- Mãe... dei-lhe um beijo - Como tá?
- Bom dia minha filha. Estou bem - ela sorriu.
-Ah, deixa eu te perguntar...que flores são aquelas no vaso na sala, hein?
- Ah,o Jonas me deu.-respondi envergonhada.
- Jonas? - a expressão da minha mãe mudou.
- É, o Jonas. O que houve mãe?
- Nada, só me surpreendi. - sorriu parecendo estar nervosa.
- Ele mora por aqui,mãe? - perguntei.
- Eu...não posso falar filha. - ela passou a mão na testa –Ele me pediu que não contasse a ninguém.
- Por que? Que mal tem? – dei de ombros.
- Não sei minha filha, mas ele pediu. Ela respondeu arrumando as coisas em sua bolsa.
- Eu não sei porque você está tão nervosa, mãe. - acusei-a.
- E eu não sei o porque do seu interesse. – ela rebateu.
-Quer saber? Eu não vou mais a hospital nenhum! Você quer minha ajuda mas não tenho direito de saber sobre as coisas do trabalho...então eu não vou mais! – cruzei os braços e fui assim até em casa.
- Anna, você vai me entender... – ela disse quando eu saí do carro e bati a porta entrando em casa.
Olhei para o buquê e sorri.
1 mês depois
1 mês se passou e houve 1 mês de briga. Eu e minha mãe sempre estávamos brigando por algo sem importância e isso estava me matando .Vi Jonas algumas vezes, mas só trocamos alguns olhares e só.
Na última semana, todas as noites eu tinha ido até uma pracinha que ficava perto de casa para...chorar. Definitivamente para chorar. E tentar ficar sozinha. Aproveitava que era uma praça sem visitantes e ficava me lamentando lá ultimamente, e era pra lá que eu estava indo agora.
Me sentei no banco menos destruído e abracei meus joelhos, deixando meu choro cair. Eu estava muito mal, brigando com minha mãe e sentindo falta do meu pai. Sentindo falta das ligações dele, que eram escassas, mas nos últimos meses estavam sendo muito mais.
- Anna? – senti uma mão em meu ombro.
- Jonas. O que tá fazendo aqui? – perguntei limpando meu rosto, tentando esconder o que estava acontecendo comigo.
- Está chorando. – não foi uma pergunta – Como fez o resto da semana... ele olhou em meus olhos.
- Como você sabe? – perguntei confusa.
- Eu passei aqui e te vi no 1º dia. Depois no resto dos dias voltei aqui e você estava sempre sentada nesse banco.
- São os problemas. - meus olhos encheram-se de água.
- Estou aqui para ouvi-los, se quiser me contar, é claro. - ele me abraçou pelos ombros - Bem... sou seu amigo, eu acho. Estou aqui para ouvi-la.
Sorri fraco e comecei lhe contando sobre os problemas. Pulando é claro, a parte de que eu queria saber algo dele com a minha mãe e esse era um dos fatores para haver a briga.
- Sabe, você deve tentar conversar com sua mãe quando estiver mais calma. E Anna, ela é médica e eu sei que primeiro ela é a sua mãe, mas ela não pode sair contando e nem mostrando para você tudo do hospital....entenda isso. - ele concluiu depois de eu ter falado tudo.
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Save You
RomanceA vida sempre prega uma dessas em você. Te faz querer loucamente uma pessoa,mesmo sabendo que ela esconde um segredo. Mesmo com todos os problemas, você se vê totalmente dependente daquela pessoa e não escolhe outro caminho: o acompanhará e o ajudar...