5°. Capítulo

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Apenas lembre-se de mim.

Bônus

Rafael Maldonado:

Fui ver o que tinha acontecido com o Mike, já que ele estava demorando:

- O que aconteceu Mike? - indago. O olho e em seguida ouço alguém balbuciar.

- Ah não! Você de novo não. - diz uma garota e a olho. Logo reconheço a voz da "estressadinha".

- Oi pra você também estressadinha. - irrito-a ainda mais. Não sei porque algo nessa garota me atrai. Parece que nos conhecemos há anos.

- O destino só pode estar conspirando contra mim. - reclama e eu sorrio. Sua amiga recebe uma ligação.

- O que houve Liz? - indaga preocupada.

- O Dan caiu da escada. - responde nervosa.

- Vamos. Eu vou com você. - diz.

- Eu levo vocês. - diz o cara que as acompanha.

- Mas você está de moto e só trouxe dois capacetes. Quer mais uma multa? - diz a "estressadinha".

- Estou de carro. Posso levar vocês. - digo.

- Nã... - a "estressadinha" tenta negar, mas sua amiga aceita.

Fomos todos de encontro ao meu carro. A amiga da "estressadinha" me passou o endereço e é um dos hospitais da minha família. O 'Hospital Manoel Maldonado", que herdou o nome de meu avô paterno. Ele faleceu e deixou como herança para meu pai, que é filho único.

Assim que chegamos a amiga da estressadinha sai do carro e corre em direção ao hospital, sua amiga a chama, mas é em vão. Logo as duas entram. Estaciono o carro:

- Valeu pela carona. - agradece o cara que está acompanhando as garotas, mas continua com a cara fechada.

- Relaxa. Sem problemas. - digo.

Entramos e vou direto na recepção ver como está o estado de meu pai. Ele sofre do Mal de Alzheimer e sofreu uma parada cardíaca. Ele está internado há quase duas semanas.

A recepcionista avisa que minha irmã Victoria Maldonado está me esperando (sou mais velho que ela três anos, ela vai fazer dezessete anos semana que vem).

Vou até a cantina onde a mesma me espera:

- Oi maninha! - cumprimento-a com um beijo na cabeça.

- Oi! - diz com a voz de choro.

- O que aconteceu?

- O papai... Ele não me reconheceu. - chora ainda mais. Pego suas mãos para consolá-la.

- Vick, você sabia que isso poderia acontecer, cedo ou tarde. - digo.

- Você diz isso porque não foi de você que ele esqueceu. - diz birrenta.

- Não. Eu digo isso porque eu sei que esse é um sintoma da doença. - digo e ela chora até soluçar. Levanto para abracá-la. Instantaneamente, olho para o balcão onde é feito os pedidos e vejo a "estressadinha" olhando em minha direção, mas logo se vira para disfarçar.

- Por que isso tinha que acontecer com ele? Ele sempre foi um homem bom, saudável... Isso não é justo! - exclama.

- Eu sei maninha, mas a vida é assim... - digo - Mas agora enxuga essas lágrimas e vamos visitar nosso velho. - digo.

Vamos até o quarto 37 e batemos na porta. Na segunda batida uma enfermeira abre a mesma com uma bandeja em mãos:

- Podemos entrar? - indaga Vick.

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