Prólogo

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O reino de SoleiLine já não é mais o mesmo. O vermelho que antes representava paixão e energia, agora está estampado em cada gota de sangue que se derrama pela guerra. O sol que trazia força, poder e vitalidade, agora é uma mera estrela que se perdura sobre o céu, com sua fraca luminosidade. As criaturas mágicas estão tenebrosas e espalhadas por todo lugar. E o júbilo que tomava conta da civilização se transformou em angústia. Os sorrisos antes estampados em cada rosto, foram destronados, e assim a alegria foi massacrada. As pessoas, em desespero, clamam por: esperança! E neste caso, chama-se Henry Phillips Harrison, o herdeiro. Ele, e somente ele, pode salvar esse povo.

Os reinos estão se preparando para a Última Batalha, pois finalmente com ela a paz e a alegria voltarão. Os reis de Solei cuidam de cada detalhe para a chegada do herdeiro: comidas, roupas, armas e treinamentos, principalmente este último.

- Está mais perto que nunca Christopher.

- Eu sei... Henry está chegando, tudo irá se resolver.

- Tenho medo... Nosso único filho é a esperança do nosso povo, se ele falhar... Tudo estará perdido. - sua voz falhou.

- Alexandra! - Disse olhando em seus olhos. - Precisamos confiar nele e dar todo treinamento possível. A herdeira de Mondline com certeza não irá derrotá-lo.

- Como pode ter tanta certeza?

- Ele é meu filho. Vitória é algo que está em nosso sangue. - Falou confiante, logo após lançou um sorriso sarcástico.

A rainha continuou insistindo de que tudo era muito perigoso e que tinha medo da derrota, o rei impaciente, a deixou falando só e foi resolver um dos problemas que o reino enfrentava. Saindo do quarto, desceu as escadas e foi direto a sua sala de reuniões. Lá estava a sua espera o general Volkmer.

- Vossa majestade. - O cumprimentou.

- Elliot, quais são as noticias, meu caro? - Sentou- se à mesa e fez um sinal para o general acompanhá-lo.

- Eles permanecem quietos. Acho que estão se guardando para a batalha final. - O rei pôs a mão no queixo e permaneceu em silêncio por uns momentos, como se estivesse pensando.

- Ataque! - Ordenou.

- Majestade, nosso exército não irá aguentar mais uma batalha. O máximo que podemos é nos defender com ajuda das poucas criaturas que estão ao nosso favor. - Explicou Elliot Volkmer.

- Eles aceitaram? - Perguntou Christopher, arqueando uma sobrancelha.

- Os elfos estão ao nosso favor, desde que os deixemos em paz, após isso. As salamandras estão dispostas a ajudar, da maneira delas. Os duendes e tardos cobraram um preço alto, então tive que deixá-los de lado...

- Não me importo com preço! - Disse num tom alto e alterado.  - Aumente os impostos, pegue os tesouros do povo, faça o que for preciso... E, general não esqueça de pegar todos os homens com mais de doze anos. - Elliot apenas concordou, enquanto isso o rei se levantou e saiu atordoado da sala.

***

Elliot estava a caminho, precisava cumprir a ordem do rei. Antes de chegar à floresta fez uma parada na cidade de Lumiére, a cidade mais próspera, mesmo com toda crise. Chegando lá, com alguns homens do seu exército, invadiu algumas casas, levou algumas crianças e pegou objetos de valores. Antes de partir, uma mulher implorava a um de seus homens para que não levasse seu filho.

- Por favor, não levem meu filho, perdi meu marido na guerra, ele é tudo que tenho! - Disse aos prantos.

- Sinto muito! Mas não posso poupá-lo. - Respondeu Elliot.

Woofline - Primavera sem cor (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora