Capítulo 9 - Existe mesmo o tempo?

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Acordei e sorri ao ver que Clara ainda estava em meus braços, dormindo serenamente. Seu sono parecia ser pesado, mas levantei da cama calmamente, resistindo à vontade de ficar mais tempo naquele abraço. Vesti-me silenciosa e desci de seu quarto.

Fui direto para a cozinha e me detive diante das frutas, pensando em que suco faria para ela. Fui até a geladeira, encontrei umas uvas itália e peguei-as com cuidado. Achei facilmente o liquidificador e a rede que usava para coar o suco. Peguei uma vasilha, um prato e fui separando as sementes e colocando-as no prato. As uvas, coloquei no liquidificador e, depois que tinha uma quantidade razoável, eu as bati e coei na vasilha.

Estava sorridente, sentindo-me bem à vontade na casa de Clara e com vontade de acordá-la com um beijo e uma surpresa. Mas fui eu que fiquei surpreendida quando fui abraçada por trás enquanto estava distraída coando o suco. Virei e vi o sorriso mais lindo do mundo. Puxei seu rosto, apesar de ter as mãos molhadas de suco, e nos beijamos demoradamente.

- Bom dia – eu disse quando separamos os lábios, mas não os corpos, que continuavam juntos, com minhas mãos em volta de sua cintura. – Ia te levar um suco na cama...

- Eu acordei com o barulho do liquidificador – disse, sorrindo lindamente. "Puxa... Tinha esquecido disso..."

- Desculpa – falei, sem graça.

- Não precisa se desculpar, já estava louca de vontade de um beijo de bom dia – sorriu, sedutora, e beijou-me novamente. – Vou colocar a mesa para tomarmos café-da-manhã – disse, desgrudando-se de mim e pegando o que havíamos comprado na noite anterior para colocar na mesa.

Terminei de fazer o suco e fui encontrá-la na sala com um copo de plástico dos que ela tinha na cozinha cheinho de suco de uva verde.

Quando sentei-me ao seu lado e vi sua feição feliz e sorridente, não resisti e beijei-a de novo, já sentindo meu corpo pedindo ainda mais por ela.

- Quer tomar um banho antes de comer? – ofereceu, sedutora.

- Só se você for junto – brinquei.

- Não faria diferente – ela disse e pegou a minha mão.

Subimos as escadas quase que abraçadas e começamos a nos despir assim que chegamos no segundo andar, entre beijos e carícias.

- Você é linda! – eu disse quando a vi nua novamente, antes de entrarmos no chuveiro e eu ouvir seu gemido ao ser encostada na parede gelada.

Meus lábios desceram pelo seu pescoço enquanto a água molhava nossos corpos. Ela segurou meus cabelos molhados, implorando que descesse até os seus seios, o que fiz com prazer.

Continuei beijando seu corpo suave e macio, sentindo que já conhecia alguns de seus pontos de prazer por conta da mágica noite anterior. Quando cheguei ao seu sexo, ela já se contorcia de prazer indo ao encontro dos meus lábios.

E novamente senti o gosto daquela mulher fascinante que me fazia ter reações às quais não estava acostumada, e sem esforço nenhum.

Depois de reestabelecida a respiração, foi a vez de ela explorar meu corpo com os lábios e as mãos. Corpo este que já ardia de vontade por ela.

Depois de passarmos algum tempo ainda nos tocando em baixo do chuveiro, começamos a realmente tomar banho, juntas e sorridentes. Brincando com o sabonete, o shampoo e o condicionador. Ríamos e nos tocávamos sem vergonha e em uma cumplicidade nunca conhecida por mim. Não lembro de ter realmente tomado banho com alguma mulher. Sexo no chuveiro, sim, e depois cada uma ia para o seu canto, tomar o próprio banho. Isso que vivia com a Clara era novo e eu estava gostando.

Apesar de ser lua cheiaOnde histórias criam vida. Descubra agora