e não tem câmeras.

Meu celular apitou.

"Tentando adivinhar quem é? Não vai descobrir tão cedo.

-S"

Meu coração dispara. Não foi ela que fez o vídeo e sim esse tal de S.

--Ok, tudo bem.- digo me levantando.

--Por favor, não faz esse vídeo parar em mãos erradas.

--Pode deixar. Passar bem.

Vou direto ao carro, onde dirijo com velocidade para chegar em casa.

Emma está dormindo (vive assim, não faz nada da vida mas continua cansada) e eu deixo minhas coisas na mesinha. Sinceramente, aquele quadro de Picasso ficou bom lá no quarto.

Fui para o banheiro onde tomei um longo banho, bem relaxante.

Faço movimentos circulares nos ombros e mexo o pescoço. Saio do banheiro enrolado na toalha e vou me vestir.

--Existe banheiro, sabia?

--Longe demais.

--Você acabou de sair de lá.

Ela estava deitada ainda e eu me viro para ela, só de boxer.

Ando calmamente enquanto vou falando:

--Eu não sei, mas eu acho que alguém aqui me deu uma mordida na bochecha hoje. Estava com tanta fome de homem, já que decidiu experimentar um pedaço de mim.- ela ri e eu já estou de frente para a cama.

--E o que vai fazer? Cócegas?

--Não tinha pensado nisso, mas boa ideia.

Chego até ela com rapidez, movendo meus dedos por todo o seu corpo. Ela chega a se contorcer de rir, me mandando parar, mas eu não paro. Continuo e ela me dá tapas, impedindo que eu pare.

Foi aí que ela segurou meus ombros e eu botei minhas mãos ao seu lado, para sustentar meu corpo sobre o seu.

Ela me encara e seu olhar vai até minha boca.

Casados Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora