5° Capítulo

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~Ana Narrando~

Minha vontade de voltar para escola era zero! Meu pai havia ido viajar, e não sabia mais quando voltava. Então, passei umas duas semanas em casa. Minha irmã para a escola todos os dias, trazia o caderno de algumas amigas minha, eu copiava, tentava entender e ela levava de volta. Assim era minha nova rotina. Agosto, 6, uma bela manhã acordei bem cedo, disposta a ir para escola. Telefone tocou, o que achei muito estranho. Atendi com uma bela voz de sono. 

 =Ao telefone= 

  ''Alô?'' ''Filha? Ana, que saudade de ouvir sua voz, esta mudada!''''Deve ser porque não tenho mais 7 anos, mamãe!'' -Sarcasmo. ''Boba! Como estão as coisas? Não querem mesmo vir para cá? Minha casa esta de portas abertas.'' ''Ela nunca esteve! Está tentando fazer o que? Recuperar o tempo perdido? O tempo que você quis perder? Dá um tempo mãe!! Aliás, mais um pouco de tempo, sua ausência foi tanta que hoje já não me doí sua falta. Passar bem!''Consegui ouvir somente um ''Fi...''. Fiz somente o café da minha irmã e disse que não iria mais para a escola. Ela comeu, se vestiu, uma calça jeans preta, blusa da escola, tênis e um casaquinho, e se mandou. Subi de volta para o meu quarto me joguei na cama e dormi. Acordei por voltas das 10 horas da manhã com a minha irmã ligando dizendo que não viria para casa, dormiria na casa de uma amiga e iria amanhã para a escola do mesmo jeito. Pera ai, eu estava mandando naquilo? Ok né. Levantei da cama querendo morrer e ficar ali para sempre. Tomei outro banho, troquei de roupa, puis um shorts, uma regata e chinelos. Desci, peguei minha chave, dinheiro e sai caminhar. Perto da minha casa havia um bosque, não muito bem frequentado. Percebendo que não teria fome durante dias, fui encontrar alguns amigos do ''pé esquerdo''. Combinamos de nos ver no bosque. Desci até lá. Entrei eles já estavam me esperando. Disse um oi com um comprimento de mãos. Eu sabia o que estava fazendo, e na verdade, aquela era a melhor hora. Com tudo o que estava acontecendo eu precisava esquecer dos meus problemas. Sei que daquela forma seria pior, mas... 

 -Pois então, o que temos pra hoje? -Perguntei ao Nicolas 

 -O mesmo de sempre! Vai querer? -Quero. -Cheirei. Com toda a vontade do mundo, com toda a necessidade do mundo, com todo medo do mundo. ''País está em guerra não está? Por que diabos todos não se drogam e não vão ser feliz pelo menos um dia, uma noite.'' Eram coisas que chapados, discutíamos. Mas, de novo aquele não era meu dia! No horário em que estávamos ninguém podia estar no bosque. Ao longe eu ouvia uma canção, violão e uma voz doce. ''Que merda é essa? To tão louca assim.'' Ouvi a ronda da policia se aproximando. 

-Fudeu!! -Dizia o Nicolas. -O que vamos fazer? Ela não consegue ficar de pé, não vamos deixar ela aqui vamos? -Não sei quem disse isso, mas acho que se tratava de mim. Apaguei.

 =Três horas depois= 

 -O que esta acontecendo? Caralho, que merda! Aonde estou? Mano, que casa é essa?

 -Calma. -Me tocou de leve.


Naquele amor, a sua maneira...Onde histórias criam vida. Descubra agora