24°. Capítulo

16 1 0
                                    


Quanta falta você me faz

Gil:

Segunda-feira

Acordo com uma baita dor de cabeça. Meus olham recusam-se abrir, minha cabeça está girando como um roda gigante, minha garganta seca me faz querer levantar para beber água. Mas meu corpo inteiro dói, e para completar estou febril.

Talvez seja culpa da noite mal dormida de ontem, acordei no meio da noite e tive a "brilhante" ideia de ir para a varanda do meu quarto ler um livro e lá permaneci até sentir que não aguentava mais. Mas isso durou bem mais do que imaginava, o sereno da noite deve ter feito isso comigo, com certeza não foi uma boa ideia.

Sônia vem ao meu quarto para saber como estou e porque ainda não levantei:

- Fique de repouso. Vou trazer algo pra você comer. - conto tudo para a mesma que me repreende por ter ficado na varanda até tarde. Sônia sai depois de me entregar um copo de leite. Cubro-me novamente, sinto frio.

"- Eu não posso perder esse emprego. Por favor, Sr. Joaquim. Estou aqui desde o começo da empresa, sempre dei o meu melhor não é justo ser demitida por um deslize. - falava desesperada.

- Sinto muito Angélica, mas não posso deixar passar dessa vez. Reconheço tudo seu trabalho mas já informei todos os diretores e investidores. Você já não faz mais parte da A&D (Arquitetura & Design). - disse firme e decidido - Desocupe a sala até amanhã. - olhou-a friamente. Sem mais, minha mãe sai da grande sala, desolada, mas sem deixar transparecer.

Entrou em sua sala e juntou todas suas coisa, pegou uma caixa mais leve e entrou no elevador.

Dirigiu-se até o estacionamento, abriu seu carro e guardou a caixa. Depois pediria para sua secretária levar o restante. Suas mãos ainda tremiam, era difícil acreditar que por uma bobagem havia perdido seu emprego.

O céu estava nublado, era inverno e chovia bastante. O trânsito bem movimentado, a pista escorregadia causava uma certa congestão.

Já estava escurecendo, a chuva caia sem parar, as pistas já estavam mais vazias. Minha mãe virou o rosto para pegar seu celular que tocava sem parar. Meu pai estava preocupado pela demora da mesma. O som de uma buzina a faz encarar a luz branca de um camião. Até que tudo se apaga."

- Aqui está querida. - Sônia chama estragando-me uma sopa quentinha.

- Obrigada. - agradeço-a - Mas não precisava.

- Por estava chorando? - sentou-se ao meu lado. Mas nem se quer havia reparado nisso.

- Ah... Não é nada Sonny. - desconverso.

- Te conheço querida. Me conta. - pede segurando minha mão.

- Tive outro sonho com minha mãe. - desabafei - Não sei porque isso acontece comigo... Eu só queria que isso tudo acabasse e que ela estivasse aqui! - choro abraçada a Sônia.

- Chora querida, lhe fará bem. - afaga meus cabelos - Sei o quanto sente falta dela, mas lembre-se que há pessoas assim como eu, seu pai, o Gustavo e a Liz que estarão sempre ao seu lado. - beija minha testa. Não gosto que me vejam chorando, mas a Sônia, essa é como uma mãe, sabe todos meus medos, defeitos, manias... Sem falar que era em seus braços que dormia depois dos pesadelos quando era pequena.

- Obrigada. - olho-a - Mas é que ainda dói muito.

- Vai passar querida. Vou deixá-la descascar. - levantou-se - Aqui está um remédio. Se a febre aumentar você toma. Qualquer coisa me chama. - beija minha bochecha e sai.

Além Dos FatosOnde histórias criam vida. Descubra agora