Capítulo 8 [Parte 3]

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Andei com meio copo de cerveja em mãos por toda a festa e acabei não encontrando a Lexi. Acho que estava começando a acreditar na teoria do Léo sobre ela estar gostando de mim, mas isso seria quase impossível, pelo menos na minha opinião.

Segui para o lado mais vazio da festa, uma área mais escondida e "proibida" para adultos e adolescentes normais. Era a área dos drogados. Será que agora toda festa vai ter essa gentinha? Bom, isso eu não sei, mas tinha certeza que eu não sabia que o Alex fazia tal coisa.

- Alex, o que você está fazendo? - Perguntei enquanto me aproximava devagar do grupo.

- Chama-se CI-GAR-RO. - Disse ele soletrando exatamente assim. - Quer um? Tem um maço cheinho aqui. - Perguntou ele.

- Não, não. - Disse rapidamente logo devolvendo o cigarro colocado em minha mão por ele. - Não sou dessas coisas. - Disse. - É... você viu a Alexia por aí? - Perguntei.

- Hoje mais cedo a vi no supermercado, mas ainda não a vi aqui na festa. - Respondeu ele.

- Ah, ok. Valeu. - Agradeci e sai de perto daquele pessoal louco. - Vou procura-la. - Disse em tom baixo para mim mesmo.

°°°

Depois de algumas horas entediado, já tinha bebido alguns copos de cerveja, mas nada que me embebedasse, também fiquei por um tempinho na mesa com minha mãe, já que não tinha ninguém ali de importante para conversar. Logo pensei em ligar para a Alexia. Eu tinha pego o número dela mais cedo quando nos "esbarramos" na rua.

- Alexia, oi. - Disse.

- O que é, Isaque? - Perguntou ela, meio que ignorando o que eu dizia.

- Ainda está na festa? - Perguntei.

- Não. - Respondeu ela. - O Léo me levou para casa com o carro dele.

- Mas... por que não ficou aqui mais um pouco? - Perguntei.

- Não estou sóbria para ficar perto de você, Isaque. - Respondeu ela. Logo imaginei o que ela queria dizer, mas preferi não acreditar muito, como ela disse, ela estava bêbada.

- Hã... o que houve? - Perguntei. Era claro que eu tinha a resposta, mas preferi ser respondido.

- Não foi nada. Só estou confundindo meus sentimentos. - Respondeu ela. Na hora, fiquei perplexo.

- Ah, ok. - Murmurei. - Então, vai dormir, Lexi. Está tarde e amanhã quero falar com você melhor, ok? - Disse.

- Tudo bem, tudo bem. - Disse ela em meio a um bocejo. - Até amanhã, Isaque.

- Até. - Disse antes de ouvir o barulhinho que fazia quando a ligação terminava. - Droga! - Murmurei.

- Está tarde. Filho, quer ir embora? - Perguntou minha mãe, depois de ver que eu terminara a ligação.

Olhei a hora no celular e já ia dar quase 21:00 da noite. Guardei o celular no bolso ao perceber que teria os parabéns.

- Vamos aguardar os parabéns. Olha lá. - Disse enquanto direcionava meu olhar para a mesa com o grande bolo e o Luiz já próxima a mesma.

Dona Sônia logo gritou "pessoal, vem dar os parabéns!" E então todos se aproximaram aos poucos. Eu, já sonolento, permaneci com o celular em mãos até que a cantoria terminasse. Minha mãe retornou com duas fatias de bolo em mãos, embaladas com guardanapo para não sujar e uma lembrancinha cheia de docinhos que minha mãe mesmo que fez. Às vezes me perguntava se aquela era realmente uma festa de aniversário de 17 anos.

Se Eu Te Amar DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora