Capítulo 13

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"Seja a minha consciência e pare o que estiver sendo errado. Mesmo que o errado possa ser feito depois."

- Obrigada. - ele disse quando nossos narizes se tocaram. Vi uma lágrima rolar por sua bochecha antes de beijá-lo.

Passei minha língua pelos seus lábios lentamente pedindo passagem, que logo foi dada. Logo Jonas me respondeu com um beijo cheio de desejo, enquanto colocava sua mão direita no meio de meus cabelos, nos aproximando mais. Cansada de ficar ali em pé naquela situação tão ruim (sinta a ironia) e com o pouco conhecimento de seu quarto, fui empurrando ele até sua cama. Alguns passos dados, e senti Jonas se afundando na cama, se afastando de mim. Olhei pra ele que estava sentado e me olhava com uma espécie de curiosidade no olhar e segurava minha mão, fazendo carinho nela. Me sentei em seu colo, colocando uma perna de cada lado de seu corpo e voltei ao contato de nossos corpos. Jonas abaixou a alça de minha blusa e começou a dar beijos do meu ombro até o minha orelha, enquanto eu respirava pesadamente e levantava a sua blusa. Ele novamente colou seus lábios aos meus depois de ter me ajudado a tirar sua blusa, e parecia estar mais do que envolvido naquele momento.

Aproveitava a cada segundo aquela boca, e seu peito agora descoberto eram minimamente memorizados pelas minhas mãos que subiam e desciam fazendo carinho. Sem pensar muito no caso da doença dele e como acabariam as coisas, comecei a subir minha blusa, com uma certa dificuldade por causa da proximidade de nossos corpos. Quando tinha acabado de tirar ela, Jonas passou as mãos pelas minhas costas e depois parou, suspirando pesadamente.

- Anna, acho que devemos parar. - ele tirou as minhas mãos do corpo dele - Estamos indo rápido demais. - ele me deu minha blusa que estava ao seu lado, em cima da cama. - Vista, por favor.

Fiquei meio emburrada com o que ele tinha feito, mas depois de vestirmos as 'peças perdidas' eu até aceitei e agradeci mentalmente por ele ter feito aquilo. Se ele não fosse a minha consciência agora nem sei onde estaria. Quer dizer...eu acho que sabia sim.

- Ainda tem um quarto pra te mostrar. - ele disse tentando acabar com o clima que tinha ficado entre a gente. - Vamos?

Ele pegou em minha mão e me puxou até a porta. Ele parou diante dela e segurou as têmporas, enquanto respirava fundo. Fiquei olhando pra ele e não entendi a sua expressão. O porquê dele parecer perturbado naquela hora.

- Está se sentindo bem, Jonas? - segurei em seu ombro.

- Sim. É que tem muito tempo que não entro nesse quarto.

- Ahn...Se não quiser não precisa abrir. - segurei a mão dele que já  estava na maçaneta.

- Não, vou abrir. - ele girou a maçaneta devagar - Mas, só porque é pra você.

Nossa,era um quarto muito fofo.

- Um quarto de bebê. - falei com meus olhos brilhando. Fui correndo até o berço e vi que as coisas ali estavam meio sujas. Claro, ninguém entrava naquele lugar havia muito tempo. Peguei em um sapatinho que estava em cima do colchão.

Olhei para trás e vi Jonas parado do lado de fora com uma cara triste. Meu sorriso se desfez quando o vi daquele jeito, e andei até ele, o puxando pela mão.

- O que foi? - o puxei até o berço e perguntei sorrindo fraco, tentando animá-lo.

- Era tudo do meu irmão. Ele...faleceu. Quando minha mãe foi morta ele não conseguiu sobreviver.

- Sinto muito Jonas. - o abracei - Desculpa, a culpa foi minha por você ter aberto esse quarto.

- Não, não se preocupe. Eu fico assim porque era meu sonho ter um irmão, eu me sentia mais do que irmão daquela criança que minha mãe esperava. É uma coisa... - ele pausou.

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