22°. Capítulo

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Talvez... Um encontro

Gil:

Assim que fecho a porta do meu quarto ponho a pequena caixa com a bailarina sobre a pequena mesa do computador. A observo por algum tempo, até que lembro-me do "encontro" com Matias.

Entro no banheiro e me dispo, tomo um banho demorado e saio apenas de langerie e roupão.

Procuro uma roupa discreta mas não careta, sexy mas não vulgar, resumindo, não sei o que vestir. Batem na porta, acredito ser Sônia:

- Entra! - grito de dentro do closet.

- Não reclamaria se fosse assim. - diz uma voz masculina fazendo-me gelar.

- Caramba garoto! - ponho a mão no peito enquanto tento normalizar minha respiração, meu vestido cai ao chão mostrando minha langerie vermelha - Dá pra cair fora e esperar até que eu termine de me arrumar?

- Posso dizer que não? - me olha com cara de cachorro abandonado. Levanto meu vestido e corro até ele o empurrando para fora. Ele apenas gargalha.

Fecho a porta e volto me arrumar. Na verdade nem sei o que usar em lugares assim, nunca andei em bares, ou algo do tipo.

Ponho uma blusinha cinza, um rot-pent de lavagem escura, um quimono branco e um tênis também branco. Escolho alguns acessórios, seco meu cabelo e decido deixá-lo solto. Pego a minha carteira de braço marrom, mas antes faço uma maquiagem mais destacada na boca.

Já pronta, desço de encontro Matias que está sentado no sofá mexendo em alguns enfeites da mesinha de centro:

- Vamos? - indago, ele olha para mim.

- Já vi que terei problemas. - disse assim que viu meu pai sair de seu escritório, fico ao seu lado - A propósito, você está linda. - sussurra para mim, fazendo-me sorrir. Meu pai se aproxima - Boa noite Sr. Ricardo.

- Boa noite Matias. Vejo que já estão de saída. - diz meu pai sério.

- Sim pai, já estamos. - me apresso em dizer. Puxo o braço do Matias.

- Será que podemos conversar Matias? - indaga meu pai me fazendo parar na mesma hora petrificada - Um minuto apenas. - o coitado do Matias olha para mim com uma cara pra lá de assustada. Quase não controlo uma gargalhada, mas me contenho.

- Pai... - Matias me interrompe.

- Claro Sr. Ricardo. - diz me fazendo lançar um olhar repreendedor para o mesmo.

- Ótimo! Vamos ao meu escritório. - meu pai vira-se saindo na frente.

- Tem certeza? Ainda podemos fugir pela janela. - sugiro fazendo-o gargalhar. Meu pai nos olha, então Matias o segue.

Os dois entram naquela sala me deixando sozinha naquela sala e curiosa por não saber o que estão falando. Estou me sentindo uma idiota! Isso deveria ser proibido. Com certeza tem haver comigo, mas o que?!

Vou até a cozinha beber algo:

- Não vai mais sair? - Sônia se materializa do outro lado da bancada me assustando.

- Ai Sonny! - digo assustada.

- Quanto tempo não me chama assim. - diz emocionada. Eu costumava chamá-la assim quando pequena.

- É um apelido meio infantil, não acha? - pego um copo com água.

- Não. Adorava quando você me chamava assim. E adorei saber que não esqueceu. - segura minhas mãos. Ouvimos vozes, meu pai e Matias entram na cozinha. Matias está meio pálido, já meu pai está sério.

Além Dos FatosOnde histórias criam vida. Descubra agora