Um rosto sem nome,
um nome sem sentido...
Vagas recordações
espalhadas em minha memória,
como vultos desorientados na noite.
Pedaços de um nada,
flutuando sobre tudo
o que acreditei um dia...
Saudade que lateja
e pulsa ao ritmo das horas.
Lágrima que nunca vem sozinha
e conhece bem as linhas
de seu amargo trajeto.
Segredo que eu queria
gritar ao mundo...
sufocado,
reprimido no silêncio
que precede o desespero,
num corpo esgotado de forças.
Verdades que eu não me permiti contar.
Palavras soltas,
trazidas de uma ausência
e abandonadas em algum verso...
Impressas, deformadas.
Foi tudo o que restou de você
em minha vida.
E descubro, então,
que ao fim de tantas palavras,
não precisei de mais nenhuma
pra te dizer "adeus".