27° Capítulo

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~Ana Narrando~

Acordei um pouco zonza. Já não sabia mais que horas eram. Acordei assustada com o lugar, e depois percebi que era um hospital. ''O quê?? Hospital?? O que havia acontecido mesmo??'' Essas perguntas ficaram flutuando na minha mente até que um médico entrou no quarto.

=Fala do Médico=

''Bom dia Ana, como vai? Vejo que está se recuperando rápido. Que bom. (Sorriso) (Ele se sentou ao meu lado) Bom, creio que está com a mente um pouco confusa, vou ajudar você, mas fique calma, está tudo bem. Lembra que estava fazendo uma viagem com seu pai e sua irmã? (Concordei com a cabeça que sim) Lembra do acidente com o caminhão na pista? (O mesmo e me agitei.) Calma, Ana, calma. Nem seu pai, nem sua irmã correm perigo. Eles já voltaram para casa. Tiveram alguns cortes e machucados e desmaiaram com a batida. Você foi a que deu mais trabalho, mocinha. Tivemos que lutar, mas, você nos ajudou muito. Estamos aguardando a sua melhora para transferir você no hospital local da sua cidade. Vai ficar boa logo logo menina.'' Ele saiu do quarto, derrubei algumas lágrimas ao lembrar do acidente. Meu Deus!! A Gabriela!! Como pude deixar de mandar uma mensagem para ela?? Chamei um enfermeiro e perguntei se podia me levantar. Ele disse que não. Perguntei aonde estavam minhas coisas e se ele podia pegar meu celular. Ele disse que algumas coisas haviam se perdido com o acidente e provavelmente meu celular foi um dos itens. ''E agora meu Deus?? Como vou avisar a ela?'' Depois de algum tempo, chorando e pensando, adormeci. Acordei com a enfermeira vindo me dar a medicação. Perguntei quanto tempo mais ia ficar ali, ela disse que provavelmente uma semana. Aqueles dias não passavam logo. Eu queria voltar e... E, espera, eu tive que quase morrer para poder voltar para casa? Meu. Que destino.

~Gabriela Narrando~

Acordei com a minha mãe me beijando na bochecha. Ela chorava. Meu pai estava sentado me olhando e quando viu meus olhos abertos veio em minha direção. ''Gen... Gente, me deixem respirar.'' ''Desculpa'' Foi o pedido dos dois. O médico entrou, explicou o que havia acontecido para os meus pais e disse que aquela dor era meio que incomum, pois eu não tinha nada. Pedi meu celular pro meu pai, olhei, não tinha nenhuma mensagem da Ana. ''Bom, pelo menos ela está bem e se divertindo.'' Depois de algumas horas o médico me liberou, dizendo apenas para eu não fazer muito esforço físico e comer coisas pesadas. Meus pais me deixaram em casa. Eu sentia que algo de ruim tinha acontecido, mas, achei que era pressentimento comigo mesma. Depois de algumas horas eles disseram que iriam ter que ir embora, pois meu tio havia ficado bêbado de novo. ''Vamos deixar a moto contigo. Mas, caso eu receba mais uma multa, vamos toma-lá. Entendeu?'' Assenti com a cabeça que sim. Mandei uma mensagem para Ana ''Ei menininha, está bem?'' Não houve resposta. Durante dias, fiquei sem nenhuma resposta.

Naquele amor, a sua maneira...Onde histórias criam vida. Descubra agora