O Primeiro Beijo

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-Eu também te amo, muito, só que a nossa amizade é mais importante, e se algo mudar? Está perfeito do jeito que é... e se nós estivermos apenas confundindo amizade com amor. Eu acho melhor deixar como está, e se algum dia rolar vamos saber que é o que realmente queremos.
Não sei se fiz o certo, mas fiz o que eu julgava ser melhor, justo agora que aquele sentimento resolveu voltar.
Ela não parecia triste, se estava disfarçou muito bem.
-Tudo bem, concordo com você - Foi apenas o que ela disse.
A noite passou rápido, ela não falava muita coisa depois do ocorrido, estava estranha.
Resolvi não dormir na casa dela, preferi voltar para a faculdade e me preparar para as aulas.
A viagem de carro foi rápida, cheguei na faculdade e fui direto para o meu dormitório, estava muito cansado.
Ao chegar encontrei Thomas, que estava se preparando para dormir.
-Ei, achei que você ia passar a semana fora.
-Eu resolvi voltar, e você, não foi visitar ninguém? - perguntei.
-Meus pais moram na Alemanha, bom, estou sozinho aqui. - Havia uma expressão de tristeza em seu rosto.
-Eu estou aqui agora, anda, se arruma que vamos para o cinema, vai logo.
-Ok, já estou indo.

Chegando ao cinema compramos ingressos para um filme de comédia, compramos pipoca e tudo o que se tem direito. Estava tudo normal, até que Tomi (Thomas) estava com o braço sobre o apoio do assento, eu sem perceber coloquei meu braço por cima, e nossas mãos se tocaram, assim que eu percebi levantei o braço, mas inesperadamente ele segurou meus dedos, depois deslizou sua mão e segurou a minha. Eu não resisti e olhei para ele, e ele estava ali, com aquele sorriso lindo me olhando. Então um homem ao passar em nossa frente para sair do cinema, soltamos nossas mãos e demos passagem.
No caminho de volta, já dentro do carro tive outra surpresa, eu estava dirigindo apenas com uma mão, e a outra estava solta em meu colo, Tomi mais uma vez segurou minha mão, de um jeito tão delicado e cuidadoso, olhei para ele e ele estava me olhando e sorrindo, com o rosto vermelho e sua mão começou a suar, acho que eu estava na mesma situação. Continuei dirigindo. Quando paramos em frente a faculdade não resisti. Me inclinei e dei um beijo em Thomas, passei uma mão em sua nuca e a outra em sua cintura, ele então retribuiu. Seu beijo era quente e macio, daqueles que você nunca tem vontade de parar, o beijo aumentava cada vez mais, e se transformava cada vez mais feroz. Na hora mais inoportuna o telefone dele tocou. Nos afastamos e ele atendeu.
-Alô?
-Oi poderia falar com a Joana?
- Não desculpa você ligou errado.
E desligou, não acredito que fomos interrompidos por nada.
Ficamos nos olhando por um tempo, depois decidimos que era melhor irmos dormir.
O resto da noite foi normal, sem coisas diferentes... 

Sempre Juntos (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora