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Ravi Schumacher

--Eu já disse que não vou abrir a boca!- o rapaz diz.

Nós já estávamos no apartamento da srta. Pinheiros. O rapaz estava com as mãos e pés amarrados e de quebra, seus olhos foram vendados.

--Precaução.- disse srta. Pinheiros. --Por isso que uso óculos escuros e esse lenço na minha cabeça.- ela completa e eu tenho orgulho pela tamanha inteligencia. Se fosse detetive, nunca pensaria assim. Afinal, eu nunca seria detetive!

O rapaz ficou preso em um quarto vazio do apartamento da detetive.

--Se descobrir algo lhe ligo.

--Pode deixar.- caminhamos até a sala. --Não vai mesmo me dizer seu nome?

--A curiosidade acaba matando muita gente sr. Ravi. Srta. Pinheiros basta.- ela dá de ombros. --E saber que sou de confiaça também.

Seu apartamento era moderno e bem bonito, decorado com móveis de alta popularidade.

--Vai ficar bem? Ele pode ser perigoso.

--Eu vou sim. E quanto ao rapaz, ele é fraco perante a mim. Posso ser uma mulher, mas sou mais forte que muitos de cueca.

--Me surpreende.- sorrio e estendo a mão. --Até logo?

--Até logo, e com notícias.

Saio do seu prédio contente, pois com a srta. Pinheiros como aliada, passarei o tal -S mais rápido.

***

--Essa torta está uma delícia Ammy!- digo colocando mais um garfo de torta na boca. --Você que fez?

--A mamãe ajudou.- ela responde. --E a tia Leti também.

Ouou!

--Mas foi só isso.- ela deixa uma pequena abertura entre o indicador e polegar.

--Olá!- Roxy aparece e se serve de torta.

--Onde estava?

--Com meus amigos. Estávamos fazendo uma competição de arrotos.

--Quem ganhou?

--Jacaré sem sombras de dúvidas. Devo dez reais pra ele.- ela revira os olhos e coloca um pedaço de torta na boca. --Safira tá na facul?

--Está sim. Se interessou?

--Talvez sim, talvez não... Isso só quem vai dizer é o tempo.

--Roxy, Roxy você é um enigma.

Depois de limpar a sujeira que Ammy e Roxy fizeram, deixei a primeira com a Clara (já que estava de noite) e fui trabalhar um pouco.

Segundo srta. Pinheiros, assim que chegarmos ao Brasil era para eu ir com a Letícia fazer um novo teste de DNA, para desfazer todas as dúvidas.

Martha bateu na porta do meu escritório e entregou uma carta, que na verdade era um convite para o baile de máscaras do Hélio.

Seria no primeiro sábado depois da nossa viagem e tinha dois convites individuais que deduzi ser um para mim e outro para Emma. No convite (que tinha como forma uma máscara) dizia que tanto o convite individual quanto máscaras era obrigatório para a entrada da festa.
Eu não tinha entendido o objetivo mas do jeito que estamos as pessoas hoje em dia dão festas por tudo.

Deduzi também que essa seria a data fechada da festa, ou seja: -S estaria lá.
Além do mais, teria que avisar a srta. Pinheiros:

--Olá Sr. Ravi.

Casados Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora