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Ravi Schumacher

--Isso foi...

--Zoadento?- Emma diz rindo e usando minha camisa. --Vamos arrumar essa bagunça antes que alguém chame.

Os livros foram parar no chão. Canetas, lápis, papéis, alguns porta-retratos... Enfim, digamos que a mesa inteira foi parar no chão.

--Gosto de mulheres que cumprem a palavra.- digo enquanto coloco os livros no lugar.

--Gosto de homens que ficam calados.- ela ri. --Brincadeira.

--Uau, como você é idiota!- ela ri.

--Acabei.- limpa as mãos. --Vou tomar um banho e depois a gente come.- ela pisca e sai.

Continuo a arrumar as coisas, já que a Emma tinha me deixado só nesse barco.

--Por que não chama a empregada?- Roxy pergunta da porta.

--Não quero. Já foi falar com a Ludmilla?

--Já. Ela queria me chamar pra fazer umas atividades.- ela bufa. --Sinceramente, todas foram patéticas.

--Rô, não faz assim... Ela quer o seu melhor.

--Eu quero o meu melhor e mesmo assim não fico me obrigando a fazer certos tipos de coisa.- franze as sobrancelhas. --Me superei nessa...- rio.

--Vou tomar um banho e ir comer. Chama a Martha e pede para ela arrumar essa bagunça?

--Espera... Você não estava com camisa? E por que a blusa e o sutiã da Emma estão aqui?- ela olha confusa. --Espera aí...- ela ri. --Ai meu Deus! É pra isso que existe o quarto!- continua rindo.

--Eu já vou. Não aconteceu nada aqui...- coro.

--Anham!! Mas eu não vim apertar teu juízo. Quero te pedir uma coisinha.- suspiro.

--Eu não vou te dar dinheiro ou deixar você dirigir.

--Não é isso. Eu quero uma guitarra elétrica. Daquelas que fazem o maior barulho.

--Oi?

--Isso o que você ouviu Ravi. Das atividades que minha babá mostrou, "aprender um instrumento musical clássico" me chamou atenção. Você deve estar pensando: guitarra não é clássico.

--Exatamente.- levanto uma das sobrancelhas.

--Essa é a melhor parte: se a dona ou futura dona não é clássica, por que o instrumento seria?- rio.

--Amanhã vemos isso, ok?

--Ok. É por isso que eu te amo!- ela faz um coração com as mãos.

Sorrio e vou para o quarto. Emma sai com um pijama de listras pretas e brancas.

--Olha a zebra!- rio batendo a mão no joelho.

--Ha, ha, ha. Zebra é tua mãe.

--Olha olha, não se brinca com os mortos!- entro no banheiro. --Não vai jantar?

--Não me sinto muito bem. Estou com dor de cabeça e um pouco de febre...

--Me beijou assim?- ligo o chuveiro. --Eu não senti nada em você.

--No calor do momento, ninguém nota nada.- responde de volta. --Quando acabar o jantar, traz o meu? Não vou descer tão cedo.

--Eu mesmo não. Até onde eu sei, não sou teu empregado.

--Cala essa boca seu retardado. É uma lei: os doentes mandam. No seu caso, os dementes mandam.- ela ri. --Essa foi muito boa!

--Não foi não.- reviro os olhos e desligo o chuveiro.

Casados Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora