Capítulo 10

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Alguns minutos de guardar todas as malas no quarto da minha mãe, seguimos todos para a sala e conversamos um pouco sobre o tempo perdido de cada um. Minha mãe contou um pouco sobre minhas aulas e tia Célia sobre seu retorno aos estudos, que realmente estava rendendo.

- Bom, vamos fazer o almoço, Célia? - Perguntou minha mãe.

- Trouxe queijo e presunto. Poderíamos fazer uma lasanha, o que acha? - Disse ela.

- Ótimo. - Concordou minha mãe.

- Uia, amo lasanha. - Murmurou Ingrid, enquanto fuçava o celular pela centésima vez. O pior é que ela sempre o desbloqueava apenas para ver as horas.

- É... vou ali fora. - Disse dirigindo-me para a porta.

- Onde vai? - Perguntou minha mãe, surgindo da cozinha em minha direção.

- Falar com a Alexia.

- Hm. Tudo bem. - Disse ela, com olhar desconfiado e um sorriso incrivelmente irritante que dizia "vai lá pegador!".

- Vê se não demora, Isaque. Já-já o almoço estará na mesa. - Disse tia Célia, enquanto mexia nas panelas, na cozinha.

- Não demorarei, tia. - Respondi, encarando minha mãe com uma careta.

Fechei a porta e atravessei a rua. Olhei por alguns segundos e logo lembrei que eu tinha três reais no bolço do short. Pensei um pouco e lembrei que não procuraria mais por ela enquanto ela não parar com seu jeitinho irritante. Segui pela calçada até um posto de gasolina ali perto do quarteirão. Lá mesmo tinha uma conveniência. Entrei no lugar e procurei por qualquer comida que pudesse passar meu tempo andando à toa pela rua.

Que dia chato.

Levei um biscoito salgadinhos e algumas balinhas de menta, além de dois chicletes ao ver que sobrara troco.

Segui de volta em direção a minha casa a procura de algo mais para fazer, mas como vi que já iam dar 11:00, decidi apertar o passo e chegar logo em casa. Ainda não sei por que fazer comida tão cedo, não estou nem com fome ainda.

°°°

Cheguei e a lasanha já estava pronta, só faltando mesmo coloca-la ao forno. Aguardamos cerca de 10 a 15 minutos até que então minha mãe retirou a lasanha do forno e a colocou sobre a mesa. Sentamos todos ao redor da mesa. Eu fiquei ao lado de Ingrid e tia Célia e tio Roberto do outro lado. Minha mãe, ficou no outro lado.

- Coloca mais, Isaque? - Perguntou minha mãe enquanto cortava um pedaço razoável da lasanha.

- Não, não. - Retruquei. - Já comi o suficiente. - Disse.

Logo ela puxou o pedaço e levou até o prato de Ingrid, que aceitou.

- Então, Isaque. Passou de ano? - Perguntou tia Célia, antes de dar uma garfada no alimento.

- Sim, passei. - Respondi. - Passei direto. - Ri.

- Ingrid também passou. - Concluiu tio Roberto, enquanto encarava-a, fixamente.

- É. - Concordou tia Célia.

Ficamos batendo papo por mais alguns minutos até que então todos terminaram o almoço e aí sim todos puderam se retirar. Ouvi alguém me chamando. Era o Luiz.

- "Por que essa praga está me chamando?" - Perguntei em pensamentos, enquanto seguia em direção da porta. - O que foi? - Perguntei depois de abrir a mesma.

- O Alex sofreu um acidente. - Disse ele.

- Oi? - Murmurei. Saí da casa e fechei a porta para que minha mãe e os outros não ouvissem tal tragédia. - O que houve com ele? - Perguntei.

Se Eu Te Amar DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora