Capítulo 18

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"E se você dormisse?E se você sonhasse?E se,em seu sonho você colhesse uma flor bela e estranha?E se,ao despertar,você tivesse a flor entre as mãos?"

-Boa noite amor. - lhe dei um beijo - Ficarei com saudades.

-Tchau.Qualquer coisa me liga. - ele passou as mãos pelos meus cabelos.

Cheguei em casa cansada,mas pra minha infelicidade tinha dever.Muito dever.Comecei fazendo os deveres e teve uma hora em que comecei a cochilar.Resolvi lavar o rosto e até que adiantou.Peguei meus cadernos que estavam no armário e vi entre os cadernos da escola,o caderninho onde tinha escrito aquela música da vez que não tinha conseguido dormir.Re-li e,realmente aquilo tinha ficado...bom.Fiquei olhando mais um pouco pra aquela folha e resolvi ligar para David.

- David, é a Anna,tudo bem?

-Fala Anna... - ele respondeu.

-Eu preciso de sua ajuda em uma coisa. - falei

-Em quê?

-Eu um dia escrevi uma coisa e a Lucy viu...e me falou que ficaria legal se virasse uma música.Você podia me ajudar...?

-Legal...leva amanhã.Pra escola.

-Sim,obrigada. Até amanhã, David.

-Até. - ele disse e depois desligou.

Depois que desliguei o telefone continuei fazendo os deveres,até umas 2 da manhã.Acabei dormindo no meio dos cadernos...

"- Anna, o Jonas não está muito bem. - minha mãe me disse - Nós tentaremos fazer o possível.

-Não! - segurei nos braços dela -Salvem ele,por favor. - minha mãe fez um aceno negativo com a cabeça - Mãe,por favor - eu ajoelhei no chão,desabando a chorar - Por favor,mãe.

Corri até um quarto e quando cheguei na porta vi Jonas em uma maca,e em seguida um dos médicos tapou o rosto dele com um lençol. Não,o meu Jonas não tinha sido tirado de mim.

- Não! Não! Jonas, você ia ficar comigo,ia ter uma família comigo, não me deixa por favor... - dizia abraçando o corpo dele que agora estava tão frio.

- Anna, ele já se foi. - minha mãe e outro médico me puxaram de perto dele,me tirando da sala.

- Jonas...você prometeu que não ia me deixar... - eu dizia enquanto era tirada da sala."

-Não!!! - acordei assustada.

Passei a mão pelo rosto e estava suando. Vi que era só um pesadelo. Catei meu celular e liguei para Jonas que para judiar de mim, demorou a atender.

-Alô? Anna? - ouvi a voz que eu mais queria do outro lado da linha.

- Amor,você tá vivo... - disse chorando.

- Claro...escuta, porquê está chorando? - ele perguntou preocupado.

- Jonas, eu preciso te ver. Muito. - falei.

- Anna, são quase 4 horas da manhã.Eu...estou bem. O quê que houve?

- Eu tive um pesadelo. E não tô conseguindo dormir...Você tinha morrido Jonas, e eu tô me sentindo mal.

- Anna, eu estou bem. - ele pausou e ouviu meu choro - Olha,tá bom,eu vou aí.

- Por favor... - enquanto eu murmurava ouvi o 'tututu' do outro lado da linha. Ele já tinha desligado.

Desci correndo as escadas, antes vendo se minha mãe estava em casa. Não. O carro dela não estava na garagem. Eu estava tremendo e sentia minhas pernas doendo. Andei de lá pra cá pela sala e nada dele chegar. Será que ele tinha morrido mesmo e a conversa tinha sido tudo da minha imaginação? Saí pela rua de camisola mesmo, até a hora em que vi uma silhueta que eu conhecia muito bem.

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