Sinopse

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- Mãe... é você? Olha pra mim! Fala comigo, por favor! Senti tanta sua falta. - a mulher de branca à minha frente continua indiferente. De cabeça baixa acariciando sua barriga. Olho ao redor e não há nada, apenas paredes brancas, uma maca (onde a mesma está sentada) e uma luz forte à cima. Chego um pouco mais perto em passos longos. Paro à sua frente, ela olha para mim e sorrir enquanto continua acariciando sua barriga.

- Matheus... - diz e põe minha mão sobre sua barriga. Tento tocar seu rosto, mas sua imagem vai ficando turva pouco, há pouco. E quando não consigo mais a ver, começo um choro soluçante.

Acordo totalmente suada, meus cabelos estão desgrenhados e minha cama?! Ah minha cama! Essa parece que estava de "ponta-cabeça."

E assim tem sido todos esses anos: sonhos estranhos com minha mãe. Pra mim é como se ela quisesse me dizer algo. Meu pai não sabe nada sobre, apenas Sônia, Liz e o Guto. Desde pequena quando ele ia me pôr para dormir eu apenas fechava os olhos esperando que o mesmo saísse do meu quarto, pois sabia que se ele ficasse e me visse tão conturbada e inquieta o deixaria muito preocupado.

Guto tentou me convencer de procurar um psicólogo, mas desconversei, alegando não ser necessário.

Desço as escada em direção à cozinha e não me surpreendo quando encontro Sônia:

- Sem sono? - indago enquanto vou até a geladeira pegar um copo com leite.

- Sim. E você? - responde.

- O de sempre. - dou de ombros.

- Isso não pode continuar assim querida. Você precisa de ajuda. - adverte.

- Talvez... Mas não quero que meu pai saiba. Não quero preocupá-lo mais. - suspiro. - Principalmente se ele descobrir tudo. - digo apreensiva.

- Seria melhor se você contasse tudo para ele. Ninguém pode prever o que acontecerá se ele descobrir, mas tenho certeza que ele estará sempre ao seu lado, assim como eu, Liz e o Guto sempre estivemos. - fico perdida em pensamentos. Sônia deposita um beijo no topo de minha cabeça, percebendo que estou pensativa ela apenas sai da cozinha, deixando-me sozinha. Sei que preciso contar, mas não agora.

Minutos depois, volto ao meu quarto para tentar dormir. Sem sucesso.

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