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Emma Schumacher

Enquanto as crianças estavão brincando de atirar água um no outro, eu fiquei na espreguiçadeira tomando sol. Sinto algo molhando meu rosto.

Eu não acredito.

Abro os olhos e o Ravi me encara rindo.

--Que diabos é isso?- pergunto passando a mão no rosto.

--Água.

--Eu vou contar até três pra você se mandar! Um... Dois... Três!

Eu subo nas suas costas enquanto a Roxy aparece, atirando água nos dois. Ravi tenta revidar, mas não consegue porque eu estou balançando pra caramba, fazendo ambos rirem.

Sem pensar, pego a arma da mão do Ravi e pulo para fora de suas costas.

--Agora são duas contra um, maninho.- Roxy diz enquanto damos passos lentos até ele, com as armas apontadas. Ele dá pequenos passos para trás.

--Vocês não fariam isso.- ele levanta as mãos como se aquilo fosse ajudar.

--ÁGUA NELE!- Roxy grita e apertamos a arma, fazendo o Ravi ficar molhado por inteiro.

Quando chegamos no jardim do fundo, nós 3 estamos completamente encharcados e o Ravi cai no chão, rindo. Roxy se joga literalmente em cima de Ravi, fazendo-o gemer de dor. Eu rio, me jogando ao seu lado e ficamos gastando um ao outro por longos minutos, contando os fatos mais engraçados daquele momento.

--Roxy é mais lenta do que a Trantboll.- Ravi diz rindo e eu rio logo em seguida.

--Pelo menos, não foi eu que perdi para duas mulheres.- ela vira para ele e mostra a língua.

--Se não fosse vocês, nesse exato momento eu estaria recebendo um belo sol em plena segunda feira.- pouso minhas costas no gramado e encaro aquele céu limpinho.

Sinto que a Rô faz a mesma coisa, acompanhada pelo Ravi. Ficamos com nossas cabeças encostadas uma na outra em formato de círculo.

--Aff, nem tem nuvem para dizer seu formato.- Roxy resmunga.

--Lembra quando a gente fazia isso? Você achava que as nuvens eram de algodão.

--O algodão-doce é um pedaço de nuvem com um pouco de anilina.- Ravi ri.

--Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão.- Roxy diz e logo depois suspira.

--Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção.- continuo.

--E tudo ficou tão claro. Um intervalo na escuridão...- Ravi termina a estrofe. --Quem chegar por último na piscina é mulher do padre!

Eu levanto e vejo a Roxy pular nas costas do Ravi. Rindo, eu corro o mais rápido que posso.

Ao chegar na piscina, coloco minhas mãos nos joelhos, recuperando o fôlego. Vejo Ravi andando com dificuldade e ao abaixar o olhar, vejo Roxy segurando sua perna. Ela veio arrastada até aqui. Eu só consigo rir vendo aquela cena do Ravi e da Roxy. Esses dois loucos com certeza se merecem.

Sentamos na mesinha que tem próxims à mesa e começamos a almoçar tranquilamente. Quando acabamos, Matheus aparece com a torta de limão. Essa sim era a hora da vingança.

--Tome Roxy.- estendo um grande pedaço de torta de limão.

--E eu?- ele estende o prato esperando pelo seu precioso "prêmio" doce.

--Você o quê?

--Meu pedaço de torta.- ele vai abaixando o prato devagar.

--Ah, isso. Bom,você comeu aquela torta de nozes e castanha, não foi?- ele concorda com a cabeça. --Ah não, espera! Não tinha castanha nenhuma.

Ele arregala os olhos para mim e Rô fica sorrindo, esperando pelo fechamento da novela.

--Mas é que...

--É que nada. Se eu fiquei sem a torta de nozes você vai ficar sem a torta de limão.- largo um beijo para o vento e ele nos observa, calado.

Eu continuo achando graça da sua cara emburrada enquanto a Roxu tira sarro da cara dele. Céus, adoro os Schumacher.

Casados Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora