Sempre Juntos (Romance gay)

Caminhando Com o Amor

Acordei me sentindo ótimo, a noite passada foi a melhor da minha vida.
Quando acordei Tomi estava tomando banho, levantei e fui buscar minha escova de dentes no banheiro, bati na porta e entrei, quando estava saindo do banheiro ele disse:
-Você não quer tomar banho comigo? -e abriu um sorriso meio malicioso e meigo ao mesmo tempo.
Eu balancei a cabeça em sinal afirmativo e comecei a tirar minhas roupas. O banheiro era enorme e a parte do chuveiro também era grande, cabiam umas quatro pessoas ali.
Entrei no chuveiro e como já imaginava, quase não tomamos banho direito, ele me puxou para perto de seu corpo e começamos a nos beijar, eu encostei ele na parede e continuamos nos beijando, um beijo intenso, ele deslizou suas mãos em minhas coxas, fazendo um arrepio percorrer todo o meu corpo, era uma sensação incrível. Eu passei minhas mãos em seu corpo, e já sabendo no que ia acabar resultando, me afastei dele.
-Vamos nos atrasar para a caminhada.
Nós iríamos caminhar por uma trilha e ir para um lugar na praia onde existem cavernas.
-Você tem certeza que temos que ir? -ele olhou como se preferisse continuar o que estávamos fazendo -eu prefiro ficar aqui com você!
-Nem pensar, você vai estar comigo, só não desse jeito. -Dei um sorriso e um beijo em sua boca e sai do banheiro.

A caminhada estava sendo a melhor parte da viagem, poder se conectar dessa forma com a natureza era tranquilizador. Passamos entre árvores enormes, onde um bando de macacos pulava entre os galhos, derrubando folhas em nossa direção. Passamos por colinas e muita vegetação, campos de todos os tipos de flores espalhadas à nossa volta, do tipo de paisagem que qualquer um gostaria de gravar para sempre na memória. Estávamos em dez turistas e dois guias que explicavam sobre a fauna e flora local no decorrer da caminhada. 

Ao chegarmos na praia das cavernas seguimos em direção a uma que no mínimo era intrigante, tratava-se de um buraco no chão no qual você escorregava por um tipo de tobogã de pedras naturais, marrom como a terra e lisa como o mármore, que levava para uma piscina natural com uma água quase transparente. 

Algumas pessoas foram na frente, Tomi logo depois, demorei um pouco porque estava com muito medo, mas tomei coragem e fui. Me joguei sem me preocupar, assim que entrei no tobogã por conta da falta de iluminação tudo escureceu, a descida não era rápida, mas sim lenta o suficiente para apreciar a vista. Conforme eu descia passava por enormes fendas que possibilitavam enxergar parte da piscina que eu estava indo em direção, que vista de uma altura maior, revelava a beleza da caverna, iluminada por uma grande abertura no final que levava ao mar aberto. Quando cheguei no final fui procurar Tomi, e ele estava parado em frente à uma mulher, e ao me aproximar percebi que Tomi estava extremamente desconfortável e ela parecia estar paquerando-o, eu não podia culpar ela, afinal ninguém sabe que estamos juntos, todos pensam que somos só amigos, e solteiros.
Ao me ver ele saiu de perto da mulher e veio em minha direção.

-Se eu estivesse solteiro isso não aconteceria. - Ele disse enquanto dava uma risada espontânea. -E quem disse que você não está solteiro? 

-Eu digo! 

Ele me puxou para perto, e me beijou, ele passou os braços em volta do meu ombro e eu em sua cintura...
Eu conseguia sentir o olhar das pessoas em nós, e os cochichos.

Mas aquilo era real, pela primeira vez eu não estava vivendo apenas a história que queriam que eu contasse, mas eu estava de corpo e alma na minha própria história ...