14°. Capítulo

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Ops... Quase deu tudo errado.

Gil:

Vamos para a casa da Liz, ligo para Sônia avisando que não irei almoçar em casa.

- E quando o tio descobrir que os vídeos sumiram? O que você vai fazer? - indaga Liz sentando em sua cama.

- Vou fingir que não sei de nada. - digo simples.

- Quem é Bin Laden perto de você? - faz cara de medo e eu gargalho - Às vezes você me dá medo. - continua - Agora mudando de assunto, você não sabe o que o Miguel fez pra mim. - diz empolgada batendo palmas. Controlo a vontade de revirar os olhos.

- O que ele fez? - pergunto fingindo interesse.

- Primeiro ele me levou para jantar. Foi maravilhoso. Desde a escolha do restaurante até a escolha da comida. - seus olhos brilham - Depois do jantar fomos para uma pousada de frente a praia... - como minha amiga está apaixonada - Ele fez tudo com tanto carinho, com tanto amor. Foi a noite mais quente da minha vida. - diz e gargalha em seguida me fazendo sorrir também.

- Isso explica esse seu sorrisinho de curinga. - digo apontando para seu rosto. A mesma cai do barriga para cima na cama.

Ficamos conversando bastante tempo até a tia Elise nos chamar para almoçar:

- Como está seu pai querida? - indaga a tia.

- Está bem tia, só muito oculpado. - digo e lembro que eu e Liz inventamos que iríamos comemorar seu aniversário hoje - Ah tia, por falar nele. Hoje temos um jantar para comemorar os vinte anos de delegado do meu pai. E adoraríamos que todos vocês fossem. - invento mais essa mentira. Me tornei uma "verdadeira" mentirosa.

- Claro querida. Iremos todos. - afirma e então volta comer. Liz olha para mim incrédula e desvia o olhar assim que o tio Geraldo fala.

- Então acho que vou ligar para Marcus, ele é o melhor amigo de seu pai. Acho que gostará de participar. - diz. E caramba! Esqueci que o tio é primo de Marcus e que eles são muito próximos de meu pai. Liz engasga.

- Hã... Não. Não precisa. - digo exasperada batendo nas costas da Liz - Já o convidei, mas ele cumprirá o horário de meu pai. - respondo antes que ele estrague tudo. Se Marcus for meu pai não poderá ir por conta da delegacia.

- Sendo assim... - diz voltando comer.

...

- Sônia cheguei! - grito entrando.

- Onde estava menina? - indaga vindo a mim.

- Na casa da Liz. Nós passamos na delegacia hoje mais cedo para falar com meu pai. - digo indo até a cozinha pegar um copo com água. Sônia vem atrás de mim.

- Fazer o quê? - pára próximo ao balcão. Conto tudo para Sônia desde o meu atropelamento até a mentira que tive que inventar.

- Cristo! Minha menina! - diz abismada com as mãos sobre a boca - Como você pôde fazer isso? Se seu pai descobrir... - diz e lhe entrego um copo com água.

- Ele não saberá de nada. A mesmo que uma de nós três conte. - digo me referindo a mim, Liz e agora Sônia.

- Não contarei nada. Mas você vai me prometer que nunca mais fará um coisa dessas novamente. - me olha apreensiva.

- Prometo. - faço uma pausa - Tem mais uma coisa...

- Diga. - pede.

- Quero que guarde esse pen-drive pra mim. Mas tem que ser bem guardado. Ninguém pode pegá-lo. - digo entregando-lhe o mesmo.

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