Capítulo 6

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- Mãe...­ dei-­lhe um beijo ­- Como tá?

- Bom dia minha filha. Estou bem -­ ela sorriu.

 -Ah, deixa eu te perguntar...que flores são aquelas no vaso na sala, hein? 

- Ah,o Jonas me deu.-respondi envergonhada. ­

- Jonas? - ­ a expressão da minha mãe mudou. ­

- É, o Jonas. O que houve mãe? ­

- Nada, só me surpreendi. -­ sorriu parecendo estar nervosa. 

- Ele mora por aqui,mãe? -­ perguntei. ­

- Eu...não posso falar filha. ­- ela passou a mão na testa ­–Ele me pediu que não contasse a ninguém.

- Por que? Que mal tem? – dei de ombros.

- Não sei minha filha, mas ele pediu. Ela respondeu arrumando as coisas em sua bolsa.

- Eu não sei porque você está tão nervosa, mãe. - acusei-a.

- E eu não sei o porque do seu interesse. – ela rebateu.

-Quer saber? Eu não vou mais a hospital nenhum! Você quer minha ajuda mas não tenho direito de saber sobre as coisas do trabalho...então eu não vou mais! – cruzei os braços e fui assim até em casa.

- Anna, você vai me entender... – ela disse quando eu saí do carro e bati a porta entrando em casa.

Olhei para o buquê e sorri.

1 mês depois

1 mês se passou e houve 1 mês de briga. Eu e minha mãe sempre estávamos brigando por algo sem importância e isso estava me matando .Vi Jonas algumas vezes, mas só trocamos alguns olhares e só.

Na última semana, todas as noites eu tinha ido até uma pracinha que ficava perto de casa para...chorar. Definitivamente para chorar. E tentar ficar sozinha. Aproveitava que era uma praça sem visitantes e ficava me lamentando lá ultimamente, e era pra lá que eu estava indo agora.

Me sentei no banco menos destruído e abracei meus joelhos, deixando meu choro cair. Eu estava muito mal, brigando com minha mãe e sentindo falta do meu pai. Sentindo falta das ligações dele, que eram escassas, mas nos últimos meses estavam sendo muito mais.

- Anna? – senti uma mão em meu ombro.

- Jonas. O que tá fazendo aqui? – perguntei limpando meu rosto, tentando esconder o que estava acontecendo comigo.

- Está chorando. – não foi uma pergunta – Como fez o resto da semana... ele olhou em meus olhos.

- Como você sabe? – perguntei confusa.

- Eu passei aqui e te vi no 1º dia. Depois no resto dos dias voltei aqui e você estava sempre sentada nesse banco.

- São os problemas. - meus olhos encheram-se de água.

- Estou aqui para ouvi-los, se quiser me contar, é claro. - ele me abraçou pelos ombros - Bem... sou seu amigo, eu acho. Estou aqui para ouvi-la.

Sorri fraco e comecei lhe contando sobre os problemas. Pulando é claro, a parte de que eu queria saber algo dele com a minha mãe e esse era um dos fatores para haver a briga.

- Sabe, você deve tentar conversar com sua mãe quando estiver mais calma. E Anna, ela é médica e eu sei que primeiro ela é a sua mãe, mas ela não pode sair contando e nem mostrando para você tudo do hospital....entenda isso. - ele concluiu depois de eu ter falado tudo. 

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