28° Capítulo

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~Ana Narrando~

Os dias não passavam. Pelo menos, eu ia melhorando cada vez mais a cada dia. Estava disposta a melhorar totalmente e voltar para casa, ver meu pai, minha irmã e a Gabi. Depois de alguns dias, finalmente iria ser transferida. Fui para o hospital local da minha cidade. Fiquei algumas horas por lá e depois fui para minha casa. Recebi recomendações do médico e algumas broncas pelos cortes no meu braço. Ao chegar em casa, conversei um pouco com o meu pai. Minha irmã estava dormindo. Graças a Deus estavam todos bem.

-Que assusto o senhor me deu papai.

-Eu? Você que quase me matou do coração, menina! -Ele riu carinhosamente. Retribui. -Bom, como sei que você não tem freios, e que não vai ficar em casa no tempo que foi lhe dito, deixo você sair amanhã. Contando que não vá naquele bosque, e não ande muito. Entendeu? -Estava quase morrendo de felicidades!!

-Entendi papai, eu te amo!! -Pulei em seu colo e depois gemi com um pouco de dor. Queria esse ''amanhã'' logo, iria correr para casa da Gabi e enche-lá de beijos. A noite ia se aproximando, e não tinha conseguido ainda um celular para falar com ela. ''O que será que ela deve estar pensando. Será que esta bem? Meu Deus!! Que angústia!!'' Acabei pegando no sono. Acordei eram a 10 horas. Tomei um banho, puis um shorts e uma blusa caída de lado e uma rasteirinha. Comi um pouco, tomei um copo de leite e disse que iria até a casa de uma amiga para o meu pai. Ele disse que estava tudo bem. Senti uma felicidade enorme! Iria ver a Gabi depois de tudo aquilo. Caminhei devagar pois queria chegar viva até lá. Ia pensando no que dizer a ela, pedir desculpas, contar do acidente e dizer que estava com saudades.

Cheguei até a casa dela, toquei a campainha duas vezes, ela abriu o portão. Me olhou com cara de assustada. Esperava outra reação.

-Não esta feliz em me ver? -Perguntei confusa.

-Não... É que... Eu mandei mensagem e passou dias, você sumiu. Eu fiquei confusa, fiquei preocupada... -A interrompi.

-Posso entrar? -Ela respondeu com um ''Claro''. Entrei, a casa estava arrumada como sempre. Ela me levou até o seu quarto. O violão estava na cama. -Estava tocando? -Ela respondeu com um ''Sim'' mexendo a cabeça. -Gabi, eu queria falar que sinto muito. Sumi porque... Sofri um acidente de carro. Nosso carro bateu em um caminhão. Fui para o hospital, corri risco de vida. Usaram aquele aparelho que dá choquinhos no peito e... -Ela havia me interrompido.

-Meu Deus!! Ana, meu sonho! -Fiz cara de confusa. Ela se sentou na cama comigo e segurou em minhas mãos. -Na noite do seu acidente eu acordei por causa de um pesadelo. Um acidente de carro, mas, não pude ver quem era dentro. Era você. -Me abraçou. -Me perdoe. Eu pensei que já tinha me esquecido. Me desculpe. Eu também fui para o hospital... -A interrompi.

-O quê?? Como assim?? -Ela se levantou. Perguntou se haviam falado pra mim mais ou menos quando fui para o hospital. Disse que mais ou menos entre uma ou duas da manhã.

Naquele amor, a sua maneira...Onde histórias criam vida. Descubra agora