Acordei com meu celular tocando.
- Lucy querida! - era mamãe - onde você está?
- Mamãe? Porque está me ligando? Estou em casa, no meu quarto. - respondi com voz de sono.
- Lucy! Você esqueceu que é hoje? - perguntou preocupada
- Esqueci oque mamãe?
- Deus! É hoje que Jonny volta para Inglaterra! Estamos no aeroporto e o vôo sai em 2 horas ! Venha rápido!
- O.K ! - despertei imediatamente - em 1 hora estou ai! Prometo!
- Tudo bem querida. - desligou
Como eu esqueci? Como eu pude esquecer isso? Passei uma semana em casa, apenas no meu quarto e perdi completamente o tempo com Jonny. Respirei fundo, precisava me apressar.
- Ah! - levei as mãos aos cabelos - se eu ao menos pudesse me arrumar rapidamente. - Adam me veio a mante, respirei fundo - até que o tal poder que ele mencionou cairia bem agora. - o que eu estava dizendo! Hoje fazia exatamente uma semana sem pensar naquilo e sem ele dar as caras! Graças a Deus. Me livrei daquele pensando e fui até o banheiro, tomei uma ducha rápida, sai do banheiro e dei um grito de susto. NOVAMENTE!- Não entendo porque você sempre grita quando me vê. - era Adam, ele estava com uma blusa azul escura, uma jaqueta preta e aquele mesmo olhar travesso. - Bom dia. - sorriu.
- Oque você está fazendo aqui? - gritei, com a mão no peito me recuperando do susto.
- Você que me chamou, me diga porque estou aqui. - ele foi até a janela, com um olhar apreensivo procurava por algo do lado de fora.
- Eu não te ... - droga! Droga! Droga! - eu... Eu apenas pensei em você. Como? - franzi a testa.
- Quer dizer que você anda pensando em mim? - lançou um olhar insinuador - a propósito, bela vestimenta. - sorriu
- An? - quando olhei para meu corpo eu estava... Deus. Eu estava apenas de toalha - não fique aí olhando! - gritei e ele ergueu a mão direita - eu disse para não olhar! - encarei-o
- Olhar oque docinho ? - sorriu apontando para mim.
- Não olhe, eu estou... Vestida? -sim, eu estava vestida como em um passe de mágica, com uma roupa incrívelmente linda para constar, botas pretas até os joelhos, short jeans preto, uma blusa vermelha com uma jaqueta maravilhosa de couro, meus cabelos loiros estavam soltos e incrívelmente sedosos e a maquiagem... Rímel e lápis, que deixavam meus olhos mais verdes que o normal - UAU !
- De nada . - Adam sorriu e deu de ombros - agora pegue suas coisas vou te levar para o aeroporto.
- Como sabe que eu tenho... - ele arqueou as sobrancelhas - leu minha mente? - perguntei, Adam não respondeu - certo. Eu tenho meia hora para chegar lá, como pretende me levar? - eu só queria saber como estava comformada com sua presença e começando até a gostar dela.
- Então agora você quer que eu te leve? - perguntou com um sorriso no rosto - agora precisa da minha ajuda? Agora você QUER a minha ajuda? - aproximou-se
- Não - disse com voz de superioridade - eu não preciso... Mas já que você insiste - peguei meu celular a chave do carro e puxei-o pelo pulso, ele se soltou e encarou-me - desculpe - recuei, me senti como uma idiota agindo como se fossemos velhos amigos, mas eu gostava de sua companhia por mais irritante que fosse.
- Tudo bem - disse quando saiu do transi - é que... Você fica mais linda quando sorri . - por um momento o achei sentimetal, mas assim que ele disse isso desconsiderei essa hipótese - Agora vamos docinho, eu dirijo - pegou as chaves da minha mão e saiu.
- O meu carro? Nem pensar! - gritei - Adam volte aqui!
Quando cheguei lá em baixo ele já estava dentro do carro no banco do motorista.
- De jeito nenhum! Saia já daí Adam. - abri a porta - vamos saia. - encarei-o
- Pare com isso Lucy, sou um ótimo motorista, melhor que qualquer um que você já viu ou ouviu falar. - gabou-se
- Nossa - disse boquiaberta
- Oque?
- Você me chamou pelo nome, meu Deus um progresso! - ri e fiz cara de boba
- Já chega, entre ou você vai se atrazar.
- Eu já estou atrazada "docinho" - fiz o gesto de aspas com os dedos - não tem como chegar lá em menos de 40 minutos - dei um falso sorriso
- Querida - saiu do carro e veio até mim - você realmente não me conhece - então se aproximou mais.
- Adam - afastei-me - você não vai me beijar novamente vai? - encarei-o
- Só se você quiser - aproximou-se novamente - e eu sei que você quer - e me beijou.
Adam era realmente atraente com seus olhos de um azul incrível e seus cabelos pretos que caiam sobre a testa, toda aquela pose de macho alfa era de matar qualquer uma, é claro que comigo não era diferente, mas eu queria e não queria ao mesmo tempo seu beijo, era algo intenso, mas de alguma forma eu sentia que deveria dar um basta, e foi oque eu fiz... Empurrei-o.
- Escute - respirei fundo, aquilo era realmente difícil - você precisa parar de fazer isso ok? - encarei-o seria.
- Fala sério - sorriu - são apenas beijos, mais nada, sem sentimentos envolvidos docinho - voltou para o carro.
Me senti corar, fiquei parada refletindo sobre o que eu acabara de fazer. É claro que não haviam sentimentos envolvidos, Adam era o tipo de garoto que provavelmente nunca fazia nada que envolvesse sentimentos.
- Vamos vermelhinha - Adam fez um gesto para que eu entrasse no carro.
Corri e entrei, o tempo passava rápido de mais quando ele estava por perto, passamos quase o tempo todo conversando, ele perguntou muitas coisas sobre minha infância e principalmente sobre o meu pai, eu disse que ele se chamava Lucas e minha mãe Danna ele perguntou se eu nunca conheci um homem chamado Petter ou se minha mãe mensionara esse nome, quando disse que não ele sussurrou "estranho" e continuou a dirigir, até agora somente eu falava da minha vida, então decidi dar uma mudada nas coisas.
- Então, e sua família? - perguntei sem demonstrar muito interesse
- Meus pais estão mortos - ele respondeu como se não significasse nada seus pais estarem mortos
- Ah, sinto muito - disse sem jeito
- Não sinta, foi a muito tempo - era de se esperar que um garoto como Adam fosse desligado dos sentimentos mas não a esse ponto - somos apenas eu e meu irmão.
- Pelo menos vocês tem um ao outro - disse - assim não ficam completamente sozi... - ele me interrompeu
- Não nos falamos. - fez uma pausa - a não ser que seja realmente necessário. Não nos falamos faz uns 20 anos desde que ele assumiu o comando dos descendentes e eu decidi formar meu próprio pessoal, assim que nasceu os Ovelhas Negras - revirei os olhos aquele assunto de novo não, eu não estava entendendo nada, assumiu o comando? De que? - Por falar nisso caso queira conhecê-los é só me avisar - me lançou um sorriso malicioso.
Ficamos um tempo sem fazer perguntas até que algo me veio a mente, 20 anos atrás o irmão "assumiu o comando", então quantos anos ele tinha?
- Adam? - franzi a testa
- Diga docinho.
- Quantos anos você tem? - perguntei com medo da resposta
- Bom... Isso é meio complicado - derrepente seu olhar estava serio - mas eu vou te explicar - sorriu - nós, os descendentes desabrochamos... - interrompi
- An? Desabrochamos ? - perguntei confusa
Adam respirou fundo.
- Quero dizer, nossos poderes aparecem quando completamos 18 anos... - interrompi novamente.
- Nós não , eu não sou descendente da lua ou seja lá como você me chamou. - afirmei
- Sim você é, não me interrompa novamente. - ele me lançou um olhar furioso
- Desculpe - desviei o olhar
- Como eu dizia, após os 18 anos, ou melhor, logo que completamos 18 anos nosso envelhecimento é retardado, ou seja com 50 anos você vai aparentar ter 18. - ele me lançou um sorriso divertido - o que na minha opinião é um máximo, assim permaneço incrívelmente bonito por muito mais tempo. E respondendo sua pergunta , tenho 38 anos, eu e meu irmão não nos falamos desde os 18.
Eu fiquei em silêncio tentando absorver o que tinha acabado de ouvir, era tudo muito estranho.
- Então você é tipo imortal? - foi a única pergunta que me veio a mente
- Não, NÓS - deu um ênfase no "nós" - não somos imortais, mas nossa vida é bem mais longa que a dos humanos, muito mais longa na verdade. - ele gargalhou - o que me faz ter pena dos caçadores.
- Caçadores ? - perguntei sem entender e o carro parou
- Chegamos. Não há nescessidade de falar sobre eles agora, tudo o que você precisa saber eu já lhe disse. Agora vá, você tem 2 minutos para chegar no horário combinado.
- Adam, eu não sou uma descendente. Porque você diz isso?
- Sim você é, quando precisar de ajuda com os seus poderes pode me chamar novamente, será um incrível prazer ajudar - sorriu
- Como?
- Você sabe como. Agora vá.
- E deixar você com o meu carro? - arregalei os olhos.
- Incrível - ele gargalhou - você ainda não confia em mim - ele saiu do carro e me deu as chaves - aqui está.
- Obrigado - abaixei a cabeça e sorri - você podia me dar o seu número e eu poderia te ligar quando precisasse como uma pessoa normal. - sugeri
- Lucy - ele sorriu - não somos pessoas normais. - virou-se e saiu andando.
- Aonde você vai?
- Voltar para a minha Battcaverna. - gritou sem olhar para trás.
- Adeus docinho - brinquei
- Só mais uma coisa - ele se virou - não use seus poderes sem um descendente amigo por perto, os caçadores estão mais inteligentes hoje em dia. Docinho. - sorriu e desapareceu como poeira
Tranquei o carro confusa e percebi que havia um anel prata com uma pequena pedra azul no banco do motorista, peguei-o, coloquei no dedo e sorri. Provavelmente era de Adam, mas eu usaria enquanto ele não desse falta, afinal, adoro anéis.
" Que loucura " pensei, sorri e entrei no aeroporto.
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Nascidos das Sombras Vol.1
FantasyMeu nome é Lucy, sou uma garota normal... bem... eu costumava ser, na verdade todas as histórias começam assim, uma garota normal, com uma família normal e uma vida normal, bem cliché, mas sempre somos normais até algo completamente estranho nos aco...