Não sabia se me aliançar a Violette seria uma boa escolha, mas eu não tinha opções. Nós nunca nos demos bem, na verdade, eu a odiava, por motivos toscos, mas ainda assim a odiava. Ter que se aliançar ao "inimigo" significa que tudo está na pior condição, e realmente, eu estava na pior condição possível.
- O que você propõe? – Perguntei e não baixei a guarda por precaução.
- Não precisa se prevenir, eu não vou te fazer mal.
- Vamos Violette, direto ao ponto.
- Tudo bem! – Soou rude, como de costume. – Eu sei que você quer que o Henry volte a viver, e eu também quero, juntas podemos trabalhar.
- Tem algum plano?
- Essa parte é com você. Não sou muito de pensar, já na hora de agir... – Ela sorriu e aquilo pareceu o início de uma aliança.
- Tudo bem, mas quero deixar claro que quem dar as ordens aqui sou eu! – Disse de maneira autoritária.
- Mas...
- Violette! É isso ou nada.
- Tudo bem, qualquer coisa pelo Henry. – Aquele desejo dela por salva-lo era suspeito.
- Por que quer tanto trazê-lo de volta? – Não poderia deixar passar. Ela respirou fundo e sentou na minha cama.
- Não sei se você sabe, mas assim como você tinha um "prometido", ele também tinha.
- Você era noiva dele? – Afirmou.
- Ele não gostava de mim. – Admitiu tristemente, o que me fez ficar menos infeliz. – No começo... Depois que ele passou a se dedicar a guerra e ao reino, nos aproximamos e... – Milhões de coisas se passaram na minha cabeça. O que Henry poderia ter feito com a Violette?
- E? – Estava impaciente.
- Foi tudo muito rápido, foi inevitável...
- Violette, o que aconteceu? – Minha respiração estava desregulada, assim como meus batimentos cardíacos.
- Eu estou grávida. – Suspirou. – Estou esperando um filho do Henry. – Minha visão escureceu, quase tombei naquele instante, meu mundo desabou.
Quantas e quantas vezes me senti um lixo por dar uns beijos no Charlie? Enquanto o Henry estava lá fazendo filhos com a outra. Me sentia traída, suja. Como ele pôde? O pior, trazê-lo de volta ia aumentar meus problemas, ele não seria meu, seria da Violette e do seu filho com ela. Ele teria sua família e eu não estava configurada nela. Porém, não posso ser egoísta, a pobre criança não tem culpa e merece crescer com um pai.
- Por favor, diga-me que vai me ajudar! Eu sei que pra você deve ser difícil, mas eu não vou conseguir criar essa criança sozinha. – Ela parecia desesperada.
- Sua mãe sabe? – Negou.
- Ela já teria matado a criança. – Disse entre prantos. Não contive as lágrimas. Por que fez isso comigo, Henry?
- Tem uma forma de fazê-lo voltar.
- Qual?
- Iremos descobrir... Primeiro precisamos encontrar o Enrico, ele está com o corpo de Henry.
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Woofline - Primavera sem cor (Em revisão)
FantasíaBatalhas, mortes, destruição... Caos! Esta é a maldição lançada sobre WoofLine, até que um dos reinos, Solei ou Mond, vençam a Grande Batalha Final. E, somente os herdeiros têm a chave para mudar tudo. Como? Com sangue e morte. A grande decisão será...