Cap X: Realidade Mágica - Parte 1

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Finalmente havia encontrado alguém que podia me ajudar nesse mundo... Estranho? Mágico? Após ir ao coração de WoofLine mais dúvidas surgiram em disparada e não sei por que, mas acho que somente o Enrico tem a resposta de tudo... Num piscar de olhos mudamos de local completamente, antes estávamos no jardim do castelo e agora parecíamos estar numa sala de aula. Era como se fosse uma sala antiga, havia um quadro negro, umas instantes com livros enormes, algumas bancas e mesas de madeira. Apenas duas janelas iluminavam e arejavam o ambiente.

- Uma de sala de aula? - Indaguei.

- Algum problema? - Ele me perguntou e neguei... Algum dia minha curiosidade me mata; fui em direção a uma das instantes, e peguei um livro, o mesmo sumiu feito pó das minhas mãos.

- O que...? - Não completei a pergunta.

- Não mandei você mexer em nada. Agora sente-se. - Fiz uma careta e sentei em uma carteira da frente, na verdade tentei. De repente, a cadeira que eu havia escolhido passou a flutuar.

- Enrico você está brincando comigo? - Perguntei irritada e ele gargalhou.

- Vamos lá Melanie, não é tão difícil. - Fiz de tudo, mas aquele troço só fazia ficar mais alto.

- Eu tenho medo de altura. - Cruzei os braços.

- Você não tem medo de altura, tem medo de cair. - Arqueei uma sobrancelha. - Melanie existe mágica nesse mundo, existe mágica em você. Use-a, basta acreditar. - Era ridículo ouvir aquilo. Mas eu tinha minhas perguntas, então tinha que fazer o que ele pedia. Concentre-me na cadeira, fechei os olhos e fiz o que Enrico mandou, acreditei que tinha poderes e ordenei a cadeira que baixasse. Abri meus olhos e nada.

- Desisto! - Fiquei impaciente.

- Teremos muito trabalho pela frente. - Ele disse enquanto fazia a cadeira descer, fiquei boquiaberta. "Como ele conseguia de forma tão simples?" Sentei-me imediatamente, não ia esperar ela sair voando pela segunda vez.

- Por que estamos aqui?

- Sou seu instrutor mágico ou professor de magia, chame como quiser. - Aquilo era curioso.

- Tenho mesmo que aprender isso? - Ele assentiu. - Não vejo como a magia vai me fazer vencer. - Enrico estava de costas mexendo em um pequeno baú, ao ouvir minha fala, ele se virou e me lançou um tipo de feitiço. Fiquei imóvel, queria me mexer, mas não conseguia, não conseguia falar, nem pensar direito.

- Oh, parece que precisas de ajuda. - Sentia-me uma estátua, era horripilante a sensação de ser imóvel. Ele fez um movimento com a mão e retirou o feitiço, respirei com força e logo me manifestei. 

- Quer me matar? Mas que droga foi aquilo?

- Magia... Acho que com isso você conseguiria alguns pontos na frente do seu inimigo. - Ótimo eu tinha mesmo que aprender feitiços, quem sabe não tinha que comprar aqueles chapéus pontudos, usar varinhas e vassouras para voar.

- Então vou me tornar uma bruxa?

- Você é uma! Ou quase isso. - Ele sorriu para mim. - A propósito pegue estas folhas e anote algumas coisas grifadas deste livro. E antes que me esqueça, bem-vinda a sua primeira aula de magia. - Ele parecia muito empolgado, eu por outro lado queria sumir dali.

- Enrico você me deve respostas.

- Abra na página 558. - O velho pareceu me ignorar totalmente. Fiz o que ele pediu, quem sabe assim ele não me respondia. O livro não tinha nada em especial, só era antigo e gigante, além de sua caligrafia ser extremamente enorme. Três palavras do livro estavam grifadas, juntos a seus significados.

Woofline - Primavera sem cor (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora