11°. Capítulo

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Você me decepcionou.

Gil:

Chegamos em minha casa e eu saio correndo até o escritório do meu pai e, encontro o mesmo conversando com o Guto e um doutor:

- Mas ela está bem doutor? - indaga Guto quase o agarrando.

- Calma Gustavo. Como ela está doutor? - meu pai se coloca à frente do doutor.

- Ela está bem. Foi apenas uma queda de pressão que motivou o desmaio. Ela estava bastante nervosa então achei melhor lhe dar um calmante. - responde o doutor pegando sua maleta - A deixem descansar, ela sofreu uma emoção muito grande. - diz o doutor.

- Sim, claro doutor. - responde meu pai segurando a mão do mesmo em cumprimento. Guto está sentado com os cotovelos apoiados em suas pernas e com as mãos na cabeça.

Meu pai abre a porta:

- Posso falar com o Guto? - indago parada em frente meu pai.

- Acho melhor mais tarde filha. Ele está muito nervoso e preciso conversar com ele. - diz ao lado do doutor.

- Está bem. Posso ver a Sônia? - indago.

- Pode, mas não a acorde. Ela precisa descansar. - diz acompanhando o doutor até a porta.

Subo as escadas correndo e paro em frente a porta de seu quarto que fica no outro corredor à esquerda. Como ela só tem o Guto de parente mais próximo e o mesmo está sempre tão ausente ela passa mais tempo aqui em casa do que na sua que fica à dois quarteirões.

Destranco a porta e me deparo com Sônia dormindo em um sono profundo. Me aproximo de sua cama e sento-me ao seu lado:

- Fica bem logo tá! Preciso muito de você. - acaricio seu rosto e fico ali pensando como minha vida teria sido difícil sem ela. Ah como ela me ajudou!

Fico alguns minutos ao seu lado para ter certeza que está tudo bem com a mesma. Ouço uma batida na porta e olho para trás para ver quem é:

- Está feliz agora? - indago para Guto que está parado ao lado da porta, levanto-me e saio apressada, ele puxa meu braço.

- Precisamos conver... - diz puxando meu braço, solto-me do mesmo e saio em direção à meu quarto sem olhar para trás. Estou muito confusa para conversar com ele agora.

Alguns minutos depois minha porta se abre e não preciso olhar para saber quem é:

- Como ela está amiga? - Liz senta-se ao meu lado.

- Está medicada. O doutor disse que ela só precisa descansar. - digo virando-me.

- Que bom! - responde - Mas aconteceu mais alguma coisa? Você parece um pouco preocupada. - analisa- me enquanto procuro uma roupa e deixo tudo cair.

- O Guto.

- O que tem ele? - ajuda-me guardar as roupas caídas.

- Assim que chegamos para assistir ao campeonato, fui falar com ele, quando eu entrei no vestiário o Guto estava conversando com um homem. - digo pensativa.

- E daí? - indaga confusa.

- Ele falava algo como: "Ainda não terminamos". Não sei... Ele não me pareceu coisa boa. - digo.

- Não estou entendendo Gil. - diz a anta da Liz.

- Quando fui ver como o Guto estava, esse mesmo homem estava falando com ele novamente, mas preferi não entrar...

- Não acredito que você ficou ouvindo atrás da porta! - exclama abismada.

- Fiquei. - confirmo e ela revira os olhos - E ouvi o homem dizer para o Guto que ele tinha feito um ótimo "trabalho" e para pôr mais "drama" da próxima vez em sua "derrota". - digo e vejo seus olhos se arregalarem.

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