Capítulo 27

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- Lexi? – Murmurei ao vê-la ao lado da minha mãe.

- Olá. – Sorriu ela, que usava um vestidinho rosa, pulseiras coloridas, sapatilha preta e penteado até que diferente do convencional: trança? Sério? – Vim te ver. – Disse ela, tirando-me do devaneio ao vê-la tão linda, como sempre.

- Ah, oi. – Disse sem jeito. – É... me ver? – Perguntei.

- É, não posso mais te ver? – Perguntou ela, sorridente.

- Hã... a gente acabou de se despedir. – Disse. Sério, não fez nem uma hora que chegamos da praia.

- Pois é. – Sorriu ela. – Mas estava precisando falar com você, esqueceu? – Disse ela.

- Não, não. – Disse. – E para que se arrumar assim? Vai sair? – Perguntei.

- Vou com a Bruna e a Alicia no shopping. – Respondeu ela. – Preciso comprar umas roupas e a Bruna quer se arrumar melhor agora que está namorando com o Luiz...

- Espera um pouco. – Interrompi. – Alicia? Você está falando com a Alicia? Foi ela que nos fez brigar no dia do aniversário do Luiz. – Disse. – Além disso, a prima dela é apaixonada por mim. As duas são umas cobras. – Murmurei.

- Qual o problema Isaque? – Perguntou ela. – Se ela me provocar, só dar umas boas palmadas na cara dela, né? – Sorriu ela, olhando para minha mãe.

- Isso mesmo. Barraco funciona às vezes. – Disse minha mãe, que ouvia tudo na porta de casa.

- Ok, ok. Agora me explica uma coisa. A Bruna está namorando com o Luiz? Não sabia disso ainda. – Disse.

- Não exatamente. – Disse Lexi. – Ainda agora quando o Luiz foi levar a Bruna em casa, ele a beijou. Ela contou para o Léo e ele já espalhou para o pessoal todo. – Disse ela.

- Menos para mim, como sempre. – Disse.

- Moro perto de você para isso. – Sorriu ela. Olhei para trás ao ouvir um barulho na cozinha e minha mãe já não estava mais na porta de casa. Encostei o braço na porta e Lexi ficou do outro lado da mesma, ainda na varanda.

- E então? Vai dizer o que tinha para dizer ou vai continuar enrolando? – Perguntei.

- Vai continuar falando assim comigo, Isaque? – Perguntou ela. – Quando falo direito você dá patada...

- Quando falo direito você dá coice. – Retruquei. Ela arregalou os olhos e emburrou a cara.

- Oi? Eu não te trato mal! – Disse ela.

- Não quero discutir com você, ok? – Disse.

- Tudo bem, tudo bem. – Disse ela, sem jeito. Encarei-a até que ela se ligou. – Ah, bom... estive pensando e... sei que você gosta de mim e posso dizer que gosto de você...

- Continue. – Murmurei.

- É... Isaque. Eu quero voltar com você. – Sorriu ela. Sorri debochadamente e ela mostrou um olhar de esperança, porém, emburrei a cara.

- Não. – Disse sério.

- Como assim não? Eu gosto de você, Isaque. – Ela se aproximou, mas dei um passo para trás e então saímos de perto da porta. – Eu sei que você gosta de mim. – Ela deu mais um passo para frente.

- Já disse que não. – Insisti.

- Por que não? Achava que você me amava. – Disse ela.

- E eu te amo Lexi. – Abaixei a cabeça e refleti no que estava fazendo.

Se Eu Te Amar DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora