4°. Capítulo

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Você de novo, não!

Giovanna:

Assim como toda segunda-feira estou indisposta, mas tenho que ir para a escola. Me arrumo, pego todo meu material e desço para comer algo. Sônia já pôs a mesa, onde meu pai toma seu café-da-manhã:

- Bom dia! - digo depositando um beijo no topo de sua cabeça.

- Bom dia filha! - responde. Tomamos nosso café enquanto conversamos. Assim que termino me despeço de meu pai e Sônia e sigo meu caminho para a escola.

O dia foi exaustivo, além do mais, tive que aturar àquela "víbora" da Camila (pois é, a da quarta série. "A tarântula".)

Assim que saio da escola ouço meu celular tocar. No visor aparece: "Gutão":

- Ah! Lembrou da minha existência! - digo com falsa magoa.

- Deixa de ser dramática Bobin Wright. (melhor atriz em série dramática no Globo de Ouro). - tento não rir, mas o Guto tem esse poder sobre mim.

- Pelo que eu posso ver você continua o mesmo irritante de sempre. - digo prendendo o riso ao contrário dele que rir.

- É que sou muito dedicado. - diz ele.

- Percebe-se. Mas então, você não me ligou só para discutirmos o seu nível de irritabilidade. - digo.

- Posso te pegar para almoçarmos? - indaga.

- Guto, aconteceu alguma coisa? - indago preocupada.

- Não. É que eu só quero conversar com você. - diz, mas eu não acredito. Ele está estranho.

- Tudo bem! Estou saindo da escola agora. Passa aqui. - digo.
- Estou indo. - diz.

Vou até o pátio da escola para esperá-lo. Cinco minutos depois ele chega. Vou até ele e o mesmo tira seu capacete:

- Credo Guto! - digo horrorizada. - O carnaval chegou mais cedo pra você ou o quê?! - digo assim que vejo seu olho roxo e ele apenas revira os olhos antes de responder.

- Virou palhaça e não me avisou?! - respondeu mal humorado. Tive que rir. Seus olhos foram em direção ao meu braço engessado.

- Não está mais aqui quem falou. - digo tentando tirar seu foco. Tudo que eu menos quero agora é ter que contar tudo novamente.

- O que aconteceu? - indaga.

- Fui atropelada. - respondo. - Mas depois eu te conto. - digo antes que ele faça um interrogatório. Ele me ajuda com o capacete e logo dá partida. Paramos em frente um restaurante que fica de frente pro mar.

Entramos e somos guiados até uma mesa:

- Desembucha. - digo assim que sentamos. Ele me encara e apóia suas mãos sobre a mesa.

- O que você vai pedir? - indaga e eu o encaro com os olhos semicerrados.

- Pode parando por aí e diz logo o que aconteceu. - digo ríspida. Ele me ignora e acena para o garçom.

- Boa tarde! O que vão pedir? - diz o rapaz de meia idade. O Guto pega o cardápio e olha atentamente.

- Uma porção de bife acebolado, risoto, salada de legumes e acompanhamento. E para beber... Suco natural de laranja. - diz ele e eu apenas o encaro.

- Não esqueceu nada?! - digo sarcástica. O garçom solta um sorriso contido o que faz Guto revirar os olhos.

- E você o que vai pedir? - indaga ignorando meu comentário.

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