6° Capítulo

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=Três horas depois=
''O que esta acontecendo? Caralho, que merda! Aonde estou? Mano, que casa é essa?''
''Calma.'' -Me tocou de leve.
''Calma o caramba menina! Quem é você?? To sendo sequestrada?'' -Ela sorriu.
''Eu não sequestraria uma drogada!'' -Riu novamente.
''Não sou drogada, sua imbecil!'' -Tentei levantar ela me impediu. ''Me deixe sair daqui. Eu nem te conheço.'' -Pressionou meu corpo contra a cama.
''Cala boca e dorme.'' -Ela saiu do quarto. Que merda estava acontecendo? Eu não sabia o que fazer, estava fraca, não havia comido nada. Lembro somente da musica com violão no bosque e a policia chegando, e acordar nessa casa esquisita. Meu! Que bosta eu fiz. Olhei ao redor, estava num quarto muito bem arrumado. Só queria saber de quem... Devia ser da menina estranha. Tinha um espelho ao lado da cama, quase encostada na parede. O teto cheio de estrelas grudadas. Uma janela entreaberta que saia um fino ''pedaço'' de luz. Debaixo da janela, uma mesinha com perfumes, desodorantes, brincos, entre outros acessórios. Um guarda roupas com mais estrelas grudadas. Um treco para pendurar toalhas, ao lado, nunca soube o nome daquilo. Ao lado da cama, que algumas luzes cobriam, uma pilha de livros e dvd's espalhados e um violão encostado. ''Era ela tocando?'' Pensei em voz alta. A essa altura minha curiosidade já havia tomado minha mente e meu corpo. Andava atenta pela quarto da menina estranha. Em todas as paredes e a porta haviam estrelas e fotos grudadas. Parei em uma parede e vi algumas fotos da menina estranha.
=Descrição da menina estranha=
Branca de cabelos longos e pretos. Havia também alguns dreads espalhados. Tinha um corpo esplendido pelo o que mostrava uma das fotos. Bem estilosa e dona de um sorriso lindo.
-Pensei que estava dormindo. -Entrou no quarto com o mesmo sorriso lindo da foto.
-Que susto. -Coloquei a mão no peito percebendo meu coração disparado. -Estava vendo suas fotos, seu quarto...
-Hm. Gostou da minha decoração?
-Sim, principalmente do Filtro dos sonhos ali na cabeceira da cama. -E apontei.
-Bem, se ele pega e filtra realmente os sonhos, melhor deixarmos perto pra não deixar escapar nenhum. -E sorriu. Eu retribui. -Venha, senta aqui, fiz um lanche. Deve estar com fome, drogadinha. -Um tom de ironia totalmente irritante.
-Cala boca, garota!
-Calma, estou brincando! -Ela me puxou e eu me sentei. Ela havia feito um lanche para ela também. Pegou-o e começou a comer. -Mas, então, belos amigos você tem. -E olhou para mim enquanto suas bochechas faziam um movimento engraçado.
-Eles me deixaram lá né?! -Não pude deixar de soltar um pequeno sorriso com aquela cena. Eu sentada na cama de uma menina estranha, comendo um lanche e falando dos meus amigos. Meu Deus!
-Sim, deixaram. Deixaram você caída atras de um barranco. A policia não te viu, sorte sua! Peguei você depois que foram embora e trouxe para minha casa. -Fiz com a boca um formato de O, surpresa com a atitude deles.

Naquele amor, a sua maneira...Onde histórias criam vida. Descubra agora