- O quê houve amiga? - Lucy perguntou quando abriu a porta e me viu naquele estado - Você está pálida.
- Não sei. - me sentei no sofá - Eu...eu vi de novo aquele garoto...e ele tava quase morrendo. - suspirei alto - Eu não sei porque, mais eu tentei reanimálo... - coloquei a cabeça entre as mãos - Eu não sei porque fiz isso, quando eu vi eu já tava em cima dele, fazendo qualquer coisa para ele melhorar...
- Tá, eu acho que entendi. - ela passou a mão em meu ombro - Vou pegar água pra você. Está gelada, tá muito nervosa.
Eu e Lucy conversamos o resto do dia. Lucy era a melhor amiga que alguém podia ter. Primeiro me ouviu e deu conselhos, depois fez o máximo para que eu esquecesse o que tinha acontecido e me fez rir.
- E aí, já tá arrumando a sua roupa para o baile?
- Não, Lucy. Estamos no meio do ano...eu penso nisso depois. respondi desanimada. A minha cabeça não tava pra pensar em preparativos de nada.
- Anna, tô falando com você. - Lucy fez um 'oizinho' na minha frente e percebi que ela havia falado e eu não tinha dado atenção nenhuma. - Aii, no quê você tá pensando,hein? Ah, tá, nem precisa responder... Sabe, Anna, eu não te entendo. Você vai com a cara dele muito mal e agora tá desse jeito.E por causa dele...
- Eu na hora só tentei protegê-lo, eu não sei...Mesmo com ele sendo um grosso comigo em todas as vezes que teve chance eu fiz aquilo. Não sei o que me deu na hora.
- Eu sei. Você fez aquilo pois achou que era o certo. E acho que ele te deve uma hein. Isso aí é o destino. - ela riu.
- Claro que não! - sorri nervosa.
- Claro que sim. - ela sorriu querendo me encorajar - Há algum motivo para ser você Anna, acredite! Acredite em uma coisa chamada destino!
Encerramos o papo e me despedi. Agradeci por ela ter em aturado a tarde toda e ter feito o meu humor melhorar. Um pouco.
***
- Ainda bem que chegou. - minha mãe disse quando me viu abrir a porta - Estava preocupada já com você.
- Boa noite. - sorri fraco - Vou subir,estou cansada.
- Não, antes quero falar com a senhorita...Eu não gostei de ver você naquela sala, você me desobedeceu. - ela falou rapidamente - Você podia ter matado aquele paciente. - ela suspirou lentamente - Mas, ainda bem que você fez o certo,e o salvou a tempo.
- Não, eu não salvei ele. Foram vocês. - disse.
- Acredito que sim, filha. - ela sorriu fraco - Se eu não soubesse que você não gosta de medicina diria que você nasceu pra isso,e puxou sua mãe.
- Mãe, para. Eu tô cansada. E eu não salvei ninguém. - falei rápido - Eu acho.
- Vai dormir, boa noite. - ela me deu um beijo e subi as escadas.
Depois do que minha mãe tinha falado as dúvidas na minha cabeça tinham aumentado. As palavras de Lucy ecoavam pela minha cabeça e eu começava a acreditar no que ela tinha dito sobre destino e blábláblá...
***
Acordei no outro dia de manhã bem disposta, e aproveitei minha disposição para me arrumar para a escola. Logo já descia as escadas, indo até a cozinha tomar meu café da manhã. Era sempre assim. Minha mãe ou estava dormindo ou já tinha saído quando eu estava indo pra escola. Hoje,ela estava em casa ainda, porque tinha folga de manhã. Tomei meu café e peguei minha mochila, saindo de casa rapidamente. A manhã na escola se passou como sempre, estávamos em época de provas e euaproveitava a minha inteligência em algumas matérias e explicava para os meninos,que eram, er...bem péssimos. Eu achava que tinha ido bem.
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Save You
RomanceA vida sempre prega uma dessas em você. Te faz querer loucamente uma pessoa,mesmo sabendo que ela esconde um segredo. Mesmo com todos os problemas, você se vê totalmente dependente daquela pessoa e não escolhe outro caminho: o acompanhará e o ajudar...