Capítulo 28

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Loise, então o nome dessa garota é Louise.

É, gostei dela. Parece ser gente boa. Conversei com ela por mais alguns minutos e papeamos até dar 18:10, quando me bateu uma fome sinistra. Levantei do sofá e segui até a cozinha. Minha mãe já havia preparado o leite e eu bebi com alguns biscoitos que eu adorava.

- E então? Em que bairro você mora? – Perguntou Louise. Ela escrevia muito bem. Conheço gente que não sabe escrever o nome direito.

- São Domingos. – Escrevi rapidamente. Mal terminando de ler a pergunta. O sinal em azul no lado direito da minha mensagem deu para entender que ela já havia lido.

- Parece que temos muito mais em comum, sabia? Minha avó mora nesse bairro mesmo. – Disse ela.

- Não brinca? Qual o nome dela? Pode ser que minha mãe a conheça. – Retruquei de imediato.

- Dona Fátima. – Respondeu ela. – Mora próximo a uma pracinha pública onde tem um parquinho para criancinhas... – Disse ela.

Ok, isso já está mais que "em comum".

A avó da Louise é a mãe da Débora, uma das amigas da minha mãe. Só que... a Débora não tem filha, apenas filho, o Gabriel. Então... ela é filha do... Hermes? Esquisito. Não sabia que o Hermes tinha filha, mas deixa quieto.

- Sei quem é. – Respondi. – A sua tia, a dona Débora, é amiga da minha mãe. – Continuei.

- Nossa, isso mesmo! Cara, a minha avó é uma fofa, vamos concordar. – Disse ela. Assenti com um emoji sem graça. Ah, e se você não sabe o que é um emoji, faz um favor, se mata.

- Sim. – Concordei. – Quando vier para Oliviana, avisa para a gente se ver de novo. – Disse.

- Já estou em Oliviana. – Respondeu ela. – Minha mãe já me trouxe. Passarei o próximo ano aqui com minha vó. – Disse ela. Gelei.

- Nossa, sério? – Perguntei. – Pensei que ainda estava no Rio. – Disse.

- Tive uma pequena discussão com minha mãe e eu decidi vir de uma vez. – Disse ela, rapidamente. – Se não fosse isso, só viria no dia 3 de janeiro, depois do réveillon. Um emoji decepcionado completou sua mensagem.

- Por que brigou com sua mãe? – Perguntei.

- Bom, é uma longa história. – Disse ela. – Minha prima arrumando problemas comigo de novo. – Disse ela. – Ela não sabe pensar nos outros e isso me irritou quando ela humilhou uma antiga amiga nossa. Quase dei na cara dela, mas me lembrei quem eu era e acabei deixando de lado. Mas isso não fez minha mãe se acalmar não. Ela ficou furiosa e quase me colocou de castigo por uma semana. – Continuou ela.

- Uau, que loucura. – Disse, complementando com um emoji de risos. – Você é filha única? – Perguntei.

- Sim, sou. – Respondeu ela. – E você.

- Tinha um irmão mais velho. Ele tinha 17 anos quando foi atropelado por um carro cheio de bandidos há seis anos atrás. Eu tinha 7 anos na época e não me lembro direito como foi, mas sei que a família mudou completamente depois disso. – Respondi.

- Nossa, meus pêsames. – Disse ela.

- Obrigado. Depois da morte dele, meus pais se separaram e atualmente moro só com minha mãe. – Continuei.

- Ah. – Disse ela, que enviou um emoji levemente triste em seguida.

- Bom, posso saber mais sobre você? – Perguntei, puxando assunto.

Se Eu Te Amar DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora