Capítulo 11

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"Mesmo que seja difícil e cruel de se acreditar essa é a verdade."

- Será que ela vai descobrir? - Lucy sussurrou pra mim enquanto ainda estávamos na cozinha.

- Não sei, mas tá silêncio né? - ela fez que 'sim' com a cabeça.

- ANNA! - ouvi minha mãe gritar. Lucy arregalou os olhos. Eu estava com um medo...

- Já vou! - respondi me levantando - Você fica aqui, ok? - sussurrei pra ela que concordou.

Subi as escadas rapidamente, morrendo de medo do que minha mãe pudesse falar. Olhei para o escritório e a vi ali sentada, escrevendo em alguns papéis.

- Oi... - falei com incerteza na voz.

- Amanhã se quiser pode ir ao hospital, no projeto...já que tem tanto interesse. - ela disse com a cara fechada me mostrando os papéis. Logo a pilha onde só tinha Jonas, Jonas e mais Jonas.

- Mãe,eu...

- Não precisa falar nada. - ela falou calma - Pode sair.

Saí do escritório e a ficha tinha caído. Tinha ficado muito feliz com aquilo. Desci as escadas correndo e contei pra Lucy.

- Poxa, foi mais fácil do que pensei. - ela riu.

- Amiga, eu tô tão feliz...eu vou ver o Jonas!

- Aproveita e pergunta a ele porque ele sumiu.

- É... - olhei para minhas mãos - Tomara que eu encontre ele andando pelo hospital. - sorri esperançosa.

- Bom, acho que minha função já acabou,né? - ela me deu um beijo - Vou indo.

Lucy foi embora e eu fiz alguns deveres da escola antes de dormir. Sonhei com pessoas chorando e havia uma fumaça preta por todo o lado. Bem, não foi bem um sonho, foi um pesadelo. Acordei assustada com tudo aquilo. 

Fiquei acordada na cama até a hora da escola.Provas,trabalhos, aulas inúteis e interessantes, amigos. Foi assim o resumo da manhã. Lucy me perguntou se eu iria mesmo até o hospital, e eu disse que sim. Não perderia a chance por nada. Alguma coisa coisa me dizia que eu não poderia deixar de ir.

Depois de ir em casa e almoçar, fui sozinha até o hospital. Quando chegava perto o vi no estacionamento. Sorri bobamente e fui correndo até ele, e o abracei bem forte por trás. Ele se virou e me abraçou de volta.

- Eu senti saudades... - disse mexendo em seu cabelo.

- Eu...também. - ele respondeu e olhava para o chão.

Fique na ponta dos pés para lhe dar um selinho, mas ele virou o rosto.

- Porque você tá assim comigo? - falei com os olhos marejados.

- Anna, somos amigos. - Amigos...aquilo tinha doído.

Depois de falar isso ele saiu andando para dentro do hospital. Não fui atrás dele, ou eu acabaria chorando mesmo...Eu não tinha entendido nada. Será que tudo que tínhamos feito pra ele não tinha sido nada?

- Mãe, cheguei. - falei entrando na sala dela.

- Ótimo...está na hora, vamos?

Ela me levou até uma sala clara e grande, que estava vazia. Ela se sentou e falou que eu podia sentar em qualquer uma das cadeiras que estavam postas em círculo. Esperei alguns minutos e via à medida que o tempo passava, que pessoas e mais pessoas entrando e se sentando. Minha mãe me deu algumas folhas.

- Pode distribuir pra mim? - ela perguntou.

- Sim, claro. - peguei as folhas e comecei a dar para os que estavam lá.

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