16°. Capítulo

23 2 0
                                    

"Ah não! O que eu faço?"

Continuação...

Quase 19h:00m recebo uma mensagem da Vick dizendo que está esperando-me.

Desligo a tevê e subo as escadas até meu quarto. Procuro uma roupa casual e me dirijo até meu banheiro. Tomo um banho demorado e, saio de roupão, pego minha roupa e logo a visto. Seco meu cabelo e faço uma maquiagem básica com apenas: delineador, rímel e lápis.

Calço um tênis branco e pego minha bolsa de ombro. Desço para a cozinha e encontro Sônia:

- Vai sair? - indaga me analisando.

- Vou pra casa de uma amiga. - respondo - Avisa pro meu pai, caso ele chegue mais cedo. - peço.

- Tudo bem... - ela parece distante.

- O que houve? - indago.

- O Gustavo disse que precisava resolver algo, mas que não demoraria e até agora não chegou nem atende a o celular, só dá caixa-postal. - diz aparentemente nervosa. Sinto um calafrio de repente.

- Não deve ser nada. Talvez ele ainda esteja ocupado e a bateria do seu celular deve ter acabado. Ele deve estar chegando. - tento tranquilizá-la.

- Talvez...

- Qualquer coisa me liga. Qualquer coisa mesmo. - beijo seu rosto - Tchau!

Saio de casa de encontro a Zeca que me espera em frente minha casa, ele abre a porta pra mim:

- Boa noite senhorita. - cumprimenta-me.

- Boa noite Zeca. - respondo sentando-me no banco de trás como sempre - Não sei quando vou me acostumar com esse "senhorita". - digo brincando. Ele dá partida.

- Sua mãe também não gostava que a chamasse de senhora. Ela dizia que sentia sua beleza menosprezada. - diz me fazendo gargalhar.

- Você a conhecia bastante, não é? - observo.

- São muitos anos trabalhando para sua família. Sua mãe foi uma ótima pessoa que me recebeu de braços abertos, seu pai também. Aprendi muito com eles. - diz sem tirar os olhos do trânsito.

- É, tenho certeza que eles também aprenderam bastante com você. - digo e o mesmo me olha sorrindo - É aqui. - digo assim que o mesmo pára em frente a mansão dos Maldonados - Não precisa vir me buscar, vou de táxi, tá?! - digo.

- Mas senhorita...

- Tchau Zeca. - digo indo de encontro aos dois seguranças/postes parados ao lado do enorme portão preto. Me apresento e um deles abre os portões.

- Por aqui senhorita. - diz um deles me guiando até a enorme porta de madeira, onde aparece uma Vick histérica.

- Que bom que você veio. - diz praticamente me sufocando.

- Também estava com saudade. - digo sarcástica fazendo a mesma rir.

- Chata! Entra. - diz dando-me passagem. Olho por cima dos ombros da Vick e encontro a um par de olhos cor de mel.

- Não baba bonitona. - alfineta.

- Boa noite. - cumprimenta-me sem desviar o olhar dos meus. Ele está lindo com uma camiseta branca, uma bermuda jeans clara, tênis branco e cap cinza com azul. Um Deus grego!

- Boa noite. - saio do meu transe interno.

- Com licença que meu celular está tocando. - diz a Vick, mas não ouço barulho algum. Mato ela!

- Não sabia que viria. - diz enquanto observo os quadros espalhados pela casa.

- Não tinha muita certeza. - respondo simples - Seus pais têm muito bom gosto. - elogio quando vejo um Picasso legítimo.

Além Dos FatosOnde histórias criam vida. Descubra agora