12°. Capítulo

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Tenho medo de onde isso vai dar.

Gil:

Continuação...

Abro a porta e surpreendo-me ao ver de quem se trata:

- Você? - indago, o que faz seus olhos virem de encontro aos meus - O que você faz aqui?

- Vim ver como você estava. Você saiu tão de pressa, fiquei preocupado. - diz e põe as mãos nos bolsos de sua calça jeans de lavagem escura.

- Não deveria... - digo pensativa. Seus olhos continuam focados em mim.

- Vir atrás de você ou me preocupar? - indaga com um olhar desafiador.

- Os dois. - respondo ríspida.

Não é como se eu quisesse magoá-lo, pelo contrário, estou o prevenindo. Não quero me prender a ninguém, assim como não quero que ninguém se prenda à mim. Posso estar sendo precipitada, mas ainda não acho que essa seja a melhor hora.

- Sendo assim... Vou nessa. - diz saindo em direção sua moto - Desculpa pelo incômodo. - diz assim que acelera a moto e sai cantando pneu.

Foi melhor assim... Pelo menos é o que acho. "Ninguém precisa se envolver".

Entro em casa e vejo Sônia tirando a mesa:

- Quem era querida? - indaga ao meu lado.

- Ninguém importante... - respondo com desinteresse.

- Ah sim! Então venha terminar seu café. - puxa uma cadeira para mim.

- Perdi a fome. - digo indo em direção à escada - Quer ajuda para tirar a mesa?

- Não precisa querida. - me olha diferente - Está tudo bem? - indaga parando o que está fazendo.

- Sim. É apenas uma dorzinha de cabeça. - respondo.

Subo para meu quarto, tomo outro banho e troco de roupa. O céu está nublado e, provavelmente irá chover.

Sento-me na cadeira vermelha em frente meu computador e atualizo minhas redes sociais. Até que meu celular toca:

Ligação On:

- Oi amiga! - atendo.

- Está tudo bem? - parece um pouco confusa e é aí que minha ficha cai.

- Quem mandou você dar meu endereço pro Rafael? - indago andando até minha janela para fechar a mesma, pois está chovendo.

- Desculpa amiga. Mas ele insistiu tanto que não tive como negar. - diz - Vocês conversaram?

- Sim. Não foi bem uma conversa. - digo e já posso imaginar sua cara de interrogação.

- Como assim? - indaga confusa.

- Eu meio que fui um pouco "grossa" com ele. - respondo.

- Não acredito! Por que?

- Você sabe porque.

- Sim eu sei, mas você precisa esquecer isso. Nem todos são como o idiota do Hugo. - esbraveja. Suspiro.

- Eu sei...

- Não amiga. Você não sabe! Se soubesse pararia de agir como está agindo e também pararia de pensar que todos vão fazer com você o que àquele idiota fez. - continua seu discurso.

- Não quero falar sobre isso. - baixo o olhar.

- Está bem. Não quero te aborrecer mais. Vou sair agora, depois a gente se fala, tá? - pede.

Além Dos FatosOnde histórias criam vida. Descubra agora